Zico: Relembre a história gloriosa de um dos maiores camisa dez

 Zico: Relembre a história gloriosa de um dos maiores camisa dez

Nesta quinta-feira, 03 de março, o Galinho de Quintino, maior camisa 10 e ídolo da Nação rubro-negra carioca, Zico, completa 63 anos de idade

No dia 03 de março de 1953, nascia na cidade do Rio de Janeiro um menino que se tornaria um dos maiores nomes do futebol de todos os tempos, Arthur Antunes Coimbra, ou simplesmente, Zico.

Craque da década de 80, um dos maiores camisas 10 que já atuaram no Brasil e no mundo, o Galinho de Quintino, fez uma caminhada gloriosa como jogador pelo Flamengo, onde é o maior jogador da história do clube, atuou também pela Udinese da Itália e pelo Sumitomo Metals/Kashima Antlers clube do Japão, onde encantou com seu talento e revolucionou o esporte no país. Atuou como treinador em algumas seleções e clubes, obtendo um bom destaque com o Japão.

Também reconhecido como o maior atleta pós Pelé, Zico integra o exclusivo Hall da fama da FIFA, sendo um dos quatro brasileiros que fazem parte deste seleto clube de importantes atletas para o futebol, os outros brasileiros são, Pelé, Didi e Garrincha.

Flamengo

Em sua partida de estreia como jogador profissional do clube da Gávea, Zico deu o passe para o gol da vitória do Flamengo sobre o rival Vasco da Gama, era naquele ano de 1971 que iniciava-se o romance de Zico com o Mais Querido do Brasil.

No período de 1971-1983, durante sua primeira fase no rubro-negro carioca, Zico conquistou três Campeonatos Brasileiros e cinco Cariocas, além da tão almeja Libertadores da América e do Mundial Interclubes em 1981, ali se estabelecia no Flamengo a “Era Zico”.
Após esse período vitorioso na Gávea, Zico se transferiu para a Udinese da Itália, onde jogou por duas temporadas, retornando ao Rio de Janeiro em 1985.


Em sua segunda passagem pelo Flamengo, de 1985-1989, o Galinho ainda conquistou um carioca e um Brasileiro pelo clube vermelho e preto. Após essas conquistou, no ano de 1989 o eterno camisa 10 rubro-negro, encerra seu ciclo de alto rendimento no futebol e transfere-se ao Japão, onde seria um ídolo Nacional.
Seus maiores feitos pelo Flamengo, foram no ano de 1981, onde o Galinho conquistou a Copa Libertadores em cima da equipe do Cobreloa e o Mundial Interclubes, conquistado sobre a equipe do Liverpool que era considerado pela imprensa da época “o time europeu da década”.
Em 731 jogos pelo Flamengo, Zico marcou 508 gols, sendo até hoje o maior artilheiro do clube, além de ser o segundo maior atleta a ter vestido o manto rubro-negro, sendo ultrapassado apenas pelo maestro Junior. Em 1989, encerrou-se o ciclo do jogador com o clube carioca, porém, Zico é até hoje o maior camisa 10 e maior ídolo da torcida rubro-negra. O verdadeiro Rei da Gávea.

Seleção Brasileira

Zico defendeu a amarelinha, durante dez anos, participou de três Copas do Mundo, mas não teve o prazer de sagrar-se campeão mundial pela seleção Brasileira.


Mesmo não conquistando a taça almejada por todas as seleções, o “Pelé branco”, assim como foi carinhosamente chamado, é um dos maiores artilheiros da seleção canarinho, marcando 66 gols em 89 das partidas disputadas.

Udinese

Zico chegou à Itália com status de “rei”, e em sua primeira temporada pela modesta equipe de Friuli, o Galinho levou uma equipe tecnicamente fraca à nona colocação do Campeonato Italiano, sendo também o vice-artilheiro do torneio, ficando atrás apenas de Michel Platini, atleta da campeã Juventus.


Já em sua segunda temporada, Zico lutou juntamente com seus companheiros pelo não rebaixamento do clube na competição nacional, insatisfeito com o clube e a justiça local, o brasileiro quis retornar ao Brasil e a sua casa, o Flamengo.
Duas temporadas foram o suficiente para Zico conquistar a torcida dos friulanos, que se orgulhavam de ter um dos maiores atletas da época e craque da seleção Brasileira em seu clube.

Japão

Após deixar o Flamengo e o futebol de alto nível em 1898, o rei da gávea, se transferiu em 1991 ao futebol Japonês, onde atuou pelo Sumitomo Metals e pelo clube originado deste, o Kashima Antlers.


A passagem de Zico pelo Japão é tida como o maior fator pelo qual o futebol se profissionalizou e popularizou no país Asiático. Foi o talento incontestável de Zico, que encantou aos Japoneses e fez nascer ali uma paixão pelo futebol.

Treinador

Após sua total aposentadoria dos gramados em 1994, Zico atuou como auxiliar de Zagallo na Copa do Mundo de 1998, após sua saída do banco canarinho, já como diretor técnico do Kashima Antlers, após maus resultados de Zé Mário, técnico do clube na época, o Galinho assumiu o comando da equipe japonesa, e sob o seu comando  a equipe obteve melhores resultados.
Ídolo no país asiático, em 2002, Zico assumiu o comando da seleção japonesa, após fracassar na Copa das Confederações no ano de 2003, o ídolo nipônico levou o Japão ao título da Copa da Ásia no ano seguinte. Apesar de não ter alcançado grandes resultados, Zico levou aos japoneses um estilo de jogo diferente, estimulando os atletas à improvisação e ao futebol bonito e envolvente, tão demonstrado pelos brasileiros.
Após treinar a seleção do Japão, o Galinho ainda treinou o Fenerbahçe da Turquia, o Bunyodkor do Uzbequistão, o CSKA Moscou, o Olympiakos da Grécia, o Al-Gharafa do Catar e o Football Club Goa clube da Índia, em ambas as equipes, Zico popularizou o futebol em países onde o esporte tão tem tanta força.


O “Pelé branco”, também chegou a treinar mais uma seleção, a Iraquiana, com o objetivo de alcançar a classificar para a Copa do Mundo na África em 2010. Por problemas de contrato, o Galinho ficou menos de um ano na seleção do Iraque.

Milenna Paulino

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