Exclusivo – “Eu tenho sonho de chegar na seleção”, ressalta Léo, lateral do Bahia
Léo, lateral do Bahia, bateu um papo interessante com a nossa equipe, onde falou sobre diversos temas; confira
Leonardo Pinheiro da Conceição, ou simplesmente Léo, é o lateral-esquerdo titular do Bahia em 2018. O jogador ganhou a disputa da posição com o experiente Eugênio Mena, lateral da Seleção Chilena.
Da ponte aérea Rio para Salvador, Léo continua se destacando com bons desempenhos. De boa estatura o jogador tem boa qualidade na marcação, além de sempre estar ajudando no ataque.
Ainda jovem, o atleta pensa em Seleção Brasileira, e sabe que tem muito potencial para crescer. Se firmando pela primeira vez em um grande clube, ele tem de encarar a concorrência e quem sabe cavar uma vaga em um clube europeu.
Outro traço que destaca o lateral do Esquadrão é a força de cobranças de lateral, ocasionando em gols como o de Junior Brumado contra a Juazeirense no Baianão, ou contra o Atlético Mineiro no Campeonato Brasileiro.
Confira abaixo a entrevista completa com o jogador:
Você chegou no começo do ano sem badalação ao Bahia e hoje é titular, como você vê isso, sendo que tinha ûma briga por posição com o experiente Mena? Como é a relação de vocês no dia-a-dia?
Léo – Quando cheguei eu fui o primeiro da posição a chegar, cheguei antes que o Mena. E logo depois teve a notícia de que o Mena ia integrar o grupo, e de primeiro momento muitos até já estavam na cabeça “o Léo vai brigar pela posição”, mas de primeira falaram “O Mena vai chegar para ser o titular da posição”. E isso, não vou mentir que me incomodava de uma tal forma porque eu acho que futebol é trabalho, é dedicação, é empenho, e até pelo nome já estavam dando ele como dono da posição.
Eu não vejo futebol assim, vejo futebol com muita dedicação, trabalho, e aproveitar as oportunidades. Então fui trabalhando a cada dia para mostrar para as pessoas e para mim mesmo que eu era capaz. E continuo lutando, o Mena é um ótimo jogador, um grande homem, um grande profissional, e no dia a dia eu aprendo certas coisas com ele. E é assim, é sadia, uma briga sadia, a gente se dá bem no dia a dia, nada demais.
Você vem de um ótimo clássico, como esse triunfo no BAVI auxiliou na sequência do trabalho do Enderson?
Um clássico é sempre bom, sempre bom vencer, te dá confiança, o clássico ele é diferente, tem um gosto diferente, até para você dormir parece que está flutuando. Sua família tá bem, seu trabalho tá bem, você ganha um clássico pô… naquele dia parece que você está realizado, mas no outro dia começa tudo de novo, tem que buscar novos objetivos.
Infelizmente não dá para não falar do episódio pós-jogo contra a Chapecoense no aeroporto, em confusão com torcedores da organizada do Bahia, como vocês fizeram para apagar aquele momento ruim? Foi um fator de motivação para o BAVI?
A cobrança, ela vai existir sempre, em qualquer lugar. Isso aí a gente tem que estar com a consciência de que vai acontecer. Pode acontecer na verdade, o que eu não sou a favor é de de agressão, de mão, de soco, isso aí eu não sou a favor, eu acho que ninguém é a favor.
Mas de cobrança, isso aí temos que entender que é uma coisa normal. E já passou, a gente nem pensa muito nisso. A gente se cobrou pois sabíamos que a gente podia mais, isso aí não influenciou a ganhar. E também não seria um fator para a derrota, “ah influenciou a perder”, não.. temos que entrar com a consciência de que estamos defendendo um grande clube como o Bahia, e a maior motivação é vestir essa camisa. Só o que eu não concordo é com agressões, fora isso, é tudo natural do futebol.
O Bahia tem jogado bastante esse ano, é a segunda equipe que mais disputou partidas no futebol brasileiro. Como fazer para se recuperar?
É verdade, temos bastante jogos durante o ano, mais de 40 jogos e começa a pesar fisicamente, mentalmente, tem que descansar bastante, dormir bem, se alimentar muito bem, pois quando entra ali, as pessoas não querem saber se você está cansado ou não.
E você tá ali com pouco tempo de recuperação, porque tem coisa que não existe, tu joga na quinta às vezes fora de casa, viaja na sexta pra voltar para casa, aí nem descansa direito no sábado para jogar no domingo. São dois dias ou um dia e meio para se recuperar, isso para mim não existe, eu acho até um pouco desumano, mas é continuar assim, trabalhando, descansado e dormindo bem para continuar ajudando o Bahia nas partidas.
Você tem uma cobrança de lateral muito forte, você treina isso desde cedo?
Isso é uma coisa de mim mesmo, os treinadores sabendo que eu tenho essa força nos braços começam a treinar algumas jogadas para que possa sair um gol, esse ano até saiu um gol o de Brumado no Campeonato Baiano, é uma arma boa de usar.
Falando de você, o que você se auto deseja até o final da temporada? Léo tem o sonho de chegar a Seleção Brasileira, o que precisa para chegar a isso?
Eu tenho plano, tenho desejos, tenho planos de jogar na Europa, em 2017 eu quase fui pra Itália, mas eu estou muito feliz aqui no Bahia, acho que eu escolhi o lugar certo. É de sua vontade continuar no Bahia para a próxima temporada?
Eu tenho vontade também de ficar. Mas eu quero viver o momento, e o futuro, deixar na mão de Deus, Deus sabe o melhor pra mim. Mas eu tenho sonho de chegar na seleção, e cada dia mais trabalhar pra isso. E o que falta é sempre isso, achar que você tem que melhorar sempre, não podemos nunca pensarmos que já estamos prontos, sempre achar que tem que melhorar alguma coisa, nunca pode ter nota 10, sempre tem que melhorar, melhorar, melhorar. Quando o atleta acha que chegou no ápice ali, no topo, é aí que tem o perigo, acho que tem que ter a humildade de sempre colocar o pé no chão e trabalhar.