Existe vida sem Aaron Rodgers?
A lesão de Aaron Rodgers e seu malefícios em Green Bay.
Existem jogadores que transcendem os limites do fanatismo clubístico. Eles são bem poucos e normalmente não convivem mais do que 2 na mesma geração. São jogadores que por causa do seu talento, caráter, entrega em campo simplesmente não conseguem produzir a ira nem dos rivais. Alguns exemplos, para ficar nos mais recentes incluem Jerry Rice, Dion Sanders, Barry Sanders e Peyton Manning. Tom Brady não entra na ( minha ) lista não porque não reúna as qualidades dos outros, mas por causa do que existe de nebuloso em sua carreira. Adiante.
Aaron Rodgers pertence a esta classe. As reações de praticamente todos na NFL foi como se ele jogasse por todas as franquias. Rolou uma comoção geral que eu não vi quando o mesmo aconteceu com Tom Brady em 2008, só para citar um caso. No twitter o espanto de todos era evidente e mesmo os rivais diretos se compadeciam com a tragédia que abateu-se com o Green Bay Packers. Algo com certeza raríssimo de se ver. E muito, mas muito doloroso.
Até onde vai o talento de Aaron Rodgers?
Ver o camisa 12 jogando é uma prazer. Acho que disso, ninguém dúvida, desde que não seja contra o seu time. Ele consegue fazer coisas que só os grandes QBs da história conseguem, sendo cativante nisso. Todos os times da NFL já foram vitimados pelo seu talento impar, sem exceção. E é este talento que a partir de agora o Packers não terá. E ai vem a pergunta do post: existe vida sem Aaron Rodgers?
Mike McCarthy será muito cobrado para mostrar que é um grande Head Coach, algo como fez Bill Belichik sem Tom Brady em 2008, quando mesmo ficando fora da post-season, fez 11-5 sendo apenas a primeira franquia a ser eliminada com tal campanha. E aqui começa o problema: o time dos Packers não é nem de longe parecido com aquele máquina que os Patriots tinham em 2008. O time dos Patriotas foram 18-1 no ano anterior, algo que os Packers nem passaram perto de fazer em toda a sua longa e gloriosa história.
Sua falta é de grande importância para o desenvolvimento dos Packers
O jogo corrido, uma alternativa nestes casos, não é brilhante. A OL está cheia de remendos, tendo perdido jogadores na partida de domingo contra os Vikings. A atuação do reserva Brett Hundley, como era de se esperar, não foi assim uma “brastemp”, mas o técnico Mike McCarthy disse que “investiu 3 anos nele, e tem confiança de que ele está a altura do desafio”. Convenhamos que ele não poderia dizer outra coisa, não é mesmo? A defesa dos Packers não vive seu melhores dias e precisará aumentar sua intensidade para suprir, em partes, a ausência do ídolo. Acontece que, a meu ver, o setor já está atuando no limite. Tirar mais do time é o que mostrará o quanto McCarthy é ótimo Coach ou apenas se aproveitava do ótimo trabalho de Aaron Rodgers.
Outro movimento feito pelos Packers foi subir Joe Callahan da Pratice Squad. A sinalização clara do time é que irá até o fim do ano com o que tem. Se isso será o suficiente para um fim de temporada alegre em Green Bay é outro papo. Mas o time pode sim ter desempenhos aceitáveis sem Aaron Rodgers, mas todos no time precisarão fazer mais do que tem feito até aqui. E a margem de erro deixou de existir.