NFC Leste, a divisão do imponderável
Veja a análise da NFC Leste e o prognostico para a temporada
Das oito divisões da NFL, a NFC Leste é com toda a certeza a mais disputada dos últimos anos. Dificilmente a mesma equipe leva a divisão por dois anos consecutivos, havendo um revezamento de campeões e assim acesso aos playoffs. Na última temporada foi o Dallas Cowboys quem levou a vaga direta à pós temporada, porém nessa temporada, não há certeza absoluta de que a equipe do Texas irá repetir o mesmo feito.
Na mesma divisão, o Cowboys tem que encarar por duas vezes New York Giants, Philadelphia Eagles e Washington Redskins. Muitos consideram essa divisão com uma rivalidade intensa entre as franquias, o que faz raramente uma equipe consiga sair sem ter duas vitórias em dois confrontos a serem realizados ao longo da temporada, isso devido ao equilíbrio que é imposto na divisão.
Contudo, a temporada regular está batendo à porta, e vamos dar uma analisada naquilo que se espera das franquias e o que elas fizeram na offseason, com movimentações na free agency (janela de transferências da NFL) e escolhas do Draft. E a primeira franquia a ser analisada é o Dallas Cowboys.
Dallas Cowboys
O Cowboys vem pra mais uma temporada em que busca ir o mais longe possível nos playoffs. A equipe do head coach Jason Garrett teve um início de temporada passada contubarda, mas que a longo do certame, o time foi se acertando e conseguiu fazer uma campanha 10-6. Porém, ao chegar aos playoffs o time até conseguiu passar pela fase de wildcard derrotando o Seattle Seahawks. Entretanto, a equipe sucumbiu perante ao Los Angeles Rams, mesmo que essa derrota tenha sido vendida cara.
E na temporada que quase se inicia, muitas questões serão levadas a campo. A primeira é a permanência ou não de Jason Garrett que está em seu último ano de contrato como head coach do Cowboys e não vem sendo uma unananimidade. Além disso, a equipe está tendo que lidar com renovações importantes, como a do trio de ataque, o running back Ezekiel Elliott, o quarterback Dak Prescott e do wide receiver Amari Cooper.
“Hipervalorização” de Elliott
Desses três quem está mais perto da renovação é Elliott, porém valores ainda são o entrave para o fechamento da negociação. Já Dak Prescott, por meio do seu staff disse que só renova com o Cowboys, se o mesmo oferecer um contrato de US$ 40 milhões de dólares por temporada, porém o Cowboys acha valor muito alto, e agora cabe a Prescott ir muito bem na temporada regular e playoffs pra mercer o que reinvidica.
Já o caso de Amari Cooper é o menos preocupante até agora. O contrato do wide reciver só vence na próxima temporada 2020-2021. Porém, se Elliott, Prescott e Cooper estão a espera de novos contratos, quem já teve sua renovação confirmada foi o inside linebacker Jaylon Smith que assinou com o Cowboys por mais cinco anos, pelo valor de US$ 64 milhões de dólares.
No Draft, o Cowboys só foi ter a sua primeira escolha na segunda rodada, tendo como destaques as escolhas dos running backs Tony Pollard e Mike Weber, o guard Connor McGorvern e os defensive ends Jalen Jelks. Com a presença incógnita de Elliott no backfield, tanto Pollard e Mike Weber podem ser os seus substitutos até que haja um defecho entre Zeke e Cowboys.
Em meio a esses desafios, espera-se que o Cowboys possa ser competitivo mais uma vez, porém, isso só será possível com a presença de Elliott, pois seu talento é tão absurdo que o ataque do Cowboys sofre se ele. Até aqui, Elliott teve todas as temporadas com mais de 1000 jardas terrestres. Se ele não vai a campo, as possibilidades de vitória do Cowboys se reduzem. Ou seja, se o Cowboys quer realmente ir aos playoffs deverá manter seu running back.
(Atualização da renovação do Ezekiel Elliott: acordo firmado na quarta feira, com um contrato de seis anos, US$ 90 milhões de doláres e assim torna um Elliott um dos RBs mais bem pagos da NFL)
Philadelphia Eagles
Campeão do Super Bowl 53, o Philadelphia Eagles vem pra mais uma temporada em busca do bicampeonato, mas para isso terá que desbancar o Cowboys atual campeão da dvisão. Na temporada passada, o time teve uma remontada incrível e fez uma campanha de 9-7 que o possibilitou de ir aos playoffs com a última vaga de wildcard.
Na primeira partida, o Eagles levou a melhor sobre o Chicago Bears, sendo a partida no Soldier Field. Entretanto a vitória só concretizou com um erro do kicker Cody Parker que errou um field goal da vitória. Contudo a vitória só serviu para passar pelo Bears, contra o New Orleans Saints o time acabou por ser derrotado e o sonho do bicampeonato se exauriu.
Mudanças em seu roster
Na offseason, o Philadelphia Eagles se movimentou bastante. A equipe da Pensivânia se defez de jogadores importantes, dentre os quais vale destacar: o quarterback Nick Foles, MVP do Super Bowl 52 que teve como destino o Jacksonville Jaguars, o defensive end, Michael Bennett que foi envolvido numa troca com o New England Patriots, o linerbacker Jordan Hicks que foi para o Arizona Cardinals e o wide receiver Golden Tate que se juntou ao New York Giants.
Porém, o Eagles trouxe nome importantes, como o defensive tackle Malik Jackson, campeão do Super Bowl 50 pelo Denver Broncos e estava no Jackosnville Jaguars, o do retorno do campeão do Super Bowl 52, o defensive end, Vinny Curry que estava no Tampa Bay Buccanners, Andrew Sandejo safety que estava Minnesota Vikings e o running back Jordan Howard que foi envolvido numa troca com o Chicago Bears.
No Draft, o Philadelphia Eagles teve uma ousadia e tanto na primeira rodada. Subiu da posição 25 para 22, trocando com o Baltimore Ravens e escolheu o offensive tackle André Dillard, tirando-o do caminho do Houston Texans que estava na posição 23 e seria a franquia mais provável a escolher Dillard. Dentre outros nomes a destacar: o running back, Miles Sanders, o wide receiver, JJ White Arcega Whiteside e do defensive end, Shareef Miller.
Para o Eagles ir bem nessa próxima temporada da NFL, as lesões não poderão ser mais uma vez o calcanhar de Aquiles da franquia. Carson Wentz, pelo segundo ano consecutivo se lesionou, dessa vez com um problema na costas, contudo o maior estrago foi na secundária, em que se faltou jogador pra compor o setor e que até wide receiver teve que jogador de cornerback. Se conseguir deixar o DM o mais vázio possível, o Eagles se torna um dos favoritos a estar no Super Bowl 54.
Washington Redskins
O Redskins mais uma vez terão que se superar pra ir bem na próxima temporada. O time do head coach, Jay Gruden estava até que indo bem na temporada regular passada, chegando até a liderar a divisão, tendo excelentes atuções do running back Adrian Peterson e uma regularidade presente em sua carreira, o quarterback Alex Smith, que vinha de uma troca envolvida com o Kansas City Chiefs. Contudo a temporada foi tudo abaixo.
Sem Smith e com Keenum
Alex Smith que vinha comandando bem o ataque, porém na semana 11, reta final da temporada regular, o quarterback teve a infelicidade de fraturar a tíbia e a fíbula em jogo contra o Houston Texans, sendo o ponto final na temporada de Smith. Com isso, o time que estava liderando a divisão, acabou por ser derrotado nas semanas seguintes e assim ficou fora dos playoffs.
Diferentemente de Eagles e Cowboys, a offseason do Redskins foi menos conturbada. Dos nomes que vieram para o Redskins na free agency, estão o do safety Landon Collins que venho do rival New York Giants, dos offensive tackles Ereck Flowers que também atuou pelo Giants e estava no Jaguars e Donald Penn que estava no Oakland Raiders e do quarterback Case Keenum que venho de uma troca com o Denver Broncos.
Se as chegadas não foram muitas, as saídas foram muitas. Dos nomes mais importantes, podemos frisar a do oustide linerbacker Preston Smith que foi para o Green Bay Packers, dos wide receivers Maurice Harris que foi para o New England Patriots, Jamison Crowder que rumou para o Jets e o mais recente, a escolha de primeira rodada do Redskins de 2016, Josh Doctson que foi cortado da lista de 53 jogadores para temporada. Mas Doctson ficou desempregado por dias, pois depois do corte no sábado, na segunda feira, o wide receiver assinou com o Minnesota Vikings.
Frutos a serem colhidos do Draft
Se as perdas na free agency tiveram impacto significativo, no Draft as escolhas podem render bons frutos no futuro. O Redskins teve sem sombras de dúvidas uma dos melhores Drafts entre as 32 equipes da NFL, com dois excelentes nomes na primeira rodada, na primeira escolha o Redskins escolheu o quarterback Dwayne Haskins e a segunda ao subir no Draft pegou o defensive end Montez Sweat que caiu muito no Draft. Além dos dois, podemos dar ênfase ao running back Bryce Love e do wide receiver Terry McLaurin.
Mesmo com a escolha de Haskins, Jay Gruden decidiu que Case Keenum vai iniciar a temporada da NFL. Alex Smith ainda não está saudável e Haskins se demonstrou ainda muito cru para os padrões exigentes da NFL. Ou seja, o Redskins terão uma temporada mais para se projetar para um futuro promissor, do que para ter resultados imediatos, uma vez que a equipe passa por uma reestruturação. Contudo, Jay Gruden terá, talvez, a última oportunidade de comandar o Redskins, uma vez que o trabalho vem sendo bem questionável e a sua substituição seria só mais um passo da reestruturação em curso no Redskins.
New York Giants
Se você queria emoções nessa offseason da NFL, certamente você deve ter acompanhado vários capítulos dessa série humorística chamada New York Giants. A equipe foi muito mal na temporada passada, mesmo tendo um ano memorável do running back Saquon Barkley sendo o calouro ofensivo da última temporada da NFL. A equipe foi de sexta pior campanha da NFL, e com isso movimentações na free agency foram necessárias, agora se elas foram boas é outra história.
A mais polêmica delas foi a troca inexplicável do wide receiver Odell Beckham Junior que foi trocado pelo safety Jabril Peppers, esoclha de primeira rodada do Cleveland Browns e escolha da primeira rodada de 2019. Além dele, Olivier Vernon foi trocado com o Browns, desta vez o oustide linebacker deixou o Giants e para o seu lugar venho o guard Kevin Zeitler. Escolhas de Draft também foram envolvidas na negociação.
Saquon Barkley terá piano dobrado no Giants
Com a saída de Beckham Jr, Saquon Barkley terá papel fundamental no ataque do Giants. Sterling Shepard e o recém chegado Golden Tate terão a incumbência de substituir Odell, mas não se sabe se será suficiente para levar o ataque do Giants a um melhor patamar. Com estragos feitos na free agency, o general manager David Gettleman, não se conteve e fez mais alguns no Draft. A primeira escolha que se diga.
O polêmico Draft, e a expectativa para a possível última temporada de Eli Manning
Estando na posição 6 do Draft, o Giants tinha várias opções de escolha, principalmente para o setor defensivo. Porém, o GM do Giants tem uma audácia tremenda e escolheu o quarterback Daniel Jones como o futuro da franquia após a era de Eli Manning. A escolha de Jones foi bem questionável, uma vez que tinha quarterbacks melhores posicionados do que ele no Draft. Mas se o Giants acham que ele é o futuro, só o tempo vai dizer.
Além de Jones, outras duas escolhas o Giants realizou na primeira rodada. Na posição 17, escolheu o defensive tackle Dexter Lawrence, talento que poderia ser pego mais posições abaixo do Draft. A terceira foi no final do Draft com a escolha do cornerback DeAndre Baker que deu um susto na pré temporada ao ter uma entorse no joelho, mas que estará 100% para a semana 1.
As expectativas de uma temporada de recorde positivo para o Giants são bem pequenas. Tanto o ataque, quanto a defesa terão desempenhos bem complicados, o que pode ser um entrave para duelos decisivos contra os rivais de divisão. Além disso, não se sabe até onde Eli Manning poderá carregar o time na temporada regular e qual seu ânimo em jogar, ou seja, o Giants tem tudo pra ter uma temporada complicada e que se não mudar os rumos, pode ter minado o futuro da franquia nessa passada offseason.