Opinião: Fórmula 1 “cala a boca” dos críticos e cresce em meio a falta de brasileiros

Opinião: A Fórmula 1 revive a graça e cresce a audiência

Em meio ao período de isolamento social forçado pelas pessoas e a volta dos esportes a TV, a Fórmula 1 aproveita o momento com corridas em sequência para aumentar a visibilidade, além de conseguir encaixar todas as corridas possíveis para a temporada.

Mas aqui no Brasil, o produto da Fórmula 1 que parecia cansado por não ter mais brasileiros, está em um bom momento. Você pode até ver em sua rede social: “Fórmula 1 é chato”, “Fórmula 1 não tem graça sem brasileiro”, “Fórmula 1 morreu junto com o Senna”, mas a verdade é que o esporte nunca esteve tão vivo.

Em meio ao GP da Áustria e da Estíria que foram disputadas no Autódromo de Spielberg, eu consegui identificar o quanto as pessoas estão falando mais sobre a Fórmula 1. Com vários nomes no trending topics e o alvoroço da TL após o documentário Drive to Survive da Netflix, a maior categoria do automobilismo volta a ter protagonismo.

O que hoje tem de bom?

Sim, é emocionante, e tem corridas melhores até do que aquelas do tempo áureo do protagonismo brasileiro em 80-90, hoje visualizamos o crescimento de vários pilotos jovens: Sainz, Stroll, Norris e principalmente Max Verstappen. Verstappen que mesmo com poucos anos na categoria já carrega um lote de fãs que torcem por ele. E quem dirá a Ferrari, que  é a equipe mais tradicional da Fórmula 1 em um momento ruim, com carro ruim e tendo dois pilotos fora da prova antes da 10 voltas.

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Destaque no começo da temporada, Lando Norris ultrapassa 3 pilotos na última volta no GP da Estítia. Imagem: Liberty Media/F1

Ou vamos observar a supremacia Lewis Hamilton que domina a categoria por muito tempo. Não somente porquê o carro dele é bom, mas porquê ele é bom. Um corredor incrível que consegue tirar coelho do chapéu em qualquer condição. Ele que “pode” ter causado a birrinha das pessoas pela F1, é o grande nome da última década e está entre os grandes.

Crescimento da audiência

Então amigo, se mesmo com isso tudo você acha que a categoria está acabada é só observar os números.

A categoria divulgou um comunicado revelando um público de TV acumulado global em 1,922 bilhões em 2019, ou seja, um aumento de 9% em relação ao ano anterior e o maior desde 2012. O Brasil é o principal mercado consumidor da F1, pelo fato de estar em TV Aberta, passando de um público de mais de 100 milhões. As redes sociais aumentaram em 32,9% o número de seguidores, unindo Twitter, Facebook, YouTube e Instagram.

Fórmula 2 no YouTube e milhares de fãs brasileiros

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Brasileiros lotam o chat da transmissão da Fórmula 2 no Youtube. Imagem: Reprodução

A categoria também está passando a Fórmula 2 pelo Youtube e o resultado não é outro já que a categoria tem brasileiros: Drugovich, Piquet e Samaia. Um monte de brasileiros assistindo e torcendo muito para os brasileiros, principalmente para Drugovich que venceu a segunda corrida da Fórmula 2 em Spielberg. Esses são esperanças brasileiras para pilotar os carros da Fórmula 1 nos próximos anos, assim como Sérgio Sette Câmara que é piloto reserva da Red Bull Racing e da Alpha Tauri e que vive expectativa de substituir em algum momento os pilotos de cima. Além dele, Pietro Fittipaldi assinou esse ano com a Haas e é o piloto reserva da equipe, o que pode botar o Brasil na pistas em algum GP.

E por isso tudo que foi falado que há de se valorizar o crescimento do automobilismo no Brasil, e que independente de ter brasileiro ou não, a Fórmula 1 continua no coração do brasileiros. Você tem direito de não gostar, mas não pode tirar o direito do outro.

Próximo domingo tem GP da Hungria. Não deixe de assistir.

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Matheus Silva

Matheus Silva, âncora do Mundo do Tênis Podcast Formado em Administração e Controladoria e Finanças

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