Coletivo é a arma do Flamengo para a semifinal

 Coletivo é a arma do Flamengo para a semifinal

Histórico Rubro-Negro na Copa mostra que o coletivo é mais importante que o individual

Foto: Divulgação/Flamengo

Após eliminar dois Atléticos, o Flamengo chega a mais uma semifinal de Copa do Brasil e, desta vez, encara a equipe do São Paulo podendo decidir vaga em casa, no Maracanã. Esta será a 14ª participação Rubro-Negra em semifinais de Copa do Brasil, sendo que em 7 oportunidades avançou de fase e chegou até a final da competição e nestes momentos uma peça  foi fundamental para o sucesso: o jogo coletivo.

O Flamengo é tricampeão na Copa do Brasil. Seus títulos foram conquistados em 1990, 2006 e 2013 e, em todos os casos, a união e a química dos jogadores foram mais marcantes que o próprio talento e técnica destoante de jogadores badalados e consolidados no cenário do futebol nacional.

Diferentemente destas experiências, o elenco de hoje soma os dois mundos do futebol: uma qualidade individual excepcional e um jogo coletivo não visto com muita frequência. Curiosamente, ambas características essenciais para o funcionamento do futebol do Flamengo são motivadas pela dupla Éverton Ribeiro e Arrascaeta.

Desde a “era Jesus” é possível notar um simples fato: quando Éverton Ribeiro e Arrascaeta não jogam bem, o Flamengo não joga bem. Do sucesso dos atacantes Pedro e Gabigol até a tranquilidade para a dupla David Luiz e Leo Pereira passam pelas atuações dos meias, sejam em passes, movimentações ou na cadência do jogo, as atuações de Éverton Ribeiro e Arrascaeta são pontos chaves para o Flamengo

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Dupla de armadores Rubro-Negros cruciais para o Flamengo desempenhar bom futebol – Foto: Divulgação / Flamengo

O dedo de Dorival para o sucesso e união no futebol do Flamengo

Mesmo com a importância nítida e inegável de Éverton Ribeiro e Arrascaeta para o funcionamento do time do Flamengo, é possível levantar outro fato sobre o atual time: Dorival Júnior conseguiu instituir, na prática, dois times utilizáveis em um só elenco, sendo assim, a dependência por uma dupla de jogadores não é o principal e sim o jogo coletivo proposto pelo técnico.

O feito de Dorival é impressionante, pois, mesmo com jogadores com características tão diferentes, o Flamengo no último mês se apresentou de maneira muito satisfatória. Apesar de o time considerado titular estar presente nas copas, o Flamengo encontra-se no alto da tabela do Brasileirão e fazendo resultados elásticos em partidas importantes.

Esta maneira que Dorival optou por fazer a gestão de elenco está construindo uma competitividade interna amistosa e benéfica, além de criar um maior senso de unidade dentro do núcleos dos jogadores, visto que atletas influentes, como Diego Ribas, ganham mais minutagem. 

Números somados a desempenho mostram eficiência do jogo coletivo do Flamengo

Depois da saída de Paulo Sousa e chegada de Dorival Júnior, o clube teve uma melhora estrondosa nas características coletivos em decorrência do melhor aproveitamento das habilidades individuais de jogadores chave no rubro-negro, como a volta Éverton Ribeiro a sua posição de origem, a utilização de Gabriel mais recuado possibilitando o florescer de sua inteligência em passes para quebrar a linha e buscar o jogo na intermediária.

Este desempenho ímpar é visto em números frios. Nos últimos quatro jogos da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG e Athletico-PR, o Flamengo teve média de 61,25% de posse de bola e 564 passes trocados, número muito acima da média nacional. Em jogos de copa a união, o senso de time como unidade e o pensamento pelo clube poderão ser a diferença para chegar até a final da Copa do Brasil 2022.

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Matheus Bastos Gabriel

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