Temporada regular: Arizona Cardinals

Conhecendo um pouco sobre a temporada regular do Arizona Cardinals e outras curiosidades

Neste artigo falaremos o que foi a temporada regular dos Cardinals na NFL, com estatísticas, feitos históricos e curiosidades.

Uma fórmula tão sonhada pelos dirigentes do soccer no Brasil que deu certo no Arizona Cardinals – misturar promessas com trintões para obter resultados. E como os resultados vieram: os Angry Birds terminaram a temporada regular na segunda posição geral, com o segundo melhor ataque – sendo o melhor ataque aéreo. Também pudera, haja qualidade nos trintões de Arizona. Estamos falando “só” de Carson Palmer, que está no páreo pelo prêmio de MVP da temporada, do lendário Larry Fitzgerald e da estrela Chris Johnson, que redescobriu seu football no deserto.

O Cardinals estava mesmo ansioso com a temporada 2015. Em 2013, com a chegada do quarterback Carson Palmer, a equipe mudou de uma campanha 5-11 no ano anterior para uma campanha 10-6, mas que não foi suficiente para ir aos playoffs. Em 2014 a equipe até começou bem, emplacando uma sequência de 9-1 nos 10 primeiros jogos, mas sucessivas lesões de Palmer e do seu reserva imediato Drew Stanton impediram pretensões maiores da equipe, que caiu na fase de wild card para o Carolina Panthers. Com isso, se esperava que em 2015, com a equipe saudável, o time conseguisse êxito. Expectativas até então correspondidas.

palmes

 

Os Birds já começaram a temporada mostrando a que vieram, fazendo uma média de 43 pontos por jogo nas três primeiras partidas. Após uma sequência irregular, com derrotas para Rams e Steelers em um intervalo de três jogos, o time embalou e fez uma sequência de 9 vitórias, quebrando o recorde da franquia. Nesse período a equipe teve uma média de 31 pontos, reflexo do dinâmico ataque comandado por Palmer. O ataque aéreo foi o segundo melhor da liga, graças ao excelente corpo de wide receivers composto pela experiência da estrela Larry Fitzgerald combinada com a juventude do trio J.J. Nelson, John Brown e Michael Floyd. Os problemas de lesão dos running backs, em especial o titular Andre Ellington (que já vem perdendo tempo com contusões há alguns anos) levou o Cardinals a fazer uma aposta arriscada. Na pré-temporada, o time contratou o RB Chris Johnson (também conhecido pelo apelido CJ2K, por correr para 2006 jardas na temporada de 2009 pelo Tennessee Titans – 2K=2000), mesmo ele com 30 anos de idade (vale lembrar que para a posição de running back, os especialistas consideram como ideal uma faixa etária de 21-28 anos, com um auge de 5-6 anos seguido de declínio). A aposta valeu a pena, e Chris reencontrou o bom football e impulsionou o jogo corrido da equipe, que terminou o ano na 8ª posição na liga. Mesmo após a lesão de Johnson, a equipe continuou com um bom jogo corrido, contando com os esforços do calouro David Johnson. Além dos atributos ofensivos, a defesa funcionou muito bem, graças à mentalidade agressiva do coordenador defensivo James Bettcher e a qualidade de peças fundamentais como o safety Tyrann Mathieu, o defensive end Calais Campbell e o cornerback Patrick Peterson, que nessa temporada jogaram muito bem tanto da perspectiva individual como em conjunto com os companheiros.

Os torcedores devem ficar com uma pulga atrás da orelha com a equipe para os playoffs. A parte final da temporada trouxe problemas de lesão em peças importantes, como Chris Johnson, Tyrann Mathieu, Corey Peters (DT) e LaMarr Woodley (OLB). Johnson está em fase final de recuperação, mas pelo regulamento do injured reserve (lista onde os jogadores com lesões são deslocados para não ocupar espaço no roster – o roster de cada time é limitado a 51 jogadores) ele só poderá voltar no Super Bowl. Já os outros jogadores citados estão fora. Soma-se a isso a surpreendente derrota na última rodada da temporada regular, quando o Seahawks dominou completamente o Cardinals e venceu em Arizona por 36-6, em confronto que pode se repetir na final da conferência. Resta saber quem a equipe enfrentará na fase divisional dos playoffs, e se o time que vamos assistir é o que a gente se acostumou a ver durante a temporada ou se é esse que surpreendeu negativamente a todos.

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