Etiene Medeiros faz história como primeira brasileira campeã mundial

É a primeira vez em toda história que uma mulher brasileira sobe ao lugar mais alto do pódio no Mundial de natação

A pernambucana Etiene Medeiros, 26, conquistou nesta quinta-feira (27) a medalha de ouro nos 50 m costas no Mundial de Budapeste, na Hungria, sendo a primeira vez na história que uma nadadora do país conquista um título mundial em piscina longa (50 m). A vitória veio com a marca de 27s14, a melhor de sua carreira, batendo no placar somente um centésimo à frente de chinesa Yanhui Fu, que brigava pelo bicampeonato mundial. Aliaksandra Herasimenia, de Belarus, completou o pódio.

No Mundial anterior, em Kazan-2015, Etiene se tornou a primeira mulher do país a subir ao pódio, com uma prata na mesma prova e em piscina curta (25 m), ela já detinha dois títulos mundiais, das edições de Doha, em 2014, e Windsor, em 2016.

A nova campeã comentou sobre a prova

“Pela primeira vez eu balizei na raia quatro em um Mundial e sempre tem aquela tensão, mas querendo ou não conta a minha experiência. Antes de entrar pra TV, a chinesa virou para trás e me desejou boa prova. Ela nunca fez isso. Quando eu entrei o pessoal que autoriza a nossa entrada brincou com isso e eu ri. Isso até ajudou a entrar mais relaxada. Na prova de 50m tudo pode acontecer. Qualquer coisa te leva para traz, mas deu certo. Primeiro ouro em piscina longa… Muita coisa a gente tem que aprender. Precisamos aprender a ser mais unidos, a querer que o outro vença. Fora d’água também faz a diferença”.

Assim como no Mundial de Doha, Etiene cresceu durante as etapas da competição até a vitória final, com concentração e método.

“Estou mais madura. Mesmo não nadando outras provas antes eu consegui nadar bem. Sinto que estou mesmo mais madura, aprendendo a transformar o que não foi bom em aprendizado. Ter experiência e bagagem conta, mas só vou conseguir mensurar essa conquista quando chegar ao hotel, abraçar meu técnico, passar essa energia para a delegação. Mas caímos mesmo na real quando se chega ao Brasil e encontra os nossos amigos que acordaram cedo para me ver competir. Meus pais e meu irmão não estão aqui, sinto falta disso, e eles também fazer parte disso, estão na água comigo”.

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Joseclei Nunes

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