Aperte os cintos, direção Rússia: 90 minutos separam a Argentina do embarque

Drama argentino pode colocar em segundo plano a classificação para Copa do Mundo

 

Rússia, Moscou, estádio Luzhniki, 14 de junho, a abertura da tão aguardada Copa do Mundo se aproxima, pros amantes do futebol a ansiedade já se faz presente. É época de patriotrismo, de enfeitar as ruas, de carregar a bandeira no carro, estampada no rosto, pintada nas ruas, é época de unção, de olhares voltados para mesma direção, momento em que não se faz presente outra coisa, milhões de pessoas empurrando sua seleção avante, no choro, na emoção, no grito, nas mãos entrelaçadas ou próximas ao rosto, na raça. Um verdadeiro show televisionado em míseros trinta dias.

Esse monótono sentimento vivenciado a cada 4 anos, pode não ter sentido para uma nação inteira bicampeã mundial, a potente Argentina de el Maradona vive uma tremenda agonia, e o sonho de estampar os rostos e as ruas de azul e branco pode ser tristemente adiado.

 

Os últimos minutos de Sampaoli

É hora de apertar os cintos, direção Rússia, a Argentina tens seus últimos 90 minutos de reversão, um triste cenário que vêm se evidenciando durante toda a campanha de Sampaoli nas eliminatórias.

A esperança atende pelo nome de Lionel Messi, cinco vezes o melhor do mundo, uma responsabilidade que pode facilmente ser driblada pelo camisa 10, um maestro nato que surpreende todas as vezes que sobe as escadas em direção aos gramados.

O craque leva para terça-feira o drama de uma nação inteira nos pés, faltando um jogo apenas para classificar os hermanos, a Argentina precisa da vitória contra o Equador, e depende de um mau desempenho do Chile e do Peru para assumirem a quarta ou quinta colocação, está por última há colocaria na repescagem.

 

Mas o que deu errado?

Sampaoli tem o material humano que necessita? Faltou convocação? Essas são perguntas frequentes quando direcionamos o fracasso da equipe ao técnico (alguém aí gritou Híguain, Ponzio, Escacíbar?).

Higuaín ficou de fora da lista de convocados de Sampaoli, com uma dificuldade grosseira em fazer gols — tendo a pior trajetória na história da equipe — é difícil entender porque o técnico não convocou um artilheiro quando não poderia contar mais com o acidentado Aguero.

Messi encontra dificuldades de mostrar seu futebol na seleção, não se compara a um terço do que joga no seu clube. Dybala, outro craque do time, e que vem ocupando o banco a várias partidas, cometeu “honesticídio” digno de Rodrigo Caio ao dizer que ele e Messi não podem atuar juntos porque os dois ocupam a mesma faixa do campo – e, pior, Sampaoli concorda e, pelo visto, acha melhor deixar como está e não procura soluções no momento.

Além disso, foi de uma ingenuidade constrangedora colocar Gago sem condições em campo, afastando o mesmo de vez da competição. O meia do Boca Juniors ficará seis meses longe dos gramados após ter sofrido uma grave lesão no joelho direito, e passará por procedimentos cirúrgicos. Para substituir o craque, Sampaioli convocou o lateral esquerdo Milton Casco do River Plate.

argentina

Sampaoli não é, claro, o único culpado, mas que tem contribuído efetivamente para o desastre argentino, ah, isso tem! Se conseguir se classificar para a Copa, talvez tenha a paz necessária para colocar o time em ordem. Se não, sua imagem de “bom técnico” sairá definitivamente arranhada após sua aventura pelo futebol argentino.

 

O que podemos esperar na última partida da Argentina?

A seleção do equador está na oitava colocação da tabela de classificação das eliminatórias, com 20 pontos apenas não conseguem mais alcançar a zona da repescagem, porém a partida diante da Argentina é importante para o grupo dos classificados para a Copa do Mundo, pois se vencer a seleção de Messi, esta ficará fora do Mundial, é o que afirmou Jorge Célico, técnico do Equador.

“Vamos nos despedir dessas Eliminatórias com orgulho e ganhando da Argentina. A partida será complicada, vamos tentar fazer o melhor para nos despedirmos com orgulho para a torcida.”

Apesar da convicção de Célico, é de se esperar uma Argentina extremamente ofensiva, afinal, está valendo uma vaga na Copa da Rússia 2018.

As duas seleções se enfrentam terça-feira 10, às 20h30 (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Atahualpa em Quito, Equador.

Marielli Vieira

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