Pep Guardiola: “Tenho amigos pessoais que passarão nove anos na prisão por votar. Por pedir para votar”
Catalunha entra no quinto dia de protestos; Guardiola comenta situação
Com os protestos pró-independência na Catalunha em alta, o futebol também está sendo diretamente afetado pela greve e manifestações. Primeiramente, o El Clásico, que seria disputado no próximo dia 26 (sábado), foi adiado pelo clima de insegurança existente em Barcelona. E nesta sexta-feira (18), Pep Guardiola, que é natural de Santpedor, um município da Espanha na província de Barcelona, comentou sobre a situação.
“Não sei exatamente o que vai acontecer hoje no meu país, na Catalunha. Que incrível e pacífico são as marchas pela Catalunha em Barcelona para dar apoio aos políticos e ativistas presos por mais de um ano. Se as pessoas não estivessem convencidas, não marchariam milhões e milhões de pessoas de todas as cidades da Catalunha para darem seu apoio. A declaração que fiz foi pedir que sentem e conversem. A comunidade internacional deve nos ajudar a resolver o conflito entre a Catalunha e a Espanha.Alguém, um mediados de fora, deve nos ajudar a sentar e conversar. Esta situação chegou, mesmo que pareça incrível… Tenho amigos pessoais que passarão nove anos na prisão por votar. Por pedir para votar. E há milhões de pessoas que apoiarão pacificamente estas pessoas. A Europa deve dar um passo à frente e nos ajudar a resolver este conflito”, explicou Pep Guardiola.
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O treinador do Manchester City é uma das personalidades mais influentes do mundo na causa. Pep ainda aproveitou o assunto na entrevista coletiva para defender os direitos humanos.
“Eu os defendo aqui, em Alsasua, em Madri… Eu disse isso na declaração. Onde quer que seja, defendo os direitos humanos, aqui, nos países árabes … Temos que lutar contra o racismo, a discriminação de gênero, pela igualdade entre homens e mulheres. Eu sempre estarei lá”, completou o comandante do Manchester City.
Apesar de opinar sobre os assuntos políticos mais polêmicos, Guardiola preferiu se esquivar do adiamento do El Clásico.
“Eu não penso nisso. Você deveria perguntar à Tebas ou à Federação. Se o fizeram, foi porque estão preocupados”, explicou.