Los Angeles Rams anuncia a demissão de Jeff Fisher
Rams anuncia a demissão de Jeff Fisher após derrota humilhante para os Falcons em casa
A diretoria do Los Angeles Rams anunciou, na tarde desta segunda-feira (dia 12), que Jeff Fisher não será mais o treinador do time para o restante da temporada. A notícia veio apenas um dia depois da equipe californiana ser humilhada pelos Falcons, em casa, por 42 a 14.
O anuncio em si não soou como uma surpresa porque o trabalho de Jeff Fisher na frente da franquia foi, no máximo, medíocre, com um recorde de 4-9 em 2016 e 31-45-1 desde 2012 quando sumiu o cargo. O mais surpreendente é a notícia sair uma semana depois da própria diretoria do Los Angeles Rams ter revelado que havia estendido o contra de Fisher por mais duas temporadas. Juridicamente não haverá problemas, pois o contrato foi assinado no último verão (norte-americano, ou seja, na última offseason), o peculiar é demiti-lo após anunciar a extensão, claramente um voto de confiança.
De qualquer jeito, o trabalho de Fisher na frente de St. Louis/Los Angeles foi pífio. Contratado em 2012 com a missão de reerguer a franquia com Sam Bradford como o pilar, o treinador nunca conseguiu montar um time plenamente competitivo.
Muito se deu pelo fato de Bradford ser um injury prone, nunca conseguindo repetir as atuações nos tempos de Universidade de Oklahoma e do seu primeiro ano na liga. Assim, os Rams eram medíocres, tanto que havia uma piada que dizia que o time era “7-9”.
Com o passar dos anos, fracasso atrás de fracasso, questionou-se o motivo de Jeff Fisher se manter tanto tempo no cargo, mesmo com um recorde sem brilho. Durante os anos, vimos profissionais perdendo seus trabalhos por bem menos, o que seria diferente no caso de Fisher? Seu último jogo em pós-temporada foi em 2008 e a última em 2003.
O treinador fez seu nome quando dirigiu o Houston Oilers/Tennessee Titans entre 1995 e 2010. Com certos êxitos na frente da franquia, Fisher levou o time ao Super Bowl em 1999, quando o time perdeu, no final, para o próprio St. Louis Rams de Kurt Warner e cia. Mesmo nos seus tempos áureos, sempre questionou-se suas qualidades, já que as campanhas de sucesso eram resultados de atuações sensacionais de jogadores como Steve McNair, Eddie Georde e, posteriormente, Chris Johnson. Saiu do comando de Tennessee em 2010, quando a relação dele com Vince Young, um quarterback de muito potencial que nunca teve sua chance devida, pois Fisher não o via como o cara ideal no draft de 2006, se desgastou demais.
As maiores críticas a Jeff Fisher se davam à maneira de como ele geria o ataque. Não estamos falando de não ter montado uma linha decente que protegesse (no mínimo) Bradford, estamos falando sobre Jared Goff. O Los Angeles Rams penhorou seu futuro para ter o quaterback da Universidade da California e caberia a Fisher prepara-lo para o futuro.
Diferente de outros quarterbacks de sua classe, Goff não assumiu o posto logo de cara, com a desculpa de não estar preparado. Muito difícil de acreditar porque, na visão de Fisher, Case Keenum teria maiores chances de levar o time às vitórias. Não ajudou o fato desses quaterbacks da classe de 2016 (Wentz e Prescott) terem começos promissores e, o principal, o ataque de Los Angeles ser lamentável.
A situação começou a ficar crítica quando se tornou pública a briga entre o treinador e Eric Dickerson, ex-RB dos Rams e H.O.F. Dickerson, quem tem um programa de rádio em L.A. e um dos maiores críticos do trabalho de Fisher, teria sido proibido pelo próprio Fisher de ir e assistir às partidas do time por “tirar a concentração dos atletas”. Nem é preciso dizer que a torcida, já farta desses resultados medíocres, ficou no lado de Dickerson.
Péssimas atuações contra Miami, New Orleans, New England e Atlanta pareceram demais para manter Fisher no comando da franquia. O grande problema nessas derrotas foi o ataque anêmico, mesmo com Goff estreando contra os Dolphins.
Todd Gurley, RB do time e principal estrela, deu uma entrevista depois da partida criticando o ataque como um todo. Horas depois, o anúncio da demissão foi feito.
Quinta-feira os Rams viajam para Seattle para enfrentar os Seahawks no Thursday Night Football. Muito difícil esperar que quem assumir até o final da temporada fazer milagre. Bom para os Titans, time para quem Los Angeles vendeu o futuro para ter a primeira escolha do último draft.
Por Pedro Pacola
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