Boca Juniors e Riquelme, uma história de amor verdadeiro

Riquelme é com certeza um dos maiores ídolos do Boca Juniors, se não o maior, muitos Xeneizes colocam Román à frente de Maradona

Juan Román Riquelme, um dos maiores ídolos da história do Boca Juniors. Considerado por muitos um dos jogadores mais talentosos da Argentina, o craque combinava habilidades com muita técnica e uma ótima visão de jogo, além de ser um esplendoroso cobrador de faltas. No Boca Juniors conquistou Campeonato Argentino, Libertadores, Copa Intercontinental, Mundial de Clubes entre outros títulos no time Xeneize. Com a Seleção Argentina disputou a Copa das Confederações de 2005Copa do Mundo 2006, Copa América 2007 e os Jogos Olímpicos de 2008 conquistando o troféu nessa edição.

Carreira de Títulos 

Assim como Diego Maradona, outro ídolo argentino e também do Boca, Román início sua carreira no Argentino Juniors, antes também de sua ida para o Boca. No Xeneize logo se tornou Bi-campeão da Copa Libertadores (2000 e 2001) e sem dúvidas caiu nas graças do torcedor bostero. O jogador foi logo cobiçado por clubes europeus, e teve Barcelona como seu ponto inicial no velho continente. Depois de uma temporada apagada dele e todo elenco catalão, o astro argentino foi para o Villareal. Lá junto ao seu compatriota Sorín, levou o clube ao terceiro lugar do Campeonato Espanhol, conquistando uma vaga para Champions League.

Riquelme continuou como a estrela do time amarelo, levou a equipe à semifinal da maior competição de clubes em sua primeira participação, eliminando gigantes como Manchester United e Internazionale. Com o fim da temporada, Riquelme disputou com a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Com a camisa 10 e a principal estrela do time, o gênio tinha por objetivo trazer o tri campeonato mundial para albiceleste. Mas infelizmente em um confronto bem equilibrado que acabou tendo sua definição nos pênaltis, a Argentina acabou sendo eliminada e tendo seu sonho de novamente erguer a taça adiado.

Após a Copa do Mundo, Riquelme não se sentiu mais tão bem na volta ao time espanhol. Sendo o principal jogador na inédita campanha do Villareal mas perdendo o pênalti que custou a eliminação do time na Champions, Román acabou tendo alguns conflitos com o treinador Manuel Pellegrine, que acabou o afastando do time.

A volta à La Bombonera

Em fevereiro de 2007, Riquelme voltou ao seu time de coração. O jogador veio por empréstimo de 6 meses e recebendo o maior salário da América do Sul naquele ano. Voltou como saiu, com grande destaque na Copa Libertadores de 2007 fazendo belas apresentações e ganhando pela terceira vez a competição, trazendo o sexto título para o Boca Juniors e sendo o melhor jogador da competição. O jogo  mais memorável desse ano, foi a final contra o Grêmio em que fez dois gols, no antigo estádio Olímpico.

Logo após o seu contrato de empréstimo com o Boca Juniors, o atleta voltou ao Villareal. Mas não durou muito tempo, o clima pra ele continuava ruim e ele acertou sua volta para o Boca com um menor salário. Em janeiro de 2008 o Villareal negociou definitivamente a volta do ídolo Xeneize a sua “casa”. Riquelme em 2012 teve uma nova chance de ganhar a Libertadores, mas dessa vez acabou sendo derrotado para o Corinthians não conseguindo seu tetra campeonato pelo Boca Juniors. Após essa final, Riquelme disse que não ficaria mais no Boca Juniors. Porém, 7 meses afastado do futebol, ele confirmou o retorno aos gramados pela equipe Xeneize.

Amor dos Xeneizes pelo ídolo

Riquelme até hoje é lembrando pelas três Libertadores, e pelo Mundial de Clubes conquistado contra o Real Madrid. Se Maradona é dado como “Deus” para o povo argentino ao todo, Juan Román Riquelme também é chamado de “Deus” para os bosteros. Na Argentina você pode até dizer que Pelé é maior que Maradona, mas dizer que Riquelme era um jogador comum assim como qualquer outro, é uma afronta à torcida Xeneize.

Na despedida do ídolo, a torcida do Boca fez uma linda homenagem em la Bombonera. Com vários cânticos em sua homenagem feito pela torcida, foram expostas também as muitas taças conquistadas pelo Boca com ele em campo.

Carlitos Tévez, na despedida de Román, também postou sua homenagem ao astro pela sua conta no Twitter. O goleiro Orion, que jogou ao lado de Riquelme e foi vice campeão do mundo no Brasil, também fez homenagens pela rede social ao atleta.

Muitos torcedores do Boca Juniors, afirmam até que Riquelme é mais ídolo para eles do que o Maradona. Isso pelas conquistas que teve no clube, e fazer com que o Boca que tinha apenas duas Copa Libertadores até o início desse século, chegasse a quatro.

Ficha Técnica:

Nome: Juan Román Riquelme

Nascimento: 24/06/1978 – Buenos Aires 

Altura: 1,82

Peso: 75 Kg

Clubes: Boca Juniors (96-2014), Barcelona (02-03), Vilarreal (03-04) e Argentino Juniors (2014)

Títulos: Argentino Clausura (99), Argentino Apertura (98,00 e 08), Libertadores (00,01,07), Copa Intercontinental – Mundial de Clubes (00) e Recopa 

 

 

Enzo Matheus

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