Da mesma forma que uma mentira contada mil vezes não faz disso uma verdade, mil gols (quase) feitos, quando perdidos, não dão ao time que os perdeu um gol a mais. Assim foi o jogo do Independiente contra o Patronato.
Para essa partida, o técnico do Independiente, Ariel Holan, resolveu não utilizar o lateral direito Bustos pois este estava com um nível físico abaixo do ideal. Ariel é um treinador que gosta de elencos curtos e com muitos jogadores polifuncionais porque gosta de rotacionar o time.
Neste Independiente que montou a partir do elenco que recebeu no começo do ano (na argentina os clubes, no mercado de final/começo de ano, só podem trazer 2 jogadores, o número livre de contratações acontece apenas no meio do ano), em julho/agosto de 2017, o elenco é curto e polifuncional de propósito.
O treinador gosta de ter entre 18 e 22 jogadores de linha em seu elenco e não muito mais que isso, mas que estes jogadores sejam sempre utilizados, não existe aquele reserva com letras garrafais e, por isso, nunca joga.
Nesse jogo contra o Patronato é patente a utilização do Bustos: para não agravar o quadro físico do jogador, o técnico preferiu utilizar Jonás Gutierrez, mais que isso, o técnico pode usar Jonás como lateral, volante ou até mesmo como “winger” .
Por sorte (para os rojos) ontem Meza salvou o dia com um tento quase no final da partida. Ribas abriu o placar para o Patronato no trigésimo quinto minuto de jogo e Meza empatou no nonagésimo minuto, após um rebote errado do goleiro para cortar um cruzamento de Tagliafico (que volta a jogar como lateral esquerdo de modo regular, depois de um primeiro semestre todo como zagueiro central).
O campeonato, por causa da campanha do Boca, não somente para o Independiente, mas para todos, começa a perder o sentido e os demais clubes (que não o Boca) começam a se preocupar mais com as vagas nos torneios internacionais ou com rebaixamento (não ser rebaixado).
Foco na Sulamericana
O Independiente, de modo mais que justo, irá priorizar a sulamericana, assim como o River já prioriza a libertadores. Vida que segue e pode ser que nestes encontros e desencontros da vida o Boca decaía muito na segunda metade do torneio e ainda haja espaço para briga pelo título.
Mas, por hora, é isso: o Boca tem uma vantagem suficiente para, se bem administrada, leva-lo ao título com tranquilidade. Por isso o comentário deste jogo não se fixa muito no próprio jogo: nem o Independiente estava muito fixado neste jogo. Resta ao Rojo olhar para a “sulamerica”.
