O posto de maior campeão: Conheça a história do Cruzeiro em Copa do Brasil
Veja a trajetória do Cruzeiro e às conquistas memoráveis do hexa campeão da Copa do Brasil
O Cruzeiro é dono de seis títulos de Copas do Brasil, a história do maior campeão dessa competição tem vários heróis, várias estrelas e para começarmos a escrever essa trajetória do maior campeão nacional via Copa do Brasil, vamos viajar no tempo e passar pelos anos de 1993,1996,2000,2003,2017 e 2018.
O primeiro título da Raposa
No ano de 1993, dava-se o início a uma das primeiras de outras 5 (cinco) conquistas que ainda iriam de vir para o Cruzeiro. Durante sua trajetória vitoriosa, o Cruzeiro disputou 10 jogos com cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. Na estreia, a equipe Celeste despachou a Desportiva/ES. O único revés da Raposa foi sofrido diante do Náutico no jogo de ida das oitavas de final. Em casa, a equipe mineira se recuperou e ficou com a vaga ao vencer por 2 a 0. Tanto nas quartas (São Paulo) como na semifinal (Vasco), o Cruzeiro se classificou ao vencer o jogo de ida e empatar o duelo de volta.
Na grande decisão o Cruzeiro teve pela frente o time do Grêmio que venceu o Flamengo nas semifinais por 4 a 3 em pleno estádio do Maracanã e depois por 1 a 0 no antigo estádio Olímpico em Porto Alegre.
O primeiro jogo da grande decisão foi realizado na casa do adversário no estádio Olímpico em Porto Alegre, no primeiro jogo empate sem gols na primeira decisão. Tudo estava marcado para ser definido no jogo da volta no Mineirão e com toda a torcida Azul celeste ao seu favor.
O jogo do primeiro título celeste ocorreu no dia 03/06/1997, onde pouco mais de 70 mil torcedores viram o Cruzeiro derrotar o Grêmio por 2 a 1 com gols de Roberto Gaúcho e Cleison. Pingo marcou o gol gaúcho.
Naquela noite Minas e o Brasil viu o Cruzeiro se tornar pela primeira vez em sua história o grande campeão da Copa do Brasil de 1993.
Às conquistas não param por aí, o bicampeonato veio três anos depois sobre a máquina chamado Palmeiras
O bicampeonato da Raposa não demorou muito tempo para acontecer, isso por que no ano de 1996, o Brasil e o mundo viram o Cruzeiro bater o imparável Palmeiras em pleno estádio Parque Antártica em São Paulo.
Na trajetória campeã, a Raposa venceu equipes como: Juventus-AC, o Vasco, o Corinthians, o Flamengo de Romário e, na finalíssima, o favorito ao título o Palmeiras.
A grande final foi diante da equipe do Palmeiras, que na altura do Campeonato, já havia conquistado o Campeonato Paulista, com uma campanha de 27 vitórias, 2 empates e 1 derrota, marcando 102 gols nos 30 jogos disputados. Terminou o estadual com 83 pontos somados, com 28 de vantagem sobre o São Paulo, o segundo colocado.
O clima era esse, o primeiro jogo foi no Mineirão empate por 1 a 1 entre às duas equipes, os gols foram marcados por Cláudio para o verdão e Marcelo Ramos deixando tudo igual. E a decisão ficava para o jogo seguinte em São Paulo.
Já durante a chegada o Cruzeiro percebeu o que iria enfrentar estádio lotado a torcida do verdão fazia a sua festa e todos já davam o Palmeiras como o grande campeão antes mesmo da bola começar a rolar.
Bola rolando pressão total, logo nos primeiros minutos do confronto decisivo, o time paulista abriu o placar aos cinco minutos, com o artilheiro Luizão. Mas, ainda no primeiro tempo, Roberto Gaúcho deixou tudo igual para a Raposa. Já no final da etapa complementar, após falha do goleiro Velloso, Marcelo Ramos marcou o gol do título e calou os quase 30 mil palmeirenses presentes no Parque Antarctica. Naquela noite o Brasil e mundo viu o Cruzeiro se tornar bicampeão da Copa do Brasil 96.
O jogo épico diante do São Paulo e a conquista do tricampeonato da Raposa
Assim como foi a conquista do bicampeonato, o time celeste voltou a repetir o feito (3) três anos depois com um título magistral em sobre a equipe do São Paulo, e dessa vez em pleno estádio do Mineirão.
Entre os 69 participantes da Copa do Brasil de 2000, o Cruzeiro levou a melhor e garantiu seu terceiro título da competição. Em uma campanha invicta – com oito vitórias e cinco empates –, a Raposa conquistou a taça após uma final histórica contra o São Paulo, diante de quase 90 mil pessoas no Mineirão. Além disso, o time mineiro teve Oséas como o artilheiro da competição, com dez gols marcados.
Para se classificar à grande final, o Cruzeiro venceu o Santos por 2 a 0, no Mineirão, e empatou em 2 a 2 na Vila Belmiro. O tricampeonato celeste assim como o bi em 96 foi conquistado com bastante raça além claro com o apoio magestral da torcida cruzeirense.
No jogo de ida em São Paulo, o time azul segurou o empate sem gols e com isso levando a grande decisão para dentro da sua própria casa o estádio Mineirão em Belo Horizonte.
Em um jogo muito disputado, os gols só saíram no segundo tempo no Mineirão. Marcelinho Paraíba colocou o São Paulo na frente com belo gol de falta. Precisando então de dois tentos para ficar com o título, a Raposa partiu para o ataque no melhor estilo “tudo ou nada”. Quando o jogo ia se aproximando dos minutos finais e o título inédito estava muito perto do São Paulo, Müller, o veterano que tinha entrado no jogo justo quando o Tricolor havia feito seu gol, mostrou sua tarimba para decisões. No meio de campo, ele puxou um ataque rápido, se mandou para a área, recebeu, tabelou com Fábio Júnior, esperou a marcação chegar e deixou para o mesmo Fábio Júnior empatar e incendiar novamente o Mineirão: 1 a 1. Aos 45, a virada histórica! Após muita confusão pelo posicionamento da barreira em cobrança de falta do Cruzeiro, Geovanni ouviu um pedido de Müller para “chutar forte”. O meia então correu, bateu forte, viu a barreira abrir e a bola parar no fundo do gol de Rogério Ceni: estava decretada a vitória azulina por 2 a 1 e o tricampeonato da Raposa na Copa do Brasil.
Em um ano mágico, o tetra campeonato fez parte da tríplice coroa em 2003 uma final mágica sobre o Flamengo
Texto de 2003 Luiz Furbino: https://esportesmais.com.br/2003-cruzeiro-conquista-a-triplice-coroa-em-um-ano-magico/
Já em meados de fevereiro de 2003 teve o início da Copa do Brasil, competição que o Cruzeiro tinha três conquistas: 1993, 1996 e 2000. Assim o time Celeste, e seu comandante “pofessô” Vanderlei Luxemburgo assim chamado carinhosamente pelos seus comandados iam em busca do tetracampeonato.
O primeiro compromisso foi contra o Rio Branco-ES no dia 19 de fevereiro e a Raposa venceu por 4 a 2 eliminando o segundo jogo, já que na regra dizia que na primeira fase uma vitória por dois ou mais gols do time visitante, não jogariam a segunda partida de volta.
Na próxima fase a Raposa enfrentou o Corinthians-RN, que não deu mole para a equipe Celeste e conseguiu um empate de 2 a 2 em seu Estádio Senador Dinarte Mariz. Mas no jogo de volta no Mineirão, o Cruzeiro não tomou conhecimento e não quis brincadeira e aplicou uma sonora goleada por 7 a 0 classificando-se às oitavas de final.
Seu adversário agora era o Vila Nova-GO e em sorteio o primeiro jogo foi no Estádio Magalhães Pinto “Mineirão”. O Cruzeiro conseguiu um resultado relativamente bom, pois venceu e equipe Goiana por 2 a 0 e no jogo de volta no Estádio Serra Dourada venceu novamente os donos da casa por 2 a 1 e chegava às quartas de final da Copa do Brasil.
Primeiro grande desafio do Cruzeiro na competição: Vasco da Gama. O time Cruz de Malta era o responsável a frear o embalado time Celeste e o primeiro confronto foi no Mineirão e o resultado foi 2 a 1 pra Raposa. No Estádio São Januário lotado a Raposa jogava pelo empate, mas fez um primeiro tempo excelente, com várias tentativas de gols sendo salva pelo goleiro Fábio, ele mesmo que no ano seguinte viria para o Cruzeiro e tornaria ídolo do clube e até hoje é o titular e jogador que mais vezes vestiu a camisa do time Celeste.
Mas Alex conseguiu furar o bloqueio do jovem goleiro Fábio e levou a vantagem fazendo 1 a 0 para o Cruzeiro no primeiro tempo. Já no segundo tempo e com a expulsão do volante Augusto Recife o Cruzeiro se trancou e o Vasco da Gama pressionou até fazer o gol de empate com Souza e assim precisava de mais um gol para levar a disputa para pênaltis, mas ficou no 1 a 1 mesmo e a Raposa chegava às semi finais.
Agora o adversário era outro time Goiano, o Goiás que teve o primeiro confronto no Estádio Serra Dourada. O Cruzeiro venceu por 3 a 2 e levou para Belo Horizonte uma certa vantagem. No jogo de volta a equipe Celeste venceu por 2 a 1 e postulou como o favorito ao tetracampeonato da Copa do Brasil.
Porém do outro lado tinha nada mais, nada menos que o Flamengo, time de maior torcida do Brasil e postulava como candidato a parar a “máquina azul”. O primeiro jogo aconteceu no Rio de Janeiro no Estádio Maracanã e Alex fez um gol antológico, depois de um cruzamento finalizou de letra fazendo 1 a 0 para o Cruzeiro e Fernando Baiano empatou nos minutos finais para o Flamengo, mas a Raposa levava pra casa a vantagem do empate por 0 a 0.
No jogo de volta com um Mineirão com quase 80 mil torcedores o Cruzeiro foi massacrante contra o Flamengo, logo no inicio do jogo, David de cabeça fez 1 a 0, pouco depois aos 16 minutos em cobrança de falta, Alex botou a bola na cabeça de Aristizábal que fez 2 a 0. Resultado que deixava o Cruzeiro mais tranquilo em campo, mas ainda no primeiro tempo aos 28 minutos em novo cruzamento que era mais um passe, Alex achou a cabeça do zagueiro Luisão que fez 3 a 0.
No segundo tempo o Cruzeiro administrou o jogo, Fernando Baiano novamente descontou aos 18 minutos dando números finais ao placar: 3 a 1. Com este resultado a Raposa conquistava o tetracampeonato da Copa do Brasil e mostrava que seria também o grande campeão brasileiro meses depois.
Dezessete (17) anos depois e o bi consecutivo do Cruzeiro, conquista do penta em sobre o Flamengo 2017 e o hexa em 2018 diante do Corinthians
O hexa sobre o Flamengo nos pênaltes: Foi na raça, na vontade e com sofrimento. Em duelo bastante truncado no Mineirão, a primeira decisão foi o Rio com Maracanã lotado, e sobre uma enorme pressão do Flamengo, o Cruzeiro arranca um empate n0 finalzinho com um gol de Arrascaeta e a decisão ficou para o minerão após o empate por 1 à 1.
No jogo da volta em um jogo de várias chances para ambos os lados, a partida terminou empatada em 0 à 0, e pela primera vez o Cruzeiro iria decidir um título de Copa do Brasil nos pênaltes.
Pelo lado do Flamengo três cobranças convertidas, mas o craque do time, Diego, parou nas mãos do goleiro Fábio. Já a Raposa fez todos os tentos com a estrela principal, Thiago Neves, marcando o tento que valeu o título. O time estrelado alcança sua quinta conquista de Copa do Brasil a segunda em cima do Flamengo.
Um ano depois, e enfim o posto de maior campeão, o hexa sobre o Corinthians em um jogo emocionante.
Pela sexta vez, a estrela do Cruzeiro brilhou mais alto na Copa do Brasil. A Raposa repetiu a dose e soltou o grito de “É campeão”, assim como foi em 1993, 96, 2000, 2003 e 2017. Com gols de Robinho e Arrascaeta, o time mineiro venceu o Timão por 2 a 1, na Arena Corinthians, e faturou a taça. O título coroou a campanha cruzeirense da Copa do Brasil 2018. Ao todo, foram oito jogos disputados com cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota.