NFC North: Grandes mudanças nos elencos e alto nível de competividade
NFC North promete ser uma caixinha de surpresas nesta temporada 2018/2019
Alô galera fã da bola oval, a espera pela volta da bola oval está se esgotando. Estamos a menos de dois meses para o início da temporada regular da NFL. Mas até lá tem muita coisa para acontecer, porém, enquanto continuamos no aguardo da nova temporada, vamos começar aqui no Esportes Mais a analisar as divisões da NFL, dando a você um panorama das mudanças que as franquias tiveram nessa Off-Season.
A divisão que vamos analisar é a NFC North, composta por Green Bay Packers, Chicago Bears, Detroit Lions e Minnesota Vikings. Diferentemente de outros anos, em que se houve um domínio da franquia liderada por Aaron Rodgers e companhia, a NFC North promete ser a mais disputada dos últimos anos, com mudanças significativas nos elencos e staff de cada franquia.
Green Bay Packers
No Green Bay Packers as mudanças foram muitas. No staff técnico, o coordenador defensivo Don Capers, tão questionado nos últimos anos, acabou demitido. Para o seu lugar, os Packers contrataram Mike Pettine, que fez excelentes trabalhos no New York Jets e Buffalo Bills, sendo coordenador defensivo ao lado de Rex Ryan, então head coach. Seu último trabalho aconteceu no Cleveland Browns, desta vez como head coach. Pettine foi o último técnico a ter uma campanha positiva com a franquia de Ohio.
Além da saída de Capers, o general manager Ted Thompson também se retirou do cargo, e foi direcionado para de função de diretor de operações do Packers. E para o cargo vago, o Packers mais uma vez encontrou a solução dentro de casa. Brian Gutekunst assumiu e fez mudanças significativas no elenco do Packers, sendo por meio da Free Agency quanto pelo Draft.
(Foto: Divulgação / NFL)
O primeiro grande movimento de Gutekunst na Free Agency foi bem ousado. Sem ter alguém de grande renome e de muito talento há anos, a posição de tight end era a mais carente do Packers no setor ofensivo. Para a resolução desse problema, o novo GM do Packers trouxe um jogador de impacto para a posição, nada mais nada menos que Jimmy Graham ex-Seattle Seahawks e New Orleans Saints.
Além de Graham, outro tight end foi contratado. O ex-Jacksonville Jaguars Marcedes Lewis, que servirá de reserva imediato de Graham, chega e possibilita aumentar e diversificar as jogadas de playbook com ele em campo.
Na defesa, o Packers foi também bem. Dois nomes podem ser destacados. O do linha defensiva, Muhammad Wilkerson, ex-New York Jets, (trabalhou com Mike Pettine e teve a sua melhor fase da carreira) e o campeão do Super Bowl 45 pelo Packers, o cornerback Tramon Williams, que estava no Arizona Cardinals e vem reforçar a tão questionada secundária de Green Bay.
(Foto: Divulgação / NFL)
No Draft, o novo GM do Packers foi ainda mais audacioso. Na primeira rodada, fez um ótimo movimento e adquiriu uma escolha de primeira rodada de 2019 do New Orleans Saints. Após descer no Draft, saindo da posição 14 para a posição 27, o Packers sobe para a posição 18 do Seattle Seahawks e escolhe o cornerback Jaire Alexander da Universidade de Louisville.
Outro jogador do Draft a ser destacado é o cornerback Joshua Jackson. Esse jogador estava cotado para cair na primeira rodada, mas devido a escolhas diferentes das outras franquias, Jackson acabou caindo para a segunda rodada e o Packers precisando reforçar sua secundária não titubeou e escolheu o calouro da Universidade de Iowa.
Detroit Lions
No Detroit Lions as mudanças foram mais focadas no staff técnico. A primeira mudança aconteceu na posição de head coach. Jim Caldwell estava no cargo havia quatro anos, mas, devido a mais uma campanha nada empolgante, o então head coach caiu.
Para o seu lugar foi contratado o ex-coordenador defensivo do New England Patriots, Matt Patrícia. Patrícia vai ter sua primeira experiência como head coach, em toda sua carreira na NFL. Ele só trabalhou no New England Patriots, mas em várias funções. O novo técnico do Lions permaneceu desde 2004 na franquia de Boston e agora quer novos ares e voos mais altos.
Na Free Agency, o Lions foi bem ativo, mas trouxe jogadores com menos renome, porém com currículos recheados. Para o ataque, vale a pena destacar dois nomes, o do running back, multi campeão do Super Bowl por Philadelphia Eagles e New England Patriots, LaGarrette Blount e o tight end, ex-Seattle Seahawks, Luke Willson.
Para a defesa, os Lions conseguiram trazer o outside linerbacker Devon Kennard, que estava no New York Giants. Eles reforçam bem a posição, uma vez que o setor é muito criticado nos últimos anos devido a pouca pressão sobre os quarterbacks. Além de Kennard, outro nome relevante é o do free safety Deshawn Shead, que estava no Seattle Seahawks e vem reforçar a já boa secundária do time de Michigan.
(Foto: Divulgação / NFL)
Já o Draft do Lions não foi à mesma qualidade da Free Agency. Na primeira rodada do Draft desse ano, o Lions escolheu o center da Universidade de Arkansas, Frank Ragnow. Detroit precisava de um jogador de linha ofensiva, mas havia melhores opções, entre eles Isaiah Wynn, de Geórgia, e James Daniels, de Iowa.
Entretanto, os Lions conseguiram acertar uma das seis escolhas e, por incrível que pareça, de mais um jogador de linha, desta vez um offensive tackle. O escolhido foi Tyrell Crosby, de Oregon, na quinta rodada do Draft. Crosby é um dos bons talentos a serem lapidados e que podem ajudar o Lions nas próximas temporadas.
Chicago Bears
No Chicago Bears as mudanças ficaram por conta de um novo head coach e uma maior agressividade na Free Agency, principalmente na busca de novos alvos para o seu quarterback promissor Mitchell Trubisky. O principal desses alvos foi à contratação do wide reciver Allen Robinson, que estava no Jacksonville Jaguars. Allen chega ao Bears após uma grave lesão no joelho, o que tirou de combate na temporada passada.
Outros dois nomes relevantes são do wide reciver Taylor Gabriel, que vem do Atlanta Falcons, e do tight end Trey Burton, campeão com Philadelphia Eagles no Super Bowl 52. Burton vem para disputar posição com Zach Miller, que vinha desempenhando uma boa temporada no Bears, mas, depois de uma grave lesão na perna contra o Saints, o tight end que quase teve que encerrar a carreira agora terá uma nova chance de jogar pelos Bears, já que seu contrato foi renovado por mais uma temporada.
No cargo de head coach, o contratado foi Matt Nagy, que estava desempenhando o cargo de coordenador ofensivo no Kansas City Chiefs. Há muita expectativa em cima do novo head coach, pois muitos acreditam que Nagy possa desenvolver mais os talentos de Trubisky e possibilitar aos Bears, de curto a médio prazo, voltar a disputar vaga pelos playoffs e estar de novo em uma pós-temporada.
(Foto: Divulgação / Chicago Bears)
Com uma Free Agency agressiva, o Draft do Bears foi de pinçar outros bons talentos. Na primeira rodada o talento escolhido foi Roquan Smith, inside linerbacker de Geórgia. Smith tem características muito bem requisitadas para a NFL atualmente, a de ser um patrulheiro no campo inteiro, ou seja, aquele que lidera a defesa em tackles seja em qualquer lugar no campo.
Além de Smith, outros dois draftados podem ser destacados, dessa vez pelo setor ofensivo. O primeiro deles é do center de Iowa, James Daniels, considerado um dos melhores linhas ofensivas do Draft. Daniels tem tudo para surpreender na NFL e ser um bom protetor à Trubisky. James era cotado para sair na primeira rodada e acabou caindo pra segunda no colo o Bears que não duvidou na sua escolha.
Embora tenha trazido bons alvos para Trubisky, o Bears recheou ainda mais seu corpo de wide recivers. A bola oval da vez foi o wide reciver de da Universidade Memphis, Anthony Miller que foi escolhido na terceira rodada e que vai fazer barulho para ser um dos titulares da equipe de Nagy que terá a árdua missão de fazer esse time jogar em alto nível.
Minnesota Vikings
Por fim destacamos o Minnesota Vikings. Dentre os quatro da divisão NFC North, é o que teve menos mudanças. Seu staff técnico em grande parte foi mantido, a única baixa foi do coordenador ofensivo Pat Shurmur, assumiu o cargo de head coach do New York Giants, uma vez que teve uma temporada passada desastrosa com Ben McAdoo.
Já na Free Agency, os Vikings foram bem audaciosos. Com o fim de contrato de Case Keenum e Teddy Bridgewater, a franquia foi ao mercado e trouxe outros dois QBs. O primeiro foi Kirk Cousins, ex-Washington Redskins. Cousins vem pra ser a cereja do bolo desse bom time de Minnesota que almeja chegar ao Super Bowl em pouco tempo. A última bateu na trave, sendo derrotado na final da NFC contra o Philadelphia Eagles.
(Foto: Divulgação / NFL)
Já o reserva de Cousins será o questionado Trevor Siemian, que não foi bem no Denver Broncos, e em uma troca por escolha do Draft que vem, Siemian terá nova chance e oportunidade na sua carreira, mesmo sendo reserva de Cousins.
Para a forte defesa, o Vikings trouxe o defensive tackle ex-Seahawks, Sheldon Richardson. O DT, irá reforçar a já fortíssima linha defensiva de Minnesota, que já tem Everson Griffin, Daniele Hunter e Linval Joseph. Essa linha promete ser osso duro de roer para os ataques adversários.
Com o time já bem estruturado, os Vikings tiveram um Draft bem discreto esse ano, porém com bons talentos. A sua melhor escolha aconteceu na primeira rodada com a escolha do cornerback de Central Flórida, Mike Hughes que vem reforçar a já forte secundária do Vikings, sendo uma ótima opção para a rotação.
Além dele, outros dois nomes podem ser falados, ambos para o setor ofensivo, o primeiro deles é do offensive tackle Brian O’Nell, da Universidade de Pittsburgh na segunda rodada, e o tight end Tyler Conklin, da Universdade de Central Flórida.
(Foto: Divulgação / Vikings)
Agora é aguardar se todos esses movimentos terão sucesso e poderão nos oferecer muitas emoções para a próxima temporada. Competitividade, rivalidade, placares apertados e vitórias surpreendentes poderão marcar essa divisão, que vinha sendo dominada por Green Bay Packers e que agora se depara com rivais melhores estruturados e com possibilidades de se classificar ainda maiores.
Ou seja, podemos ter muitas emoções até a semana 16 da temporada regular, para então sabermos quem avança aos playoffs e quem fica pelo caminho a espera de uma nova chance.