Foz do Iguaçu supera dificuldades e consegue classificação épica na Copa do Brasil

Foz do Iguaçu vence o Boa por 1 a 0 e faz história

As 266 pessoas nas arquibancadas do Estádio do ABC, em Foz, sugeriam o momento: Cinco jogos e nenhuma vitória, sendo um empate e quatro derrotas. Um gol marcado, 12 sofridos, o pior time do Campeonato Paranaense, lanterna do grupo A.

Mas se há algo que possamos esperar de um clube de futebol é surpresa. O Azulão da Fronteira entrou em campo decidido a marcar ao menos um gol, não sofrer nenhum e vencer. Conseguiu tudo isso.

Primeiro tempo

O Boa, com a vantagem do empate, buscou se defender. A equipe paranaense nada tinha a perder no atual momento e foi para cima dos mineiros.

O Foz levou perigo logo aos seis minutos, quando Douglas lançou Juninho na ponta direita, o meia rolou pra trás e devolveu, mas Douglas foi travado encima da hora.

Aos nove, Guilherme aproveitou roubo de bola, carregou, e aguentou duas pancadas antes de sofrer a falta na linha de fundo.

Dois minutos mais tarde, outra jogada parecida: Juninho roubou a bola, arrancou, tocou pra trás e a zaga tirou.

Aos poucos o Boa começou a sair para o jogo, mas nenhum lance de maior perigo era criado. Leandro Silva e Luisão estavam muito bem nas intervenções e o clube de varginha, comandado na frente por Jaime e Gustavo, pouco incomodava a meta de Felipe.

Aos 27, parecia que o jejum finalmente acabaria: mais uma vez Juninho invadiu a área, tocou e o gol foi marcado, porém, o árbitro assinalou impedimento. Aos 31, aconteceu o lance mais perigoso da primeira etapa: O jogador do Boa Esport sofreu falta na entrada da grande área. Na batida, Chiquinho mandou na trave; no rebote, a zaga quase entregou o ouro, mas tirou em seguida, com o juiz marcando falta no fim do lance.

Segundo tempo

No segundo tempo, o técnico Tuca Guimarães tirou Gindré para a entrada de Dênis, a fim de criar melhores oportunidades nos contra-ataques. O atacante incomodava muito pela ponta esquerda e deu dor de cabeça para a zaga do Azulão.

A primeira grande chance, porém, foi do Foz, aos sete minutos, quando Thomas lançou Matheus Santana na frente, que mandou na trave. O juiz já marcava impedimento, mas foi um cartão de visitas.

Três minutos mais tarde, Dênis cruzou perigosamente, mas Gustavo não aproveitou. Na volta, o camisa 21 bateu nas mãos do goleiro.

Aos 13, Jaime recebeu após roubo de bola no meio campo, carregou e saiu na cara de Felipe, que deu um tapa na bola evitando o gol mineiro. Em seguida o Foz contra-atacou e Juninho, pela direita, chutou de fora; a bola passou raspando a trave de Renan Rocha.

Então, cinco jogos, um tempo e 20 minutos depois, um azulou colocou a bola nas redes. Thomas estava com a bola pela lateral, viuu a oportunidade e cruzou no primeiro pau para Douglas, que subiu mais que todo mundo e completou para o fundo do barbante. Isso era tudo. Tudo o que o time tinha conseguido no ano, mas tudo de que precisava no jogo mais importante da temporada até este momento.

A partir daí, Dênis infernizou a vida da defesa paranaense, mas sem sucesso. Agora, era o Azulão que valorizava, buscava se defender e sair nos contra-ataques. Não conseguiu lances perigosos, mas sempre que foi preciso, tirou o perigo da área.

No terceiro dos cinco minutos de acréscimos dados pelo árbitro, Renan Rocha foi ao ataque. No escanteio, Dênis cruzou perigosamente e a zaga tirou, mas na sobra, ele mesmo carregou, mas foi travado na entrada da área.

Em seguida, Luisão tirou a última bola perigosa de perto do gol, o que acabou sendo o lance derradeiro. Em uma batalha épica, o que parecia impossível se transformou em R$525.000 no caixa e uma segunda fase da Copa do Brasil.

Agora, o Foz do Iguaçu viaja para Paranaguá, onde enfrenta o Rio Branco pela Taça Barcímio Sicupira. Pela Copa do Brasil, espera o adversário entre Central (PE) e Ceará.

Bruno Leal

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