Como chega a atual campeã Alemanha para o Mundial na Rússia?
O que aconteceu com a atual campeã do mundo nesses últimos 4 anos?
Após a conquista de um campeonato mundial, é normal que a seleção campeã entre em uma ” ressaca ”. Com a Alemanha não foi diferente, o período pós copa foi bastante sombrio e a equipe conseguiu até uma marca negativa histórica. Nas 4 primeiras partidas após a conquista do Mundial, repetiu a final do mundial, em Düsseldorf, e foi atropelada pela Argentina: 4 a 2 – e com atuação de gala de Ángel Di María, que não participou da decisão no Rio por estar machucado. Nos três jogos pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2016, os alemães sofreram para derrotar a Escócia (2 a 1), em Dortmund; foram derrotados pela primeira vez na história pela Polônia (0 a 2); e amarguraram um empate no apagar das luzes contra a Irlanda, no estádio do Schalke 04.
Os campeões mundiais conquistaram apenas 44% dos pontos disputados. Foi o pior começo da Mannschaft em um torneio qualificatório em toda a sua história. Mesmo com o péssimo início, os alemães se classificaram para a Euro em primeiro do grupo.
Na Euro, a seleção alemã ficou devendo demais, apresentou um futebol bastante burocrático e não conseguiu chegar na grande final. Durante toda a primeira fase, a Alemanha, campeã do mundo, pouco jogou de futebol. Se classificou com facilidade, com sete pontos e duas vitórias e um empate. Mesmo assim, havia a cobrança para que jogasse mais. Contra a Eslováquia nas oitavas de finais, o time finalmente apareceu para jogar na França. A vitória foi tranquila, dominando o jogo do início ao fim. O placar de 3 a 0 foi construído com o seu futebol, bem jogado, e sem nenhum problema. Já nas semi-finais, não deu para os alemães, foram derrotados pela anfitriã França por 2 a 0, apresentou um futebol bem abaixo novamente contra uma seleção mais forte.
A Copa das Confederações serviu como teste para a Alemanha, sem levar nenhuma de suas principais estrelas. Mesmo com um time considerado alternativo, sem as suas principais estrelas, a Alemanha surpreendeu e conquistou o inédito título da Copa das Confederações com destaque para a vitória de 4 a 1 sobre o México na semi-final do torneio.
Nas eliminatórias, Low resolveu fazer uma reformulação em seu elenco e conseguiu resgatar o futebol apresentado na Copa de 2014. Os atuais campeões do mundo terminaram na liderança do Grupo C com 100 % de aproveitamento (10 vitórias em 10 jogos) com 30 pontos ganhos, foi a melhor campanha da seleção alemã na história. Foram 43 gols a favor e apenas 3 contra, um incrível saldo positivo de 39.
Pode não ter sido o ciclo mais brilhante o tempo todo. Ao longo dos últimos quatro anos, surgiram alguns questionamentos sobre a seleção alemã. De fato, o time perdeu força com a aposentadoria de alguns de seus protagonistas – sobretudo, de Philipp Lahm, Miroslav Klose e Bastian Schweinsteiger. Ainda assim, a segurança do trabalho de Joachim Löw é enorme. E, dentro de suas possibilidades, o Nationalelf continua contando com uma das melhores seleções do mundo. Continua vencendo, como seu costume. Já tinha feito grande campanha na Euro 2016. Conquistou a Copa das Confederações com seu segundo quadro. Confirmou a vaga na Copa do Mundo de 2018, resultado de uma trajetória bastante tranquila e imponente nas Eliminatórias. Vai à Rússia esperando o ápice do amadurecimento gradual de seu elenco.