Clubes do Brasil: Conheça a história do Tricolor Paulista
Clubes do Brasil: Fique por dentro de toda a história do Tricolor Paulista
Salve, Salve meu caro leitor…. Hoje é dia de conhecer a fundo a história de um dos maiores clubes do país. Estou falando do “Soberano”, do “Clube da Fé”, do “Tricolor Paulista”. Então, já sabem de quem se trata? Ainda não? Estou falando sobre “O Mais Querido”, sim, sobre o “Tricolor do Morumbi”, sobre o SPFC (São Paulo futebol clube). Este clube tão tradicional do futebol brasileiro, possuí em seu hino as seguintes letras:
Salve o tricolor paulista
Amado clube brasileiro
Tu és forte, tu és grande
Dentre os grandes és o primeiro
Ó tricolor
Clube bem amado
As tuas glórias
Vêm do passado
São teus guias brasileiros
Que te amam ternamente
De São Paulo tens o nome
Que ostentas dignamente
Tuas cores gloriosas
Despertam amor febril
Pela terra Bandeirante:
Honra e Glória do Brasil
Tais letras foram compostas em 1936, só que apenas em 1942, seis anos depois, foram virar de forma oficial o hino do clube. O criador de tal canção foi o mineiro José Porfírio da Paz, mais conhecido por Porfírio da paz:
“José Porfírio da Paz (Araxá, 24 de janeiro de 1903— 27 de setembro de 1983) foi um político brasileiro. Aos vinte anos optou pela carreira militar. Foi quando assumiu o comando do batalhão paramilitar do Liceu Coração de Jesus. Chegou a ser preso durante a Revolução Constitucionalista de 1932, mas, mesmo assim, permaneceu amigo de Getúlio Vargas. Foi deputado estadual, vice-prefeito e prefeito de São Paulo, entre 7 de julho de 1954 e 17 de janeiro de 1955. Foi também vice-governador, governador interino do estado de São Paulo e um dos fundadores do São Paulo Futebol Clube. Considerado torcedor-símbolo do clube nos anos 1940.”
O SPFC nasceu da união entre a Associação Atlética das Palmeiras e ainda alguns membros da diretoria do Club Athlético Paulistano (que resolveram fechar o departamento de futebol em 1929). Em homenagem aos dois times fundadores, o uniforme da equipe manteve as faixas vermelhas e pretas, além das cores, o clube herdou o campo pertencente à Associação Atlética das Palmeiras, a chamada Chácara da Floresta.
A agremiação que é uma associação esportiva, foi fundada no dia 25 de janeiro de 1930, dia e mês em que foi fundada a cidade de São Paulo, contudo, a ata de fundação do clube foi assinada um dia depois, no dia 26. O clube chegou a ter suas atividades paralisadas em maio de 1935, cinco anos após sua fundação devido a uma divergência entre os gestores por causa da compra de uma sede localizada na Rua Conselheiro Crispiniano. O imóvel era um pequeno palácio conhecido como “Trocadero”, adquirido ao custo de 190 contos de réis.
Essa dívida era grande para a época, porém o clube, detentor de um campo como o da Floresta e um quadro de jogadores que valia muito, não se deixava abalar. Entretanto, alguns dirigentes andavam descontentes com os rumos do futebol no país e resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê, acabando de vez com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável à continuidade da esquadra e liderados pelo Dr. Paulo Sampaio, foi à Justiça e no dia 23 de abril de 1935 impugnou o direito da diretoria fundir o Tricolor com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.
Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria, esta que não teve outra saída senão convocar uma assembleia geral. Porém, o artigo 2º dos estatutos da agremiação, à época, dizia que somente os “sócios fundadores” considerados “proprietários” do clube e que somavam 200, poderiam compor a assembleia. Como a maioria deles era ligado à diretoria a fusão foi aprovada no dia 14 de maio de 1935. Nesse dia, debaixo de chuva, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA. Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê, que incorporou todos os patrimônios físicos e que, em troca, quitaria os créditos do São Paulo e não poderia usar as cores, uniformes ou símbolos do mesmo. Surgia assim o Tietê-São Paulo.
Após a fusão com o CR Tietê, alguns antigos sócios do Tricolor Paulista, inconformados com tudo o que ocorrera, decidiram restabelecer a equipe de futebol, surgindo assim, no dia 4 de junho de 1935, o Clube Atlético São Paulo. No dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria o São Paulo Futebol Clube, que depois de tantos empecilhos e ressurreições, ganhou a alcunha de “Clube da Fé” do jornalista italiano Tommaso Mazzoni (Tomaz Mazzoni).
Atualmente, com 86 anos, a agremiação possuí uma história invejável, uma vez que, no futebol já são seis Campeonatos Brasileiros, três Copas Libertadores, duas Copas Intercontinentais e uma Copa do Mundo de Clubes da FIFA, além de vinte e um Campeonatos Paulistas. Confira abaixo todos os títulos do tricolor:
Campeonato Paulista: 21 Títulos: – 1931, 43, 45, 46, 48, 49, 53, 57, 70, 71, 75, 80, 81, 85, 87, 89, 91, 92, 98, 2000 e 2005
Taça dos Campeões Rio-São Paulo: 6 Títulos: – 1932, 43, 45, 46, 54 e 1985
Pequena Taça do Mundo: 2 Títulos: – 1955 e 1963
Troféu Colombino: – 1969
Campeonato Brasileiro: 6 Títulos: – 1977, 86, 91, 2006, 2007 e 2008
Copa Intercontinental: 2 Títulos: – 1992 e 1993
Copa Libertadores da América: 3 Títulos: – 1992, 93 e 2005
Troféu Ramón de Carranza: – 1992
Troféu Teresa Herrera: – 1992
Supercopa Sul-Americana: – 1993
Recopa Sul-Americana: 2 Título: – 1993 e 1994
Copa Conmebol: – 1994
Copa dos Campeões Mundiais: 2 Títulos: – 1995 e 1996
Copa Master da Conmebol: – 1996
Torneio Rio-São Paulo: – 2001
Supercampeonato Paulista: – 2002
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: – 2005
Copa Sul-Americana: – 2012
Ao todo são 41 títulos Oficiais, sendo eles 3 intercontinentais, 9 continentais, 6 nacionais, 1 regional e 22 estaduais. Além do futebol, a agremiação SPFC tem tradição em outros esportes, como no atletismo, onde graças a Adhemar Ferreira da Silva, contém duas estrelas douradas no escudo
.”Adhemar Ferreira da Silva – (São Paulo. 29 de setembro de 1927 – São Paulo, 12 de janeiro de 2001) foi um atleta brasileiro, primeiro bicampeão olímpico do país. Conquistou as medalhas de ouro no salto triplo nos Jogos de Helsinque 1952 e de Melbourne 1956. Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do atletismo. Ele é o único brasileiro a representar o país no salão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), criado como parte das celebrações pelo centenário da instituição.” (O São Paulo revelou Adhemar Ferreira da Silva, ele que foi o maior atleta da Década de 1950.)
O atletismo do clube teve início no ano de 1943, um ano depois, em 1944, conquistou uma série de 14 títulos paulistas, que acabaram somente em 1957. Em 1961, o clube conquistou esses mesmos títulos até o ano de 1966. Até a década de 1970, o clube possuía uma equipe para cada prova de atletismo, porém no início dos anos 80, somente os atletas de corrida média e longa distância em pista de rua continuaram no São Paulo. Além de Adhemar Ferreira da Silva, outros atletas tiveram destaque na modalidade pelo clube, Confira abaixo:
Sebastião Alves Monteiro – bicampeão da Corrida Internacional de São Silvestre em 1945 e 1946,
José João da Silva – bicampeão da São Silvestre em 1980 e 1985
Dietrich Gerner — o maior técnico de atletismo de todos os tempos do Brasil.
Desde 2010 a saltadora campeã olímpica Maurren Maggi representa o São Paulo em suas competições.
Confira abaixo sobre os demais esportes do SPFC:
Basquetebol
A modalidade começou a ganhar tradição no São Paulo por volta do ano de 1940, com a chegada da conquista do bicampeonato paulista. Nos anos 2000, o departamento se desenvolveu em pouco tempo com parceria feita com o Guarulhos, formando o São Paulo-Guaru.
Pugilismo
Essa modalidade foi implantada em 1943 e Foi berço de alguns pugilistas de renome internacional tais como: Éder Jofre, Kaled Cúri, Jorge Maluk, Vicente dos Santos, Lúcio Gatoni, Paulo Sacomon, Valdemar Adão e Jorge Sacoman.
Compreendida entre as décadas de 40, 50 e 60, a era de ouro do pugilismo teve como pilar a Academia de Boxe das famílias Zumbano/Jofre, onde os atletas eram treinados em sua maioria por Aristides Kid Jofre, pai de Éder Jofre. Nessa época formou lutadores que se tornaram famosos e conquistaram títulos brasileiros, sul-americanos e mundiais.
Nos anos 1990, o boxe do São Paulo tornou a se destacar sob o comando de Antônio Carollo, com as conquistas dos títulos paulista e brasileiros de 1992 e 1995. Em 3 de agosto de 2002, o boxeador Acelino Freitas, o Popó, derrotou por pontos o nigeriano Daniel Attah, em Phoenix, capital do Arizona, Estados Unidos e representou, nessa ocasião, as cores do São Paulo. Houve inclusive a tentativa de marcar uma luta do pugilista para o Estádio do Morumbi, porém sem sucesso.
Voleibol
O departamento foi iniciado em 1943 e já em 1946 foi fechado. Em meados da década de 1970, voltou a ser praticado no clube e foi um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Voleibol, participando ativamente das competições. Entre os jogadores que já fizeram parte do time, estão: Marcelo Negrão, Pampa e Giovane. Em fevereiro de 2010, o São Paulo firmou uma parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) para a disputa da Superliga de Vôlei
Para a temporada 2015/16 foi firmada uma parceria com a Funvic/Taubaté, que durou pouco tempo devido à quebra de contrato do patrocinador. Ainda assim, a parceria foi vitoriosa, pois rendeu à cidade de Taubaté três títulos: Jogos Regionais, Copa São Paulo e Campeonato Paulista.
Hóquei
O hóquei se iniciou em 1954, no mesmo ano conquistou o paulista e ainda em 54 teve o departamento fechado. Só que no dia 12 de abril de 1997, o hóquei voltou a ser praticado no clube com a associação dos atletas da equipe Ocean Drive. Com isso um dos ginásios do clube foi preparado e dimensionado para a prática do esporte, sendo um dos poucos que atende às especificações da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação.
Futsal
Em junho de 1954, Paulo Planet Buarque, que era integrante da Federação Paulista de Futsal, sugeriu ao clube a criação do departamento e a diretoria aprovou a ideia. A partir da iniciativa, Raul Leite, que já era jogador da modalidade, tratou de organizar o esporte trazendo jogadores novos para formar o time de futsal.
No ano de 1960, os adeptos ganharam um ginásio coberto para treino e jogos na área social do clube, e em 1979, mais três já estavam prontos para uso em partidas do time. A partir da década de 1970, foram organizados campeonatos internos no clube com o intuito de gerar a confraternização dos sócios. O interesse pela modalidade só aumentou com o passar do tempo.
O São Paulo possui duas categorias de times. A categoria Prata que é formada exclusivamente por associados que obtiveram destaque nos campeonatos internos. E a categoria Ouro, que é formada por jogadores profissionais.
A partir de 1998, o clube formou uma equipe para jogar a categoria principal do esporte, com jogadores de seleção. Nesse mesmo ano, o time conquistou seu primeiro título estadual. A partir disso os jogadores começaram a angariar títulos para o futsal do clube.
Recentemente, em fevereiro de 2009, foi firmada uma parceria com o Esporte Clube União Suzano para formar o time que disputará a Liga Futsal.
Judô
Em 19 de março de 1969, o departamento teve início, e desde então sempre participou das principais competições do Brasil, e é responsável, inclusive, por uma das mais tradicionais competições do estado de São Paulo, o “Torneio de Judô do São Paulo Futebol Clube.
Patinação artística
A patinação artística iniciou-se em meados dos anos 1980, porém somente na década de 1990, é que a modalidade cresceu e começou a angariar campeões paulistas e brasileiros. O departamento tem como meta a formação de novos atletas a partir dos quatro anos.
Ginástica aeróbica
O departamento teve início em 1990 e desde que as atividades foram instauradas, conquistou títulos paulistas, brasileiros e mundiais. Os atletas são-paulinos pertencem à Federação Paulista de Ginástica e a Confederação Brasileira de Ginástica.
Natação
O São Paulo iniciou suas atividades na natação com as maratonas aquáticas, que eram realizadas em represas, rios ou em mar aberto. A partir de 1995, com a construção do complexo de piscinas aquecidas, o clube passou a disputar competições em piscinas pela Federação Aquática Paulista e pela Confederação Brasileira de Deportos Aquáticos.
Tênis
Com 772 tenistas cadastrados e cerca de 300 alunos, o departamento de tênis do clube tem tradição, e participou das primeiras competições organizadas no Brasil, e continua marcando presença nos principais campeonatos e torneios. Apesar de todos os títulos que as modalidades conquistam, nenhuma delas consegue alcançar a projeção que o futebol do clube tem, por, entre outros motivos, serem amadores e provenientes do complexo social do clube. Assim, esporadicamente, tomam proporções maiores ao alçar esportistas do calibre de Adhemar Ferreira da Silva e Éder Jofre, sem ter, porém, a mesma força e investimento do futebol. Além das modalidades descritas acima, o clube também já possuiu os departamentos de esgrima e xadrez que funcionaram entre 1943 e 1946. (O São Paulo também teve a honra de ter revelado atletas do nível de João do Pulo e Aurélio Miguel e ter sido escolhido como “casa” dos já consagrados, Marcelo Negrão e Janeth Arcain).
Projetos sociais
O clube multifuncional participa ativamente de projetos sociais, contendo atualmente duas categorias, sendo elas, o “São Paulo Social” e o “Torcedor do Futuro”:
- São Paulo Social: O mascote do clube, jogadores da base ou profissionais, fazem visitas periódicas a instituições carentes, além de fazerem doações para diversas campanhas e ajudar na divulgação de ações sociais. Entre as doações realizadas, estão camisas autografadas pelos jogadores do clube para que sejam leiloadas e que, com isso, consigam mais dinheiro para continuar seus projetos. As doações são feitas juntamente com os parceiros do clube, visando melhorar a vida das pessoas e das comunidades que são visitadas.
- Torcedor do Futuro: A ação batizada como Torcedor do Futuro, tem como objetivo trazer cidadania e respeito às crianças entre oito e 14 anos através do futebol. Além de jogar contra times de menor torcida em pleno Morumbi, as crianças aprendem lições de ética, educação, respeito ao próximo e responsabilidade social. Entre essas lições é ensinado, por exemplo, que o adversário não é inimigo, o uso correto dos banheiros, questões sobre o meio-ambiente e tecnologia e etc. Bom meus caros leitores, que tal um pouco de curiosidades?
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Quem fez o escudo e o desenho dos uniformes?
O escudo e os uniformes do SPFC foram desenhados pelo estilista alemão Walter Ostrich, simpatizante do novo clube em formação, com a colaboração de Firmiano de Moraes Pinto, um dos presentes na fundação do clube.
Por que existem três estrelas vermelhas no escudo?
Elas representam o bicampeonato da Copa Intercontinental, nos anos de 1992 e 1993 e a conquista do Mundial da FIFA, em 2005.
Mascote?!
Criada na década de 1940, por um cartunista do jornal A Gazeta Esportiva, a imagem do santo agradou a todos os são-paulinos, permanecendo até hoje como mascote oficial do clube. Pelo fato do verdadeiro São Paulo ter morrido com aproximadamente 60 anos, é representada por um velhinho de barba branca. É chamada de “Santo” Paulo para não confundir com o nome do clube.
De onde surgiu Soberano?
Surgiu graças aos seis títulos brasileiros conquistados pelo tricolor. O clube chegou a criar um longa-metragem com o nome, onde é retratado a história dos títulos nacionais.
De onde surgiu O Clube da Fé?
O São Paulo foi chamado de “Clube da Fé”, pela primeira vez, em 1937 pelo jornalista Thomaz Mazzoni, O slogan “Clube da Fé” foi uma criação de “Olimpicus”, o jornalista Thomaz Mazzoni, que, no episódio da extinção do São Paulo Futebol Clube da Floresta, bem como no nascimento do São Paulo Futebol Clube, mostrou-se sempre ser crítico ferrenho do fechamento do antigo e incentivador constante do novo clube.
É oportuno lembrar que o SPFC foi reerguido por pessoas denominadas na época de “pobretões”. Eles sofriam porque muitos diziam que estavam sonhando alto demais. No entender de alguns, não conseguiriam reunir condições de elevar o São Paulo ao mesmo nível anterior.
O time realmente tinha jogadores de grande porte, que valorizavam sua participação nos certames de que tomavam parte pelo desempenho aguerrido. Essa forma de atuar nesses primeiros tempos é que ensejou o surgimento da legenda “Clube da Fé”. Do citado jornalista, destaco um artigo, publicado na Gazeta do dia 21 de julho de 1937, cujos principais trechos a Revista Oficial publica abaixo:
“Recentemente, surgiu o São Paulo FC Júnior com as mesmas pretensões do antigo. Se o novo São Paulo veio ao mundo da bola sem os haveres, fama e prestígio dos seus antepassados, trouxe a maior das riquezas: a fé no seu destino, o amor ao seu hoje. Somente a fé poderia levar o atual Tricolor a nascer como um clube varzeano qualquer e tornar-se logo uma agremiação no caminho reto do progresso do futebol superior. O Clube da Fé, como merece ser chamado o atual São Paulo FC, está se encarregando de”.
Nenhuma outra legenda poderia apresentar tão fielmente a trajetória do São Paulo como “Clube da Fé”. Tudo foi feito no peito e na coragem. Canindé, Esquadrão de Aço, Morumbi, superplantéis, parque social… Foi por meio da fé que o clube dos pobretões tornou-se, hoje, decantado mundialmente, em todos os setores. Em prosa, verso e glórias.
De onde surgiu o O Mais Querido?
O Mais Querido, surgiu durante o período da ditadura Vargas, no qual eram proibidas as ostentações das bandeiras estaduais. Na ocasião da inauguração do Estádio do Pacaembu, em 27 de abril de 1940, o Tricolor Paulista entrou ostentando o nome e as cores do time, que são as mesmas do estado de São Paulo. O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, driblaram-na aplaudindo de pé o time que carrega até hoje as cores vermelho, preto e branco.
No dia seguinte, o jornal A Gazeta Esportiva estampava em sua capa a manchete “O Clube Mais Querido da Cidade”. Passado mais um tempo, o DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda) promoveu um concurso público entre torcedores de todas as agremiações da época, com Corinthians e Palestra Itália sendo favoritos, pois possuíam as maiores torcidas. O vencedor acabou sendo o São Paulo com 5 523 votos, mais que a soma de votos dos seus dois principais concorrentes.
O preço do Morumbi!
Em 1953, a diretoria tricolor começou a construção do estádio, deixando o futebol em segundo plano. No dia 2 de outubro de 1960, o estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), foi parcialmente inaugurado com a partida entre São Paulo Futebol Clube e Sporting Lisboa de Portugal, o tricolor venceu a partida pelo placar de 1 a 0. O gol dessa partida foi marcado pelo jogador Peixinho. – Em um cruzamento, ele mergulhou para cabecear a bola próximo do chão. Desde então essa jogada ficou conhecida no Brasil como “gol de peixinho”.
A equipe ficou o período entre 1957 e 1970, sem conquistar títulos oficiais. Somente após a inauguração definitiva em 25 de janeiro de 1970, em uma partida entre o Tricolor Paulista e o Porto, também de Portugal, que terminou empatada em 1 a 1 com gols de Vieira Nunes para o Porto e Miruca para o São Paulo, é que os títulos ressurgiram com os Paulistas de 1970, 71 e 75 e o inédito Campeonato Brasileiro de 1977. Houve ainda os vice-campeonatos dos Brasileiros de 1971, 73 e da Libertadores de 1974.
Centro de Treinamento de Guarapiranga!
Inaugurado em 13 de dezembro de 1997, o Centro de Treinamento Homero Bellintani, conhecido como CT de Guarapiranga, veio da fusão do São Paulo com o Estrela da saúde. Localizado no bairro do Guarapiranga, conta com três campos de futebol, uma piscina semi-olímpica, alojamento, cozinha e refeitório espalhados em cem mil metros quadrados. Inicialmente utilizado para atender os atletas das categorias de base e do futebol feminino, atualmente é utilizado como área social e para testes de novos talentos.
Quando foi inaugurado o CT da Barra Funda?
Inaugurado em 9 de abril de 1988, o Centro de Treinamento Frederico Antonio Germano Menzen, mais conhecido como CCT da Barra Funda ou ainda CT Barra Funda, surgiu como uma necessidade de acomodar melhor os atletas da categoria principal do São Paulo, uma vez que o Estádio do Morumbi, com a modernização do esporte e apesar de confortável, não oferecia tudo o que o time necessitava. Localizado na Avenida Marquês de São Vicente, no bairro da barra funda, zona oeste da capital paulista, o Centro de Treinamento tem esse nome em homenagem ao sócio número um do clube e presidente, o ilustre Frederico Antonio Germano Menzen.
Com uma infraestrutura de primeiro mundo e à frente dos outros clubes brasileiros, as instalações contam com três campos oficiais, um minicampo, um campo para treinamento de goleiros, arquibancada para 4 mil pessoas, dois vestiários para jogadores, dois vestiários para árbitros, alojamentos, cozinha, refeitório, dezesseis dormitórios, sala de jogos, sala de audiovisual, área administrativa, área exclusiva para atendimento à imprensa, departamento médico e o REFFIS.
REFFIS?
Juntamente ao Centro de Treinamento, localiza-se o REFFIS (núcleo de Reabilitação Esportiva, Fisioterápica e Fisiológica), para tratar os funcionários e atletas do clube ou de outras agremiações. Considerado a mais moderna instalação do tipo pertencente a um clube na América do Sul, o REFFIS é referência no Brasil, América do Sul e até na Europa. Foi criado em 2004 com o intuito de avaliar, preparar, tratar e prevenir lesões de atletas vindos de diversos lugares do mundo. A estrutura é elogiada pelos médicos do Real Madrid e Internazionale e pelos os dirigentes do Barcelona, que já chegaram a pedir que o clube cuidasse de seus jogadores brasileiros.
Os aparelhos do núcleo, conseguidos através de parceria, possuem tecnologia de última geração e um gasto inicial em torno de dois milhões de reais em sua construção e desenvolvimento. Conta com profissionais renomados na gestão, como os fisioterapeutas Luis Alberto Rosan e Ricardo Sasaki, o fisiologista Turíbio Leite de Barros, além dos preparadores físicos Carlinhos Neves e Sérgio Rocha, e as presenças constantes dos médicos José Sanches e Auro Rayel.
Centro de Formação de Atletas
O Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, também conhecido como CFA de Cotia, CT de Cotia ou simplesmente como CFA, localiza-se na região de Cotia, região Metropolitana de São Paulo, a cerca de trinta minutos do Estádio do Morumbi. Foi adquirido em 27 de julho de 2004 e inaugurado em 16 de julho de 2005 para oferecer uma infraestrutura de primeiro mundo para a formação das categorias de base do clube, que incluem o infantil, juvenil e júnior (sub-15, sub-17 e sub-20). Para isso conta com uma área total de 220 mil metros quadrados e é rodeado de sítios e chácaras para manter a tranquilidade e a concentração dos jovens que lá estão.
Para suprir a necessidade de quase cem atletas, o CFA conta com cinco campos oficiais (um deles com grama sintética), um campo de areia e outro de showbol (todos com drenagem e irrigação computadorizadas), quatro alojamentos para até 95 jovens, refeitório com cozinha industrial, sede administrativa, sala de monitoramento, piscina, oficina de manutenção, quiosques, quatro vestiários, consultório médico, odontológico e de podologia e a segunda unidade do REFFIS. Ainda estão em construção arquibancada, estacionamento, ginásio coberto, quadras poliesportivas, um hotel para jogadores vindo do exterior, ampliação do REFFIS e mais cinco campos de futebol. Em menos de uma década de existência, o Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel já revelou, entre outros, nomes como Breno, Hernanes, Jean, Oscar, Casemiro, Lucas Piazón, Lucas Moura e Rodrigo Caio.
Torcidas organizadas
O São Paulo foi pioneiro em torcidas organizadas. Em 1939, o cardeal são-paulino Manoel Raymundo Paes de Almeida, fundou na Mooca o Grêmio São-Paulino, que depois se transformaria na TUSP (Torcida Uniformizada do São Paulo)
“O ano em que a moeda caiu em pé”
Poucas pessoas sabem, mais em 1943, na sede da Federação Paulista, em uma reunião que definiria o calendário do Campeonato Paulista do ano, um dirigente do Corinthians disse que o encontro não era necessário, pois ao lançar uma moeda no ar, o campeão seria definido: se desse cara o campeão seria o Corinthians e se desse coroa, o Palmeiras (antigo Palestra Itália) levaria o caneco. Ao ouvir tamanha soberba, o representante tricolor questionou o dirigente alvinegro sobre o São Paulo. A resposta foi direta: – “se a moeda parar em pé, o campeão será o São Paulo”. O dirigente corintiano ainda brincou dizendo que se parasse no ar a campeã seria a Portuguesa.
Dessa maneira se iniciou o campeonato, com o São Paulo disposto a quebrar a hegemonia de Corinthians e Palmeiras. Até que no último jogo, contra o Palmeiras, o São Paulo segura um empate sem gols e conquista o título. O então Grêmio são-paulino, fez uma marcha à noite com um carro alegórico que continha uma moeda em pé somente para ir buscar a Taça dos Invictos no prédio da Gazeta Esportiva, no “ano em que a moeda caiu em pé”.
Rivalidades históricas
O São Paulo tem como principais rivais Corinthians, Palmeiras e Santos, sendo que os dois primeiros formam, juntamente com o Tricolor Paulista, o chamado Trio de Ferro da capital. Os quatro clubes dividem a preferência dos torcedores devido à grandeza e aos vários títulos conquistados.
Majestoso
Majestoso foi o nome dado por Tomás Mazzoni para o clássico envolvendo São Paulo e Corinthians, na ocasião do jogo válido pelo Campeonato Paulista de 1942, quando, para verem a estreia de Leônidas da Silva pelo São Paulo, 70 281 pessoas compareceram ao Estádio do Pacaembu, sendo este o time que mais vezes enfrentou o Tricolor do Morumbi. É considerado como um dos maiores clássicos do mundo, e consequentemente do Brasil, com a segunda posição segundo a revista World Soccer, figurando na 18ª posição geral.
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Choque Rei
O Choque Rei, clássico entre São Paulo e Palmeiras, é um dos que possuem maior rivalidade no futebol mundial, segundo o FootballDerbies.com, ocupando a 20ª colocação geral e a segunda entre os maiores clássicos nacionais. O confrontamento entre o alviverde e o tricolor tem esse nome, pois, com a hegemonia do São Paulo nos anos 1940, atrelada à acusação sobre a tomada do Estádio Palestra Itália e a suposta pressão tricolor para a troca de nome de Palestra Itália para Palmeiras, além da disputa pelos títulos entre os clubes, o clássico ganhou em importância. Sendo apelidado, novamente por Tomás Mazzoni, de Choque Rei.
San-São
A partir do Campeonato de 1956, perdido para o Santos, o clássico entre as duas equipes foi apelidado de San-São por Tomás Mazzoni, jornalista de A Gazeta Esportiva, e é conhecido pelas vitórias imprevisíveis para ambos os lados. Nesse clássico, o terceiro que mais ocorreu contra o São Paulo, o que chama a atenção é o desequilíbrio, mais de 30 vitórias de diferença para o clube da capital.
Os dois times fizeram, em 1933, o primeiro jogo profissional do país. Foi nele também que o apelido do Santos, “peixe”, foi dito pela primeira vez. Tratou-se de uma provocação, antes do início do jogo, da torcida tricolor com os jogadores do clube praiano, chamando-os de “peixeiros” de maneira pejorativa. A torcida santista retrucou dizendo “Somos peixeiros, e com muita honra!”. A partir daí o apelido foi adotado pelo clube santista, e a mascote, a Baleia, foi criada.
Apelidos
No decorrer dos anos, o SPFC recebeu alguns outros apelidos, sendo eles: Esquadrão de Aço (30-34), Tigres da Floresta (30-35), Rolo Compressor (38-39, 43-49), Tricolor do Canindé (44-56), Rei da Brasilidade (50-60), Máquina Tricolor (80/81), Tricolaço (80/81), Menudos do Morumbi (85-89), Máquina Mortífera (92/93), Expressinho Tricolor (94), Time de Guerreiros (2005), Jason (08-09), 633 Squadron (2009).
Dia Tricolor?!
Em 18 de outubro de 2006, foi sancionada na cidade de São Paulo a lei nº 14 229 de 11 de outubro do mesmo ano, cujo o projeto de lei era de nº 648 de 2005, na qual ficou definido que no dia 16 de dezembro de cada ano, será comemorado o “Dia Tricolor”, homenageando, dessa maneira, a data de refundação do clube.
10 Técnicos que mais jogos comandaram:
Treinador | Período | Jogos | |
---|---|---|---|
1º | Vicente Feola | 1937—1938, 1938—1939, 1941—1942, 1947—1950, 1950—1951, 1951—1953, 1955—1957 e 1959—1960 |
532 |
2º | Muricy Ramalho | 1996—1997, 2006—2009 e 2013—2015 | 477 |
3º | José Poy | 1964—1965, 1971—1972, 1973—1976 e 1982—1983 | 422 |
4º | Telê Santana | 1973 e 1990—1996 | 411 |
5º | Cilinho | 1984—1986 e 1987—1989 | 249 |
6º | Joreca | 1943—1947 | 172 |
7º | Rubens Minelli | 1977—1979 | 168 |
8º | Carlos Alberto Silva | 1980—1981 e 1989—1990 | 154 |
9º | Osvaldo Brandão | 1962—1964 e 1971 | 142 |
10º | Paulo César Carpegiani | 1999 e 2010—2011 | 114 |
10 Jogadores que mais vestiram a camisa:
Jogador | Período | Jogos | |
---|---|---|---|
1º | Rogério Ceni | 1992—2015 | 1.238 |
2º | Waldir Peres | 1973—1984 | 617 |
3º | De Sordi | 1952—1965 | 544 |
4º | Roberto Dias | 1960—1973 | 527 |
5º | Teixeirinha | 1938—1956 | 525 |
6º | José Poy | 1948—1962 | 522 |
7º | Nelsinho | 1979—1992 | 512 |
8º | Terto | 1967—1977 | 500 |
9º | Mauro Ramos | 1948—1960 | 498 |
10º | Riberto | 1956—1964 | 481 |
10 Jogadores que mais marcaram gols
Jogador | Período | Gols | |
---|---|---|---|
1º | Serginho Chulapa | 1973—1982 | 242 |
2º | Gino Orlando | 1952—1967 | 233 |
3º | Luis Fabiano | 2001—2004 e 2011—2015 | 212 |
4º | Teixeirinha | 1938—1956 | 189 |
5º | França | 1996—2002 | 182 |
6º | Luizinho | 1930—1934 e 1941—1946 | 173 |
7º | Müller | 1984—1987, 1991—1994 e 1996 | 160 |
8º | Leônidas da Silva | 1942—1950 | 144 |
9º | Maurinho | 1952—1959 | 133 |
10º | Rogério Ceni | 1992—2015 | 132 |
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_Futebol_Clube#Hist.C3.B3ria
http://spfcpedia.blogspot.com.br/2009/01/o-clube-da-fe.html
http://www.campeoesdofutebol.com.br/sao_paulo_hino.html
http://www.arquibancadatricolor.com.br/forum/viewtopic.php?f=27&t=941
http://www.superpartituras.com.br/tenente-porphyrio-da-paz/hino-do-sao-paulo
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/porfirio-da-paz-3897
http://blogsoberanoarruda.blogspot.com.br/2013/09/trofeus-da-historia-do-sao-paulo-fc.html?view=sidebar
http://www.fondospedia.com/fondo-entrada-a-canasta_523_1600x1200.php
http://www.immobiliareevasione.it/news/43/spettacolo_boxe.htm
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http://www.colegioanatereza.com.br/atividadeextracurricular/natacao/
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http://www.paraiba.com.br/2011/10/13/83594-somos-o-que-eles-querem-ser-quando-crescerem-diz-diretor-do-sao-paulo-sobre-o-corinthians
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http://www.sousaopaulofc.com.br/bandeira_com_o_torcedor_tricolor-fotos_do_sao_paulo_fc-igfpo-3853409.htm