Sesc-RJ bate Minas e está na final da Superliga

Com uma vitória por 3×1, o Sesc-RJ está na final da Superliga Feminina pela décima quarta vez consecutiva

(Foto: Divulgação / Marcos de Paula / Sesc RJ)

O Sesc-RJ venceu o Camponesa/Minas por 3×1 na Jeunesse Arena e está na final da Superliga Feminina. A equipe carioca, que tem doze títulos na competição, chega a sua décima quarta final seguida.

Na série, o Sesc-RJ venceu por 3×0. No primeiro jogo foi 3×2, no segundo jogo foi 3×0 e neste terceiro, o time do Rio fechou a série.

Primeiro set

Foi o set mais fácil para as cariocas. Após abrir vantagem logo no início, o Sesc-RJ contou com ótimos saques de Drussyla e bloqueios de Juciely e Drussyla para vencer este set.

A oposta Hooker foi muito mal. A recepção do Minas estava totalmente desequilibrada. Com isso, a equipe de Bernardinho aproveitou e fechou 25×11 no primeiro set.

Segundo set

Foi o set dos apagões e de surpresas. O Sesc-RJ chegou a abrir 8×2 no início do set. Aí entrou a grande sacada do técnico do Minas, Stefano Lavarini.

Com Hooker mal e Rosamaria sobrecarregada nas recepções, o treinador começou o segundo set com Newcombe no lugar de Hooker, porém, ele tirou a Rosamaria da posição de ponteira para jogar de oposta e a Sonja entrou como ponteira para ajudar na recepção.

Com uma grande melhora ainda na metade do set, o Camponesa/Minas foi encostando cada vez mais no placar após o apagão na recepção carioca.

Em uma bela passagem de Pri Daroit pelo saque e com Rosamaria crescendo cada vez mais no jogo, o Camponesa/Minas conseguiu a virada no 13×12.

Deste ponto em diante, as equipes trocavam bolas e o jogo ficou apertado. Quando o placar marcava 21×20 para o Sesc-RJ, Lavarini parou o jogo. Depois do tempo, o time mineiro marcou cinco pontos seguidos e venceu no segundo set por 25×21.

O destaque foi para Rosamaria. Jogando como oposta, ela marcou 9 pontos neste set.

Terceiro set

Monique cresceu no jogo. A oposta da equipe carioca, que assumiu de vez o lugar da Penha, fez 6 pontos e teve uma boa passagem no saque.

O Minas embalado pela vitória do segundo set começou melhor, porém, a sua vantagem durou pouco. Depois do 6×6, o Sesc-RJ chegou a abrir sete pontos de frente, na parcial 17×10.

Com Juciely e Mayhara muito bem no meio de rede, ficou mais fácil para a levantadora Roberta distribuir as jogadas. Final de set e o time do Rio venceu por 25×17.

Quarto set

Com um início arrasador na passagem de Monique no saque, o Sesc-RJ logo de cara abriu 8×0 e matou as chances e o ânimo mineiro.

Juciely estava impossível e, a jogadora que não teve nenhum erro na partida, decidiu para o Sesc-RJ. Após a entrada de Carol Gattaz quando o Minas perdia por 15×5, o Camponesa esboçou uma reação, até mesmo com Hooker que fez um bom quarto set.

Mas nada disso foi o suficiente para tirar a larga vantagem carioca. O Sesc-RJ fechou o set por 25×18 e ganhou o jogo.

Análise: A experiente Juciely apareceu e Monique tomou conta da posição

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(Foto: Divulgação / Sesc-RJ)

A central Juciely do Sesc-RJ levou o troféu Viva Vôlei nesta partida. Com 18 pontos, bons saques, grandes bloqueios e virando todas no ataque, a central não teve nenhum erro na partida.

Nos momentos em que o time do Sesc perdia a concentração, era bola na Juciely e ela recolocava as meninas na partida.

A oposta Monique fez mais uma ótima partida. Com 20 pontos, ela foi a maior pontuadora do jogo de hoje.

Fabi, a líbero do Sesc, fez uma atuação de gala. Foram muitas defesas, bons levantamentos também e até mesmo passando uma bola para a quadra adversária que terminou em ponto.

O Camponesa/Minas não teve a paciência para virar as bolas e, por arriscar muito na partida do tudo ou nada, acabou com o nada. Hooker começou muito mal, só foi acertar no último set.

Outro ponto negativo foi a recepção. Raramente a Macris trabalhou com a bola nas mãos.

Abre aspas

(Foto: Orlando Bento / Minas Tênis Clube)

(Foto: Reprodução / Orlando Bento)

Juciely falou sobre a rivalidade travada neste ano com o Minas e afirmou que estava engasgado para o elenco.

“A gente teve um jogo adverso aqui (no Rio), 3×0 para elas. Perdemos o sulamericano uma semana após por 3×2. Isso fica engasgado. A gente queria muito uma vaga no Mundial outra vez. Já que não conseguimos, viemos com tudo para conquistar essa vaga na Superliga” – Disse a central.

Emocionada ao final da partida, Fabi falou em lágrimas.

“É uma emoção, porque chegar a uma decisão não é fácil. O time foi muito bem. O Minas foi valente. Estou muito orgulhosa pela forma em que o time jogou essa série. Perdemos o sulamericano lá para elas, mas é mais mesmo por causa da emoção” – Declarou a líbero.

A oposta Monique, com 4 aces, foi uma das principais sacadoras da partida e revelou a tática utilizada pelo time carioca.

“Estávamos com o objetivo de sacar bem, poque a Macris joga com bola rápida. A corda estava no pescoço delas. Estávamos com a vantagem de dois jogos a zero” – Explicou a oposta.

Do outro lado, a capitã Carol Gattaz ficou muito decepcionada por não poder ajudar a equipe nesta fase semifinal.

“Essa emoção é que infelizmente a gente terminou uma série em que a gente poderia ter jogado melhor. O meu choro é por não poder ter ajudado a equipe na fase mais importante do campeonato. Independente de não fazer uma boa semifinal, mas foi uma ótima temporada” – Lamentou a central.

Rosamaria falou sobre a provocação da torcida carioca, que inclusive levou faixas com os dizeres ”Saca na Rosa”.

“Eu acho que é bom eles saberem o meu nome, porque se não soubessem, era sinal de que eu não fazia a diferença. Hoje isso me colocou no jogo. Eu fiquei feliz com a minha atuação” – Falou Rosa.

Agora o Sesc-RJ espera o vencedor do confronto entre Dentil/Praia Clube e Vôlei Nestlé Osasco para saber quem será o seu adversário na decisão. Até aqui, a série está 2×1 em jogos para o Praia Clube.

 

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Joao Pedro

Estudante de Jornalismo na Instituição IBMR Barra, Rio de Janeiro.

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