Especial: a seleção do Independiente de todos os tempos
Analisamos os principais jogadores da gloriosa história do Rojo de Avellaneda e armamos uma seleção com os melhores de cada posição
Imagine se em um único time jogassem os melhores da história do Rey de Copas? É muito difícil escolher quem são os 11 melhores para um clube tão gigante como o Independiente, um verdadeiro celeiro de craques do futebol argentino, com grande importância para a Seleção Argentina.
Goleiro – Miguel “Pepe” Santoro (1960-73)
Nascido em Sarandí, região metropolitana de Buenos Aires, “Pepe” Santoro, foi goleiro do Independiente nos anos de 1960 até 1973, e em 1974 se transferiu ao Hércules, da Espanha. Sua estreia pela Primera División Argentina, foi no ano de 1962 numa partida contra o Argentino Juniors. Logo no seu primeiro ano como goleiro titular em 1963, se sagrou campeão argentino.
Sua carreira foi muito vitoriosa quando falamos de títulos internacionais. Foi campeão da Libertadores de 1964, de 1965, na qual foi figura importantíssima na semi-final, ao defender um pênalti contra o Boca Juniors, e 1972 e 1973. Em 1972 ganhou a Copa Interamericana e em 73 a primeira Copa Intercontinental do Independiente, junto com aquele time de ouro do clube, eleito pela revista Four Four Two, a melhor equipe argentina da história. O goleiro foi um dos destaques das campanhas que levaram o Independiente a ser reconhecido como o Rey de Copas, e por isso figura na nossa seleção.
Lateral Direito – Néstor Clausen(1980-88 e 1995-96)
Lateral Direito da Seleção Argentina na Copa do Mundo de 1986, na qual a Argentina se sagrou campeã, Néstor Clausen também foi um personagem importantíssimo e indispensável de nossa seleção. Nascido em Arrufó, chegou no Rojo no ano de 1979, e fez sua estreia no ano seguinte, com uma vitória por 1-0 sobre o Tigre.
Vale-se destacar os títulos pelo Independiente do Campeonato Metropolitano de 1983, Primera División de 1988/89, a Copa Libertadores de 1984 e o Intercontinental do mesmo ano. Um dos títulos mais conhecidos do Independiente pelos torcedores brasileiros é a Supercopa da Libertadores quando a torcida Roja “copou” o Maracanã, e Clausen estava lá.
Hoje Néstor é treinador, e sua carreira como DT, começou no Rey de Copas.
Zagueiro – Enzo Trossero(1975-79 e 1982-85)
No ano de 1975, ainda jovem, Enzo chegou à Avellaneda. O zagueiro vinha como destaque no Colón de Santa Fe. Enzo era um defensor que também gostava de atacar, e por isso marcou um total de 89 gols em 534 partidas, chegando à seleção nacional.
Na sua primeira passagem pelo Independiente, de 1975 até 1979, o jogador conquistou os torneios nacionais de 1977 e 1978. E a Copa Interamericana em 1976. No ano de 1979, se transferiu ao Nantes da França.
A sua segunda passagem pelo Rojo foi a mais vitoriosa, ganhando o Metropolitano de 1983. E a última Libertadores do Rey de Copas em 1984, e o Intercontinental no mesmo ano. Em 1986 decidiu se aposentar.
Zagueiro – Hugo Villaverde(1977-89)
Companheiro de zaga de Trossero, formavam juntos a melhor dupla de zaga da Argentina. Chegou no Independiente no ano de 1976 e fez sua estreia como profissional em 1977. Seu principal destaque era a grande capacidade de tomada de bola.
Villaverde no Rojo foi quatro vezes campeão argentino (1977-78-83 e 88/89). Também ganhou a Copa Interamericana de 1976, a Copa Libertadores 1984 e a Copa Intercontinental 1984, frente ao Liverpool.
Lateral Esquerdo – Ricardo “Chivo” Pavoni (1965-76)
Um dos maiores ganhadores da Copa Libertadores como jogador, ao total cinco, o uruguaio Ricardo Pavoni, é o lateral esquerdo da nossa seleção. “El Chivo” chegou no Independiente ainda jovem, com 21 anos, no ano de 1965, vindo do Defensor do Uruguai.
Assim como Pepe Santoro, Pavoni também estava naquela equipe de ouro do Rojo, e se sagrou campeão da Copa Libertadores nos anos de 1965, 72,73,74 e 75. Além de um Intercontinental(1973), e duas Copas Interamericanas( 1973 e 74). Os títulos nacionais foram os Metropolitanos de 1970 e 71, além do Nacional de 1967. “Chivo” foi o autor do gol do título da Copa Libertadores de 74, sobre o São Paulo.
Ricardo ainda foi destaque da seleção uruguaia, pela qual jogou a Copa do Mundo de 1974.
Volante – Jorge Burruchaga(1982-85 e 1995-98)
Burruchaga era um tradicional volante, um dos protagonistas da equipe campeã da Libertadores de 1984, junto com Bochini. Suas grandes atuações na equipe de ouro do Independiente o levaram à seleção, onde ganhou a Copa do Mundo de 1986. E na sua segunda passagem pelo Rey de Copas foi personagem importante da Supercopa da Libertadores de 1995.
Os seus títulos pelo Independiente foram: Metropolitano(1983); Copa Libertadores e Intercontinental em 1984; E Supercopa da Libertadores de 1995.
Vale ressaltar que Burruchaga foi o artilheiro da Copa America de 1983 pela Seleção Argentina.
Volante – Claudio Marangoni (1982-88)
Maranga, como é popularmente conhecido foi um dos grandes meio-campistas do futebol argentino. Junto com Ricardo Bochini e Ricardo Giusti, formaram um dos melhores meio de campo que a Argentina já viu. O camisa 5 era um excelente marcador e sabia sair muito bem com a bola.
Com o Rey de Copas Marangoni ganhou a Copa Libertadores e o Intercontinental de 1984. Em 1983 levou o Metropolitano.
Meia – Ricardo Bochini(1972-91)
Maior ídolo de toda história do Independiente, Ricardo Bochini é incomparável, Maradona disse que se inspirava em “el Bocha”, e que ele é seu ídolo. O melhor enganche do futebol argentino, foi o líder da era de ouro do clube. Há uma rua em Avellaneda com seu nome. Até hoje se usa no futebol argentino a expressão: “passes bochinescos”, para os passes que deixam os atacantes cara a cara com o goleiro.
O único time pelo qual Bochini jogou profissionalmente foi o Rojo de Avellaneda e lá conquistou cinco Copas Libertadores(1972; 73; 74; 75 e 84). “Bocha” esteve nas conquistas dos dois mundiais(intercontinentais) do clube em 1973 e 84. Ganhou também quatro nacionais(1977; 78; 83 e 89). Além de duas Interamericanas em 1973 e 76.
O Maestro também esteve presente na conquista da Copa do Mundo de 1986 pela Argentina.
Meia – Ernesto Grillo (1949-57)
Nascido na Capital Federal, Grillo começou sua carreira no River, mas sua estreia pela Primera División foi pelo Independiente quando tinha 20 anos. Jogou 192 partidas pelo Rojo e marcou um total de 90 gols.
Grillo foi um dos destaques da Seleção Argentina na conquista da Copa América de 1955.
Atacante – Sergio Agüero(2003-06)
A estrela mais recente do Independiente, o “Kun” Agüero tem a honra de ser a dupla de ataque de Erico na nossa seleção. Ele estreou profissionalmente aos incríveis 15 anos de idade, contra o San Lorenzo. Uma partida memorável do atacante foi a vitória sobre o Racing por 4-0, na qual ele driblou toda a defesa da Acade e fechou o placar no clássico.
Como grande destaque da equipe Agüero foi vendido ao Atlético de Madrid em 2006 por 20 milhões de Euros, por 90% de seu passe. O dinheiro de sua transferência foi usado como grande ajuda para a construção do Estadio Libertadores de America. A trajetória do Kun pelo Rey de Copas ainda não acabou, ele promete voltar ao clube ao término de seu contrato com o Manchester City.
Atacante – Arsenio Erico(1934-42 e 1943-46)
Considerado pela FIFA como o melhor jogador paraguaio da história, Erico foi jogar na Argentina devido a Guerra do Chaco entre Paraguai e Bolívia, e logo foi levado ao Independiente trazido de uma seleção na Cruz Vermelha. Sua estreia foi contra o Boca Juniors com 19 anos.
Erico é o maior artilheiro da história do Independiente e da Primera División Argentina com 295 gols. E tem uma média de 0,91 gols por partida. Arsenio ganhou a Primera División de 1938 e 39 e as Copas Aldao dos mesmos anos.