A Argentina é tricampeã mundial

 A Argentina é tricampeã mundial

Enfim, depois de 36 anos, a Argentina volta a erguer o Mundo

A Argentina enfim voltou a ser campeã mundial. Após uma partida épica terminada em 3-3, os argentinos venceram os franceses nos pênaltis e são tricampeões mundiais. A Copa volta para Argentina após 36 anos, além disso Messi conquistou seu primeiro título mundial.

Um verdadeiro tango foi a campanha da Argentina na Copa do Mundo. Os hermanos chegaram no mundial com 36 jogos de invencibilidade, mas logo na estreia, de forma inesperada, perdeu de virada por 2-1 para Arábia Saudita. Contudo, os argentinos mostraram sua força, passaram em primeiro lugar no grupo c, venceram Austrália, Holanda (P), Croácia e França e se consagraram campeão do Mundo.

Uma geração comandada por Messi e Di Maria, que por muito tempo foi chamada de perdedora, mas que deram a volta por cima. Em 2021, em pleno Maracanã, um título marcante contra o Brasil. Logo após, veio a conquista da finalíssima contra a Itália e agora o mais especial, a conquista do Mundo que foi erguida por Messi.

Scaloni
Embora desacreditado, Scaloni mostrou competência. Foto: AFA

Lionel Scaloni

Desacredito, talvez essa seja a melhor palavra para descrever Lionel Scaloni no início do seu trabalho. Após o pífio trabalho de Jorge Sampaoli, Scaloni foi designado para assumir de forma interina a seleção. Ele fazia parte da comissão técnica de Sampaoli, mas a AFA pediu para que ele ficasse no cargo até que conseguissem um novo treinador.

Tudo parecia que iria dá errado, até porque Lionel não tinha nenhum trabalho como treinador, a certeza que tínhamos é que ele não duraria muito tempo. Bom, começou o rejuvenescimento da seleção, nomes como Mascherano, Banega, Higuain e outros anunciaram suas aposentadorias do selecionado e Scaloni começou a reformulação. Pilares de hoje, como Paredes, De Paul, Romero, Lo Celso começaram a ganhar espaço no time.

Messi era uma incógnita, pois ele não participou do ciclo inicial de Scaloni, mas o técnico contava com o retorno dele. Vieram os amistosos, com derrotas e vitórias e a preparação para a Copa América. O primeiro desafio era a Copa América, aonde o Brasil era claramente favorito, entretanto o desafio para Scaloni era fazer uma campanha digna. Ele começou mal, mas deu conta do recado.

A estreia oficial foi em Salvador, em jogo contra a Colômbia. A Argentina jogou mal, foi derrotada por 2-0 e a preocupação era gigantesca. Se hoje Lionel é enaltecido por mudar muito sua equipe, naquela Copa era ao contrário, ele era criticado por nunca achar um time ideal. Ele nunca repetiu a equipe na Copa América. A Argentina empatou com Paraguai, venceu o Qatar, venceu a Venezuela e veio o jogo que determinou tudo.

Messi
Messi conquistou seu mundial pela Argentina. Foto: AFA

A mudança e um novo Messi

É até estranho falar em mudança depois de perder para o Brasil por 2-0. Mas aquele 2 de julho de 2019, teve uma coisa muito importante. Além de ter feito um grande jogo e o merecimento era ter ido a final, a arbitragem foi peça fundamental para a eliminação. Dois pênaltis não foram marcados, além disso um deles resultou no segundo gol do Brasil. Mas por que a mudança?

A mudança se deu na união de Messi, seleção, imprensa e o povo. Após aquela partida, Messi detonou a arbitragem e aquilo fez com que muitos argentinos, que o achavam frio, se identificar com ele e novamente com a seleção. Ele além de criticar a CONMEBOOl, pediu aos torcedores que apoiassem os novos jogadores que estavam chegando e seriam o futuro da Argentina.

Eram um momento muito complicado, pois o Scaloni era chamada de estagiário, a seleção vinha de grandes decepções e o povo não se sentia mais representado pelos seus jogadores. Aquela boa atuação contra o rival, com a clara impressão de que foram prejudicado, deram uma paz ao selecionado. Na sequência, Messi foi expulso contra o Chile e claramente suas declarações foram fundamentais para aquela expulsão. Novamente ele criticou a CONMEBOOL e o povo o abraçou.

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Números e a Copa América 2021 para Argentina

No futebol os números não querem dizer muita coisa, mas nesse caso mostra o avanço e a confiança que foi dada ao Scaloni. Daquela derrota para o Brasil até a estreia na Copa do Mundo, foram 36 jogos de invencibilidade. Muitos novos jogadores foram ganhando espaço, como Romero, Martínez, Alvarez e outros.

Angel Di Maria, que fez gols nos três títulos, ficou um determinado momento fora e até teve conversas com o técnico para ser reintegrado. O destino mostrou a importância de Fidel, que fez gols em todas as decisões.

A conquista da Copa América de 2021 foi fundamental. O selecionado argentino não conquistava um título desde 1993, eram quase 30 anos sem títulos. Foram muitas finais, inclusive na era Messi, no entanto os títulos não vinham.

O começo na Copa foi com empate contra o Chile e Scaloni continuava com suas mudanças jogo após jogo e era criticado. Assim como na de 2019, o técnico não repetiu uma escalação. Na sequência vieram vitórias contra Uruguai, Paraguai e Bolívia. Já no mata-mata, vitória contra Equador e Colômbia e classificação para a final contra o Brasil.

O dia 10 de julho foi especial.  Com gol de Di Maria, enfim, no Maracã e contra o Brasil, a Argentina deu fim a seu jejum vencendo os donos da casa por 1-0 e tranquilizou os torcedores e o grupo. Aquela conquista foi fundamental para hoje os argentinos comemorarem a Copa do Mundo. Após isso, a conquista deu a Argentina a chance de enfrentar a Itália, campeã da Eurocopa na finalíssima e a Argentina venceu em Wembley por 3-0.

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O Mundial e o tri

Assim como um tango, tudo é sofrido para a Argentina. A estreia contra a Arábia parecia tranquila, mas só parecia. Em cinco minutos no segundo tempo, os argentinos sofreram a virada e viram sua invencibilidade ir embora. Os hermanos terminaram a rodada na lanterna do grupo.

Entretanto, os argentinos mostrara sua força. Com várias mudanças, a Argentina venceu o México por 2-0. Contra a Polônia, Scaloni deu chance aos meninos que mudaram muito a Argentina. Enzo Fernandez e Julian Alvarez começaram a ser titulares contra a Polônia, ambos deram conta do recado e a Argentina fez um grande jogo vencendo por 2-0. Logo após veio o mata-mata, vitórias contra a Austrália, Holanda e Croácia. Enfim, a seleção celeste e branca estava em mais uma final do mundo.

Na final, Lionel Scaloni mostrou suas armas. Surpreendeu os franceses com Fidel do lado esquerdo, os dois gols passaram por ele e Argentina ia consolidando seu título naquele momento. Mas Fidel cansou, entrou Acuña. A Argentina caiu, a França mesmo assim parecia morta, contudo que tem Mbappe nunca pode ser dada como morta. O astro francês fez dois, empatou a partida e a levou para a prorrogação.

Na prorrogação, a Argentina fez 3-2 no final dela. Mas novamente não conseguiu segurar e Mbappe fez o terceiro dele no jogo. A partida foi para os penais, Dibu Martínez brilhou e Montiel, que havia cometido um pênalti que resultou no terceiro gol da França, terminou sendo felicitado cobrando a bola do tri.

Argentina tricampeã mundial. Enfim, o gigante Lionel Messi conquistou seu primeiro título mundial e seu terceiro título pela seleção argentina. Para quem não havia conquistado nada em 17 anos de seleção, a pulga conseguiu três títulos em um ano e cinco meses.

 A ARGENTINA É TRICAMPEÃ MUNDIAL!

Foto: AFA

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Enzo Matheus

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