Opinião: futebol é política

 Opinião: futebol é política

Arte: Paulo Viana/ Esportes Mais

A recente declaração de Kun Agüero sobre os impostos de patrimônio levantou discussões em todo o mundo. Na Argentina não poderia ser diferente, e a mídia, seja ela Macrista ou Kichnerista, expressou diferentes opiniões. Muitos disseram como a visão de Maradona seria diferente. Com certeza, e como já demonstrou, seria a favor dos impostos sobre grandes fortunas. Maradona faz lembrar como futebol além de política é religião. Em uma estimativa por alto, 90% dos bares e restaurantes argentinos atualmente têm uma imagem de Maradona acompanhada da palavra “Dios”. O ídolo nacional, tinha uma posição política bem marcada e de esquerda. Maradona não tinha medo de mostrar suas alianças com personalidades fortes da esquerda latino-americana como Chávez e Lula por exemplo.

Maradona em encontro com Hugo Chávez
Imagem: Financial Afrik

Os argentinos vivem a política assim como vivem o futebol. Nós brasileiros talvez tínhamos de aprender um pouco disto. O Brasil muitas vezes está de costas para a América Latina como em seu próprio mapa, e acho que deveríamos tirar mais lições dos nossos hermanos.

Opinião em futebol e política cada um tem a sua. Entretanto, o importante é incentivar o debate para que atrasos como aconteceu com o governo atual não voltem a ocorrer. Bolsonaro veste a camisa de qualquer clube, e usa e abusa do populismo para convencer seu cercadinho eleitoral. Não podemos deixar que o fascismo continue a governar o Brasil. O ano de 2022 é um ano de importantes mudanças para a América do Sul e para o Brasil, tanto no futebol como na política. A SAF veio para renovar o futebol brasileiro. As eleições no Chile vieram para dar uma nova esperança para o nosso amado continente.

A vitória da esquerda no Chile pode significar um novo começo para as relações do país com os seus parceiros sul-americanos. Mas mais importante do que isso, pode significar a morte do neoliberalismo no continente num futuro próximo. Entrando numa grande crise, a Europa e os Estados Unidos terão muito mais dificuldades em realizar as suas intenções e ações hegemônicas. Resumindo, o despertar do povo chileno pode iniciar uma contenção de sangue das veias latino-americanas.

A opinião contida neste texto é apenas do autor Paulo Viana e não é necessariamente compartilhadas pelo Esportes Mais. 

Paulo Viana

Apaixonado por futebol e RI. Torcedor do Cruzeiro, do Independiente e do Braga.

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