No clima do “milagre” em Camp Nou, relembre as mais recentes viradas “inacreditáveis” no futebol

Após reviravolta absurda do Barcelona encima do PSG, relembra outras ocasiões que eram consideradas improváveis

Nessa quarta-feira (08), aconteceu uma das mais improváveis viradas já vista no futebol mundial. Após estar vencendo o PSG por 3×1, o Barcelona precisava de mais três gols para se classificar. Com dois de Neymar e um de Sergi Roberto, o clube catalão conseguiu a classificação nos 8 minutos finais da partida.

Assim como o Barcelona, outras equipes também conseguiram o “impossível”. Relembre alguns dos casos que chamaram a atenção e arrancaram suspiros até os minutos finais.

Manchester City 3×2 Queens Park Rangers

Precisando de uma simples vitória para conquistar o primeiro título da sua história. O City, vinha vencendo o jogo por 1 a 0 até o intervalo, enquanto o Manchester United (segundo colocado) também ia vencendo o Sunderland, e dependeria de um tropeço dos Blues para ficar com o título.

Na segunda etapa, veio o inesperado. Após um chutão da zaga do QPR, Lescott cortou errado e cabeceou para trás, dando o “passe” ideal para Cissé invadir a área e bater sem defesa para o goleiro Hart.

Minutos depois, Joey Barton foi expulso após revidar uma agressão de Carlitos Tevez e deixou os visitantes com um a menos em campo. Precisando da vitória, já que o empate dava o título para o United, Mancini colocou o City para a frente. E acabou pagando caro. Em um contra-ataque rápido, Armand Traore driblou Kompany pela esquerda, arrancou e deu um cruzamento perfeito para Mackie fazer o gol da virada: 2 a 1 para o QPR.

O resto do jogo, só deu Manchester City, que precisava de dois gols para sagrar-se campeão. O gol de empate só veio aos 46 minutos, após escanteio cobrado da direita, Dzeko subiu bem e empatou de cabeça, 2 a 2.

A partida em Sunderland acabou aos 48 do segundo tempo. Como em Manchester o árbitro deu cinco minutos de acréscimo, Ferguson e os jogadores do United tiveram que aguardar no gramado para saber se seriam campeões ou não.

Aos 49 minutos da segunda etapa,  Agüero começou a jogada fora da área, tocou para Balotelli, o argentino recebeu pela direita na área, driblou um zagueiro e chutou com força para marcar 3 a 2 e explodir a torcida de alegria aos 49. Histórico.

Liverpool 4×3 Borussia Dortmund

Em jogo válido pelas quartas de finais da Europa League, Liverpool e Borussia Dortmund se enfrentaram em Anfield. Antes da bola rolar, as torcidas tinham confraternizado nas ruas da cidade, cantaram You’ll Never Walk Alone juntas nas arquibancadas, homenagearam as vítimas de Hillsborough, tragédia que completa 27 anos.

Com 10 minutos de jogo, a equipe visitante já havia marcado duas vezes, com gols de Mkhitaryan e Aubameyang. O Liverpool parecia não estarem ligados no jogo, só conseguiram entrar no segundo tempo. Logo aos dois minutos, Can achou Origi na frente, que deu um biquinho na saída de Weindenfeller.

Com o gol, a torcida já acredita na virada. Porém, minutos depois Hummels deu uma de meio-campo, achou um passe incrível para Reus, que chutou colocado no cantinho para fazer o terceiro.

Precisando da virada,  Jürgen Klopp mexeu na equipe e deu resultado. Aos 20 minutos, Coutinho tabelou com Milner e acertou um belo chute no cantinho.

Aos 33, escanteio pelo lado direito do ataque, a bola encontrou Sakho na cara do gol e ele cabeceou para dentro. Bastava mais um e a vaga seria do Liverpool. E veio. Jogada de Sturridge pela esquerda, abriu para Milner, que foi à linha de fundo, Lovren subiu muito alto e cabeceou. E colocou o Anfield abaixo. O Liverpool estava na semifinal.

Milan 3×3 Liverpool

O jogo valia nada mais, nada menos, que o título da tão sonhada Champions League. O jogo acontecia em Istambul, e era entre Milan e Liverpool, duas das mais tradicionais camisas do futebol mundial.

No primeiro tempo só deu Milan. Aos 50 segundos de jogo, Pirlo cobrou falta na área e Maldini abriu o placar, fazendo o gol mais rápido de uma final na história da Champions League. Aos 38 minutos, Kaká, em uma de suas habituais arrancadas, engatou um contra-ataque. Shevchenko passou pela direita e o brasileiro deu o passe para ele. O ucraniano cruzou e Crespo, na esquerda, fuzilou: 2 a 0.

A torcida do Liverpool parecia não acreditar, ainda mais quando cinco minutos após o segundo gol, Kaká achou crespo livre, que só tirou de Dudek, fazendo o terceiro para os italianos.

Determinado em reverter o placar, o Liverpool voltou com tudo para a segunda etapa. Aos oito minutos, Riise cruzou na cabeça de Gerrard, que marcou o primeiro gol dos ingleses: 3 a 1.

Dois minutos depois, troca de passes do Liverpool na entrada da área do Milan e Smicer chutou. Baros encolheu a barriga, a bola passou e entrou: 2 a 3.

A final ganhava ares épicos. Um jogo ganho estava quase igualado em apenas dois minutos. Mais algum tempo passou, Gerrard entrou na área italiana e foi derrubado: pênalti. Na cobrança, Xabi Alonso bateu e Dida defendeu. Mas o brasileiro deu rebote e o espanhol colocou a bola dentro do gol: 3 a 3.

Na disputa de pênalti, a estrela do goleiro Dudek brilhou. O goleiro do clube inglês defendeu três cobranças, entre elas do volante Pirlo e do atacante Shevchenko. O Liverpool se tornava campeão, e o jogo ficou conhecido como “O Milagre de Istambul”.

 

Matheus Possidonio

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