Mercado da bola em janeiro mantém média baixa e recorde de Coutinho
Mercado da bola em janeiro mantém média baixa e recorde de Coutinho
Fonte: Unsplash
As transferências no futebol europeu costumam render milhões de euros todos os anos, mas apenas no início da temporada. Apesar da importância da janela em janeiro, os clubes não fazem loucura em busca de jogadores. Essa tendência se manteve em 2023, com o maior gasto sendo do Liverpool com o meia Cody Gakpo. Ou seja, o recorde de Philippe Coutinho em 2018 se mantém, assim como a tradição de gastar menos nesta segunda janela do mercado da bola.
Mesmo com o excelente rendimento na Copa do Mundo, Gakpo não conseguiu ficar entre as 10 transferências mais caras de janeiro no futebol europeu. O Liverpool pagou “apenas” 42 milhões de euros, e ficou bem abaixo do que gastou com o zagueiro Virgil van Dijk, em 2018. Naquela ocasião, a equipe desembolsou 84,7 milhões de euros para ter o reforço mais importante dos últimos anos. Até hoje, essa foi a segunda contratação mais cara neste período.
A primeira posição é do brasileiro Philippe Coutinho, e justamente de saída do Liverpool, também em 2018. O Barcelona pagou mais de 160 milhões de euros pelo meia, e ficou disparado na primeira posição do ranking de gastos nesta janela do meio da temporada. Será difícil alguém superar isso, pois os clubes preferem gastar mais alto no início do calendário. As contratações de inverno costumam ser apenas para complementar o elenco, ou substituir um atleta lesionado.
O curioso é que 2018 foi um ano movimentado neste período, tendo cinco transferências entre as mais caras. Aymeric Laporte assinou com o Manchester City por 65 milhões de euros neste mesmo período, assim como o Atlético de Madrid gastou 60 milhões de euros para ficar com o artilheiro Diego Costa. Todas contratações de menor impacto, afinal essa não é a janela mais usada para isso, como citamos anteriormente.
Importante para o título
Apesar do gasto menor, a janela em janeiro pode ser um momento decisivo na briga por títulos. Com quase seis meses de jogos, a comissão técnica tem um olhar melhor do elenco, por isso os reforços acabam sendo pontuais. Uma mudança que pode fazer uma equipe mais favorita para uma conquista, inclusive esse é um mercado que afeta as cotações de sites de esportes bets online . Bons reforços fazem os analistas repensarem a expectativa para o final da temporada de alguns clubes.
Por exemplo, em 2018 mesmo, as cotações do Barcelona com a contratação de Coutinho mudaram completamente. O problema foi que o meia não conseguiu se encontrar na equipe espanhola, e acabou colocado para transferência um ano depois. Essa é uma característica do futebol mundial, nem sempre uma contratação recorde é garantia de rendimento. Existem vários exemplos iguais ao de Coutinho.
O contrário também acontece, e um caso recente é a melhor forma de mostrar isso. Em janeiro do ano passado, a Juventus contratou o atacante Dusan Vlahovic e viu um retorno imediato. Foram nove gols em 21 jogos, e a prova de que ele seria importante para o futuro. As chances da Juve no Campeonato Italiano melhoraram, e as cotações para o título também ficaram mais otimistas. Além disso, hoje o jogador é titular absoluto.
Mercado brasileiro movimentado
Enquanto isso, aqui no futebol brasileiro, as transferências são mais comuns em janeiro. O motivo é que o nosso calendário funciona de maneira diferente, e os torneios começam com o ano novo. Por isso, enquanto os europeus economizam, as nossas equipes abrem o caixa para montar elencos mais fortes. Os gastos são menores, é claro, mas por conta das diferenças econômicas.
A diferença de calendário é algo que sempre foi discutido no futebol brasileiro. Afinal, as equipes aqui acabam com o risco de perderem jogadores no meio da temporada, e faltam boas oportunidades em janeiro. Isso explica algumas situações curiosas.
Em 2016, o Manchester City contratou o atacante Gabriel Jesus no meio do ano, mas ele só se apresentou em janeiro. A negociação foi feita de uma forma que manteve o artilheiro no Palmeiras até o final da temporada.
Isso tudo é a movimentação no mercado da bola, sobretudo em janeiro. As equipes podem não gastar alto, como fizeram com Coutinho em 2018, mas ainda é um momento de transferências importantes.