João Lucas Reis: “As pessoas dizem que sou uma representatividade”

 João Lucas Reis: “As pessoas dizem que sou uma representatividade”

João Lucas Reis comentou em entrevista exclusiva ao Esportes Mais

Bahia, estado mais negro do país teve a aparição de uma das representatividades mais importantes do tênis nacional, o João Lucas Reis. Jovem, natural de Recife, mas com um pézinho na Bahia, venceu sua partida de estreia no torneio contra Roman Burruchaga (455º do mundo) em três sets 3/6 7/6 (5) e 6/4 em quase três horas de duração. O resultado é importante pra João que conseguiu sua primeira vitória em ATP Challenger.

João, de 22 anos falou após sua estreia com o Esportes Mais e contou sobre o quanto é difícil atuar no profissional.

E+ Qual a sensação de vencer sua primeira partida em Challenger?

João: Bem feliz com o jogo, bem duro, conhecia bem o adversário, ele dominou primeiro set inteiro, ele teve quebra no segundo set acima também. O primordial foi conseguir manter a cabeça no lugar e procurando uma tática pra trazer problemas pra ele no jogo e eu consegui fazer isso bem, consegui ficar mais sólido e mais agressivo, a torcida me ajudou bastante no segundo, no terceiro foi na raça.

E+: Segundo set você esteve duas vezes em desvantagem, e no terceiro ele empatou após estar 4-4, o que você fez pra reagir nesses momentos?

João: A torcida me ajudou bastante, a partida foi bastante dura, mentalmente e fisicamente falando, com pontos bem longos, mas estou muito feliz de ter conseguido ficar firme até o final.

E+: Ganhar a primeira partida em casa tem um gostinho bom?

João: Demais gosto muito de jogar no Brasil, ainda mais aqui em Salvador, eu sou de Recife, sou daqui do nordeste, quando venho para cá, eu me sinto em casa, já joguei torneios juniores Bahia Juniors Cup e outras mais. É muito bom ter torneios no Brasil e poder jogar junto com a torcida.
Ainda mais aqui, que é perto de casa, minha família pode vir aqui e assistir, num lugar que eu me sinto bem.

E+: Sobre a importância e representatividade de um negro estar jogando o torneio.

João : Recebo mensagens todos os dias, com a galera falando que eu sou uma representatividade, as pessoas olham bem pra mim por esse lado também, de “poxa” ter um negro jogando torneios profissionais legais, então eu fico bem feliz também. E eu vejo o Thiago Monteiro indo bem em vários torneios, e isso me impulsiona muito a acreditar que eu posso chegar também.

Dos jogadores  que joagaram a chave principal de Salvador, apenas 9% dos jogadores são negros.

Imagem: Rede Tênis Brasil

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Matheus Silva

Matheus Silva, âncora do Mundo do Tênis Podcast Formado em Administração e Controladoria e Finanças

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