Em êxtase, Flamengo sonha com o bicampeonato da Libertadores

Flamengo se encontra com Jorge Jesus e está cada vez mais perto da tão sonhada taça da Libertadores

Na tarde do próximo sábado (23), a torcida do Flamengo assistirá ao jogo mais importante da equipe neste século. O clube Rubro-Negro irá enfrentar o River Plate, da Argentina, na final da Copa Libertadores da América. A partida será realizada no Estádio Monumental “U”, em Lima, no Peru, às 17 horas (de Brasília).

Após sucessivos vexames, o Flamengo quebra próprio tabu

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(Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Apesar de ter a maior torcida do Brasil e de já ter sido campeão da Libertadores, o histórico recente do Flamengo em competição continentais não é bom. Foram dezenas de derrotas e eliminações traumáticas. Agora, porém, isso parece mudar. Jorge Jesus trouxe de volta a confiança e a esperança aos flamenguistas.

Ao total, o Mengão disputou 15 edições da Libertadores, se tornando o quinto brasileiro que mais participou do torneio. O aproveitamento, somando todos os anos, é de 59.0%.

A primeira participação foi a melhor. Em 1981, o Rubro-Negro foi campeão com Zico e cia. Naquela edição o clube da Gávea disputou 14 jogos, vencendo nove, empatando quatro e perdendo apenas um. Esse ano, inclusive, ocorreu uma das Libertadores mais polêmicas da história.

Flamengo e Atlético-MG se enfrentaram pelas semifinais do torneio, apitado pelo arbitro José Roberto Wright. Resumidamente, o juiz expulsou cinco jogadores do Galo, que perdeu por não ter jogadores suficientes em campo para continuar na disputa. Na final, o time carioca comandado por Zico bateu o Cobreloa, do Chile. Foram realizadas três partidas, com o Rubro-Negro vencendo o primeiro e o terceiro.

Início com turbulências, mas crescimento exponencial

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Diego comemora com gol contra o San José, na fase de grupos (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Apesar de começar a Libertadores com duas vitórias, o Flamengo recebeu um balde água fria após perder para o Peñarol, em casa, por 1 a 0. Na época, o clube ainda era treinado por Abel Braga, e não conseguia ter grandes atuações. No returno, uma vitória, uma derrota e um empate. Desempenho ruim, mas que lhe garantiu a primeira posição do grupo, com dez pontos.

Na fase de oitavas de finais, o Rubro-Negro já contou com os reforços de Jorge Jesus e Rafinha, ambos vindo da Europa. A primeira partida, diante do Emelec, foi péssima e pareceu mais um capítulo de vexame recente. Derrota por 2 a 0, e cabia mais. Porém, no jogo de volta, o Mengão teve uma boa atuação, devolveu o 2 a 0 e se classificou nos pênaltis.

Nas quartas e semifinais, dois confrontos brasileiros e dois shows contra gaúchos. Primeiro, bateu o Internacional, com uma vitória contundente no jogo de ida, no Maracanã, e um empate controlado no Beira-Rio. Depois, enfrentou o Grêmio e, após empatar no primeiro confronto, goleou o Tricolor Gaúcho por 5 a 0.

Agora, disputará a sua segunda final da história, diante do River Plate, da argentina.

Com elenco estrelado, é difícil definir um destaque

Gabigol comemora classificação do Flamengo sob o Grêmio (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta, Gérson, Rafinha, Filipe Luís, Rodrigo Caio, Diego Alves, Jorge Jesus e mais outros. É extramente difícil definir um destaque nesse elenco estrelado do Flamengo. Sem dúvida nenhuma, todos os jogadores são extramente importantes para o funcionamento do time.

Podemos citar Gabigol, artilheiro da Libertadores com sete gols, com um dos principais destaques. Além disso, o camisa 9 é artilheiro do Brasileirão com 22 gols. Outro jogador bastante participativo no ataque é Bruno Henrique, que vive sua melhor fase na carreira. Bruno é o atleta com mais participações diretas em gols na Libertadores, com cinco gols marcados e cinco assistências.

Além deles, podemos citar também Éverton Ribeiro, que é o rei dos passes decisivos e é extremamente importante na armação das jogadas. Éverton possui uma média 2.8 assistências para finalização por jogo, criando também 15 grandes chances durante toda a competição.

Falando de meio-campistas, não podemos esquecer do uruguaio De Arrascaeta. Com um gol marcado e duas assistências na competição continental, o meia também se destaca nos dribles, com média de 1.9 por jogo.

Esses quatro são referências lá na frente, mas podemos citar ainda tantos outros grandes jogadores do time carioca, além de, claro, o técnico Jorge Jesus.

Polêmico e brilhante: Jorge Jesus é tudo e mais um pouco

Jorge Jesus Flamengo
Jorge Jesus: o salvador do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Mesmo ganhando tudo que era possível em Portugal, Jorge Jesus chegou ao Brasil cercado de dúvidas. O treinador é referência tática em seu país, onde fez grandes trabalhos, sendo o seu melhor no Benfica.

Provou isso no Brasil. Rapidamente fez o time do Flamengo jogar de maneira totalmente diferente do que com Abel Braga, que queria uma equipe com menos posse de bola.

Atualmente, Jesus está com 65 anos e a função de treinador não é nada nova para ele. Começou os trabalhos na profissão em 1989, aos 35 anos, no Amora FC. 30 anos depois, treina um dos maiores times do Brasil.

Apesar de gostar de falar, com isso, ser bastante polêmico, o técnico português se destaca mesmo pelo desempenho de seus times. Agora, mostrou que é possível um clube disputar, ao mesmo, duas grandes competições.

O Flamengo está a um empate do Palmeiras de se tornar campeão brasileiro e de uma vitória contra o River de ser o mais novo campeão da América. Algo inimaginável no começo do ano.

Leia o lado do River: River Plate enfrenta Flamengo em busca do penta da Libertadores

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Iaco Lopes

Estudante de Jornalismo na UFPB. Nascido em João Pessoa-PB. 19 anos.

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