Por que o Leicester é o único clube inglês restante na Champions League?

 Por que o Leicester é o único clube inglês restante na Champions League?

Indo contra todas as previsões, o Leicester chegou até as quartas de finais da Liga do Campeões

No inicio da competição, haviam quatro clubes ingleses: Manchester City, Arsenal, Tottenham e Leicester City. E, sem dúvidas, os Foxes eram os menos cotados para chegarem longe na competição. Arsenal, de Wenger, Tottenham, de Harry Kane, e o Manchester City, de Guardiola, eram amplamente favoritos. E, mais uma vez, o Leicester mostrou sua força e poder de reação.

Mesmo sendo o atual campeão inglês, o senso comum sobre o clube dizia que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Erraram.

É verdade que no campeonato inglês a situação não é muito boa, mas o foco da equipe é a Europa. Sonhar é de graça e não faz mal a ninguém.

Logo na primeira fase da competição, a equipe que, na ocasião, era comandada por Claudio Ranieri já fez história. Na estreia por uma competição europeia, os Foxes bateram o Club Brugge por 3 a 0, fora de casa. E continuaram quebrando o tabu. Vencendo o Porto e o Copenhague, em casa.

A torcida do Leicester nunca deixou de sonhar (Foto: Reprodução/Twitter)

No segundo turno, mais uma vitória sobre o Brugge e um empate diante do time dinamarquês. Eram cinco jogos, invictos e já classificados para as oitavas de finais como líder do grupo. Uma conquista gigante para um clube tão modesto. Vamos ignorar a goleada sofrida pelo Leicester contra o Porto, na última rodada da fase de grupos, por 5 a 0. Isso vai estragar a história.

Vale destacar que com o fim da fase de grupos, um clube inglês já tinha sido eliminado: o Tottenham. Agora, só restavam três, e o Leicester seguia firme e forte.

Cercado de grandes instabilidades nos campeonatos nacionais, o sorteio da Champions ocorreu e o campeão inglês iria enfrentar o Sevilla, atual tricampeão da Europa League.

No primeiro jogo, massacre da equipe espanhol, mas um gol salvador de Jamie Vardy plantou uma esperança nos torcedores. O jogo acabou 2 a 1, que poderia ser facilmente revertido pelo Leicester, em casa.

Morgan foi um dos heróis da classificação (Foto: Reprodução/Twitter)

Todavia, entre os dois jogos, algo de relevância aconteceu. Claudio Ranieri, o maior treinador da história do clube, foi demitido. Mal na Premier League, com desvantagem no placar e com técnico interino. Foi assim que os Foxes foram enfrentar o Sevilla pela segunda partida.

Porém, mais uma vez, a magia aconteceu. O poder do Leicester é imprescindível e não dá para se descrever com palavras, apenas com emoções. Com sua torcida apaixonada ao lado, o clube fez uma grande partida e fez dois gols, com o capitão Morgan e o meia Albrighton.

Nem a bola na trave de Escudero e nem o pênalti para o adversário foram capazes de abalar esse poder sobrenatural que envolve o King Power Stadium. Aos 33′ da segunda etapa, Kasper Schmeichel, de forma heroica, defende o pênalti de N’Zonzi.

O goleiro Schmeichel defendeu pênalti no jogo de ida e volta (Foto: Reprodução/Twitter)

Com o apito final, o alívio vinha e o grito saia da garganta. O Leicester está classificado para as quartas de finais! Sim, o clube que há dois anos brigava por rebaixamento, agora está entre os oito melhores da Europa.

Com a eliminação vexatória do Arsenal e a queda do Manchester City para o Monaco, a equipe de Leicester se sacramentava como a única inglesa restante.

Sem dúvidas, o fato de ter praticamente abandonado as competições nacionais ajudou o Leicester. Mas foi a determinação do grupo que conquistou tudo isso. E ainda não acabou. Agora, o clube irá duelar contra o Atlético de Madrid por uma vaga nas semifinais. Será que o conto de fadas terá um final feliz?

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Iaco Lopes

Estudante de Jornalismo na UFPB. Nascido em João Pessoa-PB. 19 anos.

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