Cerro e Rampla Juniors, o clássico da “Villa” é hoje

Clima pré-clássico é tenso. Luis “Ronco” López, técnico do Rampla Juniors, foi ameaçado de morte

Cerro e Rampla Juniors duelam hoje, às 15h30, no Estádio Luis Tróccoli. A partida válida pela 15ª e última rodada do Apertura 2018. O clássico vive uma tensão acima dos limites, com direito a roubo e ameaça de morte.

O Cerro faz uma boa campanha. Em 7º lugar com 22 pontos, os Villeros estão focados na tabela anual.  No descenso, estão em 4º, com um promedio de 1.471, atrás apenas de Peñarol, Nacional e Defensor Sporting. Em boa fase, os Albicelestes estão invictos há 6 jogos. Na rodada anterior, vitória sobre o Montevideo Wanderers, fora de casa, por 1 a 0. A última derrota foi no dia 24 de março deste ano, na 8ª rodada do Apertura, quando perdeu para o Defensor Sporting por 2 a 1 fora de casa.

Já o Rampla Juniors começou o ano em alta, bem colocado na tabela de descenso, mas fez um péssimo início de campeonato e venceu apenas o Torque, na rodada passada, por 2 a 1. O time está na 14ª posição no Apertura. A campanha ruim fez o Picapiedra cair para a 12ª posição na tabela de rebaixamento, com um promedio de 1.176. O clima dentro do clube não é bom. Às vésperas do clássico, na noite da última sexta-feira, os muros do Estádio Olímpico apareceram pichados, com a frase: “Ronco, la próxima bala es para vos. Los Villeros”. Uma ameaça de morte ao técnico do Rampla, Luis Ronco López. Como se isso não bastasse, as instalações do clube invadidas, e objetos de treino, como bolas, foram integralmente roubados.

Mais polêmicas

Os fatos da noite de sexta-feira aumentaram a apreensão entre os clubes. O presidente do Cerro, Alfredo Jaureguiverry, negou que as ameaças foram realizadas por “torcedores” do Cerro. Já a presidente do Rampla, Isabel Peña, acha que o problema vem de fora do clube. Ela emitiu um comunicado solicitando segurança total para entrar em campo.

Olho neles

O principal destaque do Cerro é Maureen Franco. O goleador do Cerro em 2017 caiu de rendimento este ano, mas é a referência da equipe. Leando Paiva divide com Franco a importância dentro de campo.

No Rampla, o atacante Diego Martiñones marcou 6 gols nesta temporada e é dará muito trabalho aos zagueiros do Cerro.

Duelo de brasileiros

De um lado, o experiente Felipe Klein de 31 anos defende as cores do Cerro. Do outro, o catarinense Igor Paim, de apenas 20 anos, chegou neste ano ao Rampla e é um dos destaques da equipe. Paim fez o gol da única vitória dos Picapiedras no Apertura, no último fim de semana contra o Troque.

Copa Sul-Americana

Cerro e Rampla vivem um bom momento no cenário internacional. Os Albicelestes já participaram de 3 Libertadores, sem grande sucesso e agora disputam pela primeira vez a Sul-Americana após o 5º lugar na tabela anual ano passado.

Opinião

O Cerro é superior dentro e fora de campo. Com muitas dificuldades, uma vitória significa muito para o Rampla. Os jogadores Picapiedras e o técnico Ronco López terão a difícil tarefa de não deixar os acontecimentos extracampo afetar o rendimento da equipe. Será um grande jogo.

Samuel Bonicontro

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