O que há de errado com o Thunder?
Mesmo com três All-Star no time, Oklahoma não consegue deslanchar na temporada
Nenhum time atraiu tanta atenção na última offseason da NBA quanto o Oklahoma City Thunder. E isso não foi por acaso, afinal, o Oklahoma que já tinha em seu elenco o atual MVP, Russell Westbrook adquiriu dois dos melhores e mais badalados jogadores da liga, Paul George e Carmelo Anthony.
Daí então criou-se uma grande expectativa na torcida, na imprensa e nos fãs em geral da NBA em torno desse time. Afinal de contas, não é sempre que se vê três grandes astros da liga num mesmo time. Muitos chegaram a afirmar que o Thunder seria o time pra bater de frente com o poderoso Golden State Warriors, mas o que se tem visto até aqui na temporada, é um Oklahoma cheio de erros e problemas. Que vem acumulando derrotas e que está bem abaixo da expectativa que foi criada em torno do time.
Muito talento e muitos problemas
O OKC está com uma campanha negativa de oito vitórias e 12 derrotas. E se a temporada regular acabasse hoje, o time estaria de fora dos playoffs, O que seria um verdadeiro fiasco dado o investimento feito pela franquia. Mas o que faz o Thunder decepcionar, mesmo tendo tanto talento em seu time?
Os erros começam pela montagem do elenco. O general manager, Sam Presti, parecia estar fazendo uma jogada de mestre. Trocando Victor Oladipo e Domantas Sabonis por Paul George e posteriormente, Enes Kanter e Doug Mcdermott por Carmelo Anthony. Mas não se pensou na profundidade do elenco. Tudo bem que nenhum dos quatro que foram cedidos eram “top players“, mas todos eles eram úteis na rotação do time, inclusive Oladipo está fazendo uma temporada fantástica no Indiana Pacers. Hoje o treinador Billy Donovan olha para o banco e não vê boas opções para mexer no time.
Aliás, o próprio quinteto inicial têm seus defeitos. O Andre Roberson é um jogador que têm seu o ponto forte na defesa, mas ter média de menos de cinco pontos por jogo chega a ser ridículo para um atleta que é titular em um time da NBA. E o Big Three, como é chamado o trio montado pelo Thunder, vem tendo um aproveitamento baixo nos arremessos de quadra. Aproveitamentos menores do que suas médias de carreira. Isso se deve também, ao fato de em muitos momentos eles não jogarem coletivamente. Aliás, esse era o maior medo da torcida antes da temporada começar, já que os três são conhecidos por gostarem de sempre ter a bola em mãos.
Mas tudo isso deveria ter sido observado e corrigido pelo treinador Billy Donovan, o que não tem acontecido. Aliás, o treinador é outro ponto decisivo para a má campanha do time. Ele não está conseguindo dar uma cara ao time, e nem montar um esquema que extraia o máximo de seus jogadores. Vemos muitas vezes, o Thunder desorganizado ofensivamente e defensivamente.
Ele também não está sabendo gerenciar o tempo de quadra do Big Three, deixando em muitos momentos das partidas, os três atletas juntos no banco e ficando com um time fraco em quadra. Além disso, está se provando que Billy não está conseguindo tirar o máximo de cada jogador. Prova disso, são os atletas que se transferiram para os outros times fazendo boas temporadas, enquanto que em Oklahoma eram subutilizados, em detrimento da caça aos números de Westbrook na temporada passada.
O futuro do Thunder
Claro que toda essa análise é feita em cima de 20 jogos disputados. Restando 62 para disputar, muita coisa pode e vai acontecer ainda. O Oklahoma tem Paul George, que já teve jogo com mais de quarenta pontos nessa temporada. Tem o Westbrook, que continua anotando seus triplos-duplos de vez em quando. E o Carmelo Anthony, que ainda está se adaptando a sua nova posição na equipe. É muito talento reunido e uma hora esse time pode dar o encaixe e explodir ofensivamente. Já vimos isso no jogo contra os Warriors, inclusive, a melhor partida do time no ano.
Mesmo com muitos defeitos, o Oklahoma City Thunder definitivamente não é time para ficar de fora dos playoffs. Então resta a equipe corrigir os defeitos que estão escancarados e evoluir coletivamente, para que assim reencontre o caminho das vitórias.