Um clássico, muita história, cinco cores, o Fla-Flu!

Duelo mais charmoso do Brasil, Flamengo e Fluminense construíram um clássico cheio de tradição e grandes encontros

Rivais centenários, Flamengo e Fluminense protagonizam um dos clássicos mais históricos do futebol carioca e nacional. O primeiro duelo entre rubro-negros e tricolores ocorreu em julho de 1912, no Rio de Janeiro. Porém, antes do clássico ganhar tamanha expressão, longe do Rio de Janeiro, em Pernambuco nascia os imortalizadores dessa rivalidade, em duas etapas, assim como no futebol.

No primeiro tempo, em 1908, nascia Mário Filho, que se tornaria rubro-negro e tempos depois daria nome ao reduto sagrado do futebol, o Maracanã. Nos outros 45min, em 1912 nasceu seu irmão, Nelson Rodrigues, tricolor apaixonado. Juntos, os irmãos se tornaram símbolo da rivalidade entre os clubes.

O clássico já nasceu histórico, Flamengo e Fluminense estão ligados desde o princípio, quando atletas saíram das Laranjeiras para fundar o rubro-negro carioca.

“A rivalidade existe porque nas veias rubro-negras corre sangue tricolor”, como bem citou Mário Filho ao fazer referência à fundação do Clube de Regatas.

Mário foi o responsável pela criação do termo Fla-Flu, em 1933, hoje popular entre os amantes do esporte, Nelson firmou a rivalidade em suas crônicas e frases marcantes sobre o clássico.

“O Fla-Flu não tem começo. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada. E aí então as multidões despertaram”, Nelson Rodrigues.

O Fla-Flu é o duelo das cinco cores, em campo e nas arquibancadas, os maiores campeões cariocas provocam a emoção do clássico mais charmoso do Brasil. O duelo proporcionou o encontro entre dois dos maiores camisas 10 do futebol mundial, Zico e Rivelino na década de 70.

Entre os mais populares e os nobres, o Fla-Flu é matrimônio imaterial da cidade do Rio de Janeiro, único clássico do futebol que mereceu tal honra. E por falar em cultura, ilustres são os adeptos do Fla-Flu, o tricolor Chico Buarque e o rubro-negro Oscar Niemeyer são ícones brasileiros que pulsam no duelo carioca.

O embate marca mais de um século, com partidas que nunca decepcionam, grandes e expressivos placares, como a goleada do Flu por 4 a 1 em 2008 com Thiago Neves dançando no Maracanã, e a virada rubro-negra que terminou em 5 a 3 em 2010, em noite marcante de Adriano Imperador.

Sempre arrastando multidões e tendo até hoje a maior marca mundial de público entre clubes no futebol, 194.603 espectadores na final do Carioca de 1963. O mais charmoso do Brasil soma partidas históricas, festas rubro-negras e tricolores emblemáticas e goleadas implacáveis, mas com uma franca vantagem rubro-regra.

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Milenna Paulino

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