Léo Santin analisa formação de jogadores nos EUA: “Falta sangue nos olhos”

Para Léo Santin diretor técnico das categorias de base do United Soccer Club, o país ainda possui diversas lacunas para se igualar com o Brasil

Sempre que vemos um atleta de futebol brilhando e exibindo talento pelo mundo, ficamos abismados com tamanha habilidade com os pés e capacidade técnica e tática dentro das quatro linhas, mas o que quase nunca checamos, é como foi o processo formativo desse atleta.

E quando assunto é formação, Léo Santin se posiciona com relação a importância desse aspecto no futebol e faz a comparação entre dois países: Estados Unidos e Brasil.

“O desempenho de um atleta profissional nos jogos diz muito sobre o seu processo de formação. É algo que quase todos negligenciam. É na base que se constrói o conhecimento fundamental do futebol, que se aprende as técnicas e se explora as capacidades individuais de cada atleta”, comenta Léo Santin.

Falhas técnicas em determinados fundamentos são normais na vida de um atleta, sendo assim, não é apenas de talento que se consagra um craque, é necessário muito treino. Para Santin, os EUA ainda possuem falhas nesse processo.

“A formação aqui é um assunto bastante complexo, mas como brasileiro e responsável pelo departamento técnico do clube que estou, posso dizer que aqui eles não possuem um padrão de jogo, eles não sabem o que querem ver quando assistem um jogo. Eles priorizam a capacidade física do jogador, então você sempre vai ver jogos muito rápidos, de transição rápida, jogo de primeira e segunda bola, muita disputa física, e quase nunca com qualidade técnica e tática, e quando isso é exigido, os garotos sofrem e dificilmente se adaptam a esses fundamentos, diferente do Brasil, e até mesmo da Argentina e Uruguai, que somos enraizados no futebol, temos a cultura no futebol, e é normal, desde a formação, o atleta se deparar com velocidade, técnica e tática tudo junto no processo formativo”, dispara o treinador.

Ainda comparando as categorias de base dos dois países, o ex-auxiliar da Francana e Botafogo-SP diz que a diversidade esportiva dos EUA interfere muito na sequência do jogador no “soccer” e que para os atletas se equiparar com os brasileiros, ainda faltam alguns pontos específicos e fundamentais, como o psicológico.

“Primeiro que nos EUA não têm uma escola de futebol, porque a diversidade de esportes é muito grande, e isso faz com que os atletas sejam distribuídos nesses esportes, que, inclusive, são mais valorizados no país, mas vejo uma necessidade de “sangue nos olhos” como dizemos no Brasil, falta paixão, falta mentalidade vencedora, eles são competitivos, porém, só no momento do jogo, não se importam com os treinos, não possuem aquela vontade de se dedicar nos treinos para conquistar a posição e sair jogando entre os onze, aquela sede de vitória, de jogo bonito e competitivo. Falta conquistar a confiança dos jovens atletas para poder implementar a qualidade futebolística que estamos acostumados”, finaliza.

Foto: Arquivo pessoal

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