Juiz indefere liminar do MP e Eurico segue presidente do Vasco

Após o pedido de afastamento do Ministério Público-RJ, juiz indeferiu a liminar e Eurico Miranda segue no comando do Vasco da Gama

Na tarde desta quinta-feira (14/09), o juiz Guilherme Schilling Polo Duarte indeferiu a liminar pedida pelo Ministério Público (Clique aqui), que havia requisitado a destituição do Eurico Miranda e toda diretoria do clube, sob denúncia de acobertar a torcida organizada Força Jovem Vasco.

Em sua decisão, o juiz aformou é preciso ouvir o Vasco antes de tomar qualquer decisão preliminar sobre o caso, intimando  o clube a se manifestar no prazo de dez dias para que a causa seja devidamente apreciada.

“Não obstante às razões invocadas pelo autor, percebe-se, de plano, que o caso vertente não é de exame da medida liminar como tutela de urgência inaudita altera parte. Com efeito, tratando-se de decisão que carrega em seu bojo maior grau de afetação dentro dos quadros associativos da agremiação ré, em respeito aos predicados constitucionais do contraditório e da ampla defesa, in casu, mostra-se necessária a justificação prévia do clube réu antes da formação do juízo de convicção quanto ao pedido liminar. (…) No caso sob exame, somente com a prévia oitiva da parte contrária será possível proferir decisão de caráter liminar” – diz parte da decisão. 

A diretoria do Vasco classificou como “inacreditável” a denúncia. Segundo o documento, a atuação do Ministério Público está baseada em “busca pelo holofote, questões pessoais e sede de poder”. Confira abaixo na integra a nota oficial do Clube.

INACREDITÁVEL!!!!!

É com perplexidade que tomamos conhecimento de tamanho absurdo. Não é novidade que um membro do Ministério Público tem se aventurado em ações absolutamente precipitadas e desarrazoadas no que tange os episódios de violência nos estádios cariocas, especialmente em relação ao Club de Regatas Vasco da Gama, contra o qual se chegou a deduzir pedido de interdição do Estádio pela via inadequada e com base em suposto descumprimento de obrigações de terceiros, que inusitadamente não foram alvos de pretensões similares. 

Agora, seguindo a batida, e evidentemente temperada com questões pessoais e/ou políticas, se aventura, às vésperas do lançamento da candidatura do atual mandatário à reeleição, vir a juízo requerer, com base em mera ilação do parquet, a destituição de toda a diretoria do Clube, porquanto, segundo vocês afirmam, fotografias “comprovariam” que o VASCO apoia a Força Jovem e, por conseguinte, estimularia a violência nos estádios. Inacreditavelmente assiste-se a mais um exemplo de uso da máquina estatal como instrumento político! 

Em meio a tantas evidências que levam à essa insofismável conclusão, vemos mais uma jogada ensaiada entre o(s) condutor(es) da manobra e os canais que se desesperam com a retomada do bom desempenho do futebol, afinal uma ação distribuída e que ainda se encontra em autuação produziu uma matéria em tempo recorde, a ser reverberada nas primeiras horas do dia do lançamento da candidatura do atual mandatário à reeleição. Nada mais peculiar! 

Ora, se de um lado não há dúvidas do caráter político/pessoal da manobra encetada, há também de outro, a certeza que o Judiciário não servirá a tais propósitos, até porque, segundo determina o art. 37 do Estatuto do Torcedor, no qual se prevê a destituição de dirigentes, para que haja uma decisão neste sentido necessário se faz a observância do devido processo legal, o que, obrigatoriamente, ensejerá a prévia intimação do Clube para apresentação de defesa. 

Busca pelo holofote, questões pessoais e sede de poder! Essa é a combinação que assustadoramente parece ter dado ensejo ao instrumento político em questão. 

O Vasco, quando efetivamente intimado para manifestar-se, demonstrará o absurdo por de trás da manobra!

Diretoria

Club de Regatas Vasco da Gama

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Joseclei Nunes

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