Panthers vence Cardinals, faturam a NFC e vão ao Super Bowl

Carolina Panthers e Arizona Cardinals fizeram a final da NFC, o time de Cam Newton venceu por 49 a 15 e irão ao Super Bowl 50, em Santa Clara

No domingo (24), o Carolina Panthers venceu em casa o Arizona Cardinals por 49 a 15, faturando a NFC pela primeira vez desde a temporada 2003/2004. A equipe de Charlotte jogará daqui duas semanas contra o Denver Broncos, em São Francisco, no Super Bowl 50.

Os Panthers, time com a melhor campanha na temporada regular (15-1), havia vencido os Seahawaks por 31 a 24. Apesar da boa vitória contra a fortíssima equipe de Seattle, criou-se um certo clima de incerteza em relação aos comandados de Ron Rivera. Carolina abriu 31 a 0 no primeiro tempo e simplesmente tomou 24 pontos seguidos da equipe do noroeste americano. A grande questão era qual time dos Panthers iria jogar neste domingo: aquele dominante, tanto no ataque quanto na defesa do primeiro tempo ou aquele apático e ineficiente da segunda etapa?

Já os Cardinals, por sua vez, vinham para a final da NFC extremamente motivados. Eles haviam vencido os Packers por 26 a 20 na prorrogação, em uma das partidas mais emocionantes da história da liga. A defesa mostrou alguns pontos fracos no final, muito devido à genialidade de Aaron Rodgers, mas o ataque era que realmente animava os torcedores. Larry Fitzgerald mostrou mais uma vez que é um dos maiores WR de todos os tempos e Carson Palmer, mesmo com o dedo indicador da mão direita quebrado (a mesma que ele lança) jogou uma partida magnífica e liderou seu time de forma heroica para a vitória.

O jogo começou do mesmo jeito que Panthers X Seahawks começou: Carolina, empurrado pela força de sua torcida, logo abriu 17 a 0 no primeiro quarto. A clássica combinação de uma defesa dominante e um ataque explosivo era vista em campo e os Cardinals simplesmente não tinham resposta a isso. Vale citar ainda os dois touchdowns marcados pelos Panthers nesse quarto: uma corrida de 22 jardas do WR Ted Ginn Jr em uma jogada reversa e uma bomba de 86 jardas de Cam Newton para Corey Brown.

Antes de continuar falando do jogo em si, devemos falar de Cam Newton. Com 3.837 jardas lançadas, 35 TDs aéreos, somados ainda com 636 jardas terrestres, 10 TDs de corrida e uma campanha de 15-1 na temporada regular, Cam deve ganhar o prêmio de MVP (jogador mais valioso da liga). Detalhe: ele conseguiu esses números sem seu melhor WR, Kelvin Benjamin, que machucou o joelho ainda na pré-temporada. Haja vista uma possível conquista do Super Bowl daqui duas semanas, o ex-Quarterback de Auburn poderá se juntar ao seleto grupo, que tem Joe Montana e Joe Namath, de QBs que ganharam um título nacional no College e um SB. Desse jeito, “Super Cam” espera finalmente calar seus críticos, que o questionam desde quando jogava em Auburn.

Cam Newton anotando um de seus dois TDs terrestres no jogo.

A defesa de Carolina ainda manteve seu ritmo no segundo quarto. Mesmo assim, Arizona conseguiu descontar com TD de 1 jarda do RB David Johnson. Já no Two Minute Warning, Cam Newton correu para TD deixando o placar 24 a 7. Logo depois desse TD, Carson Palmer sofreu um fumble após sofrer um sack. No entanto, duas jogadas depois, Newton lançou uma Interceptação que deixou os Cardinals já quase na redzone. Mesmo com esse presente, Palmer, visivelmente afetado com a forte pressão dos Panthers e com lesão no dedo indicador, forçou um passe que foi interceptado pelo satefy Kurt Coleman.

O terceiro quarto começou com Carolina anotando 10 pontos seguidos, com direito a uma bela corrida de 12 jardas de Cam Newton, deixando o placar 34 a 7. Na campanha seguinte, Palmer achou o TE Darren Fells em um passe de 21 jardas. Após uma conversão de dois pontos bem sucedida, o placar estava 34 a 15.

Apesar da recuperação, Kurt Coleman interceptou outra vez Palmer. Com a bola de volta para Carolina, Newton acertou um passe de 5 jardas para o WR novato Devin Funchess. Surpreendentemente, Rivera decidiu tentar os dois pontos, com sucesso. O placar então ficou 42 a 15.

Já no desespero, foi a vez do MLB e líder da defesa, Luke Kuechly, interceptar o ex-Quarterback de USC e retornar para touchdown. Na campanha seguinte, Carson Palmer lançou sua quarta interceptação para fechar sua performance de maneira pífia e melancólica. Para poupar sua maior estrela, Ron Rivera decide por no jogo QB Derek Anderson apenas para ajoelhar na bola. Sim, é o mesmo Derek Anderson que teve uma temporada de Pro Bowl com os Browns em 2007/2008 e depois foi para Arizona sem brilho algum.

Penso que não devemos crucificar Carson Palmer pela humilhante derrota dos Cardinals. O QB de 36 anos jogou com o dedo indicador da mão que lança machucado e quem já lançou uma bola de futebol americano na vida sabe que ele é fundamental para o lançamento. Além disso, a defesa dos Panthers mostrou que, apesar de tomar vários pontos de vez em quando, é uma das melhores da liga e simplesmente dominou o ótimo ataque de Arizona. Já Cam Newton mostrou suas qualidades também: apesar de não ter tido números tão espetaculares (2 TDs, 1 INTs e apenas 50% dos passes completos), correu bem com a bola (2 TDs e 47 jardas) e mostrou ser realmente ser o líder daquele limitado, porém explosivo ataque de Carolina.

Dia 07 de fevereiro os Panthers jogarão contra os Broncos pelo Super Bowl 50, no novíssimo Levi’s Stadium, casa dos 49ers. Em jogos dessa magnitude, é difícil apontar um favorito, mas Carolina teria uma pequena vantagem porque seu ataque, apesar das limitações, é melhor que o de Denver. Será um jogo para ficar na história.

Por Pedro Pacola

Pedro Pacola

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