Bahia e Vitória fazem clássico pelo Nordestão
O primeiro Bavi do ano será pela Copa do Nordeste e na Arena Fonte Nova
O Bahia chega para o clássico sem perder para o rival Vitória há 10 jogos. Com torcida única, o Bahia terá o apoio do seu torcedor para ir em busca de mais um triunfo contra o seu rival. No lado rubro-negro, é tentar, na superação, vencer o tricolor
Bahia e Vitória se enfrentam neste domingo (03), na Arena Fonte Nova, em Salvador-BA, pela terceira rodada da Copa do Nordeste. O Tricolor Baiano chega para essa rodada com duas partidas disputadas, sendo um empate com o CRB e uma vitória diante do Santa Cruz.
Já o Leão vem de dois empates, sendo ambos disputados com o time sub-23. Com esses dois resultados, o Vitória vai com obrigação de conquistar bons resultados diante do Bahia e do Ceará. O Rubro-Negro é apenas o quarto colocado do grupo, e pode até se complica nessas duas partidas.
Além de tudo isso, o Bavi retrata o momento que as equipes vivem. Em quanto o Bahia, bem financeiramente, foi ao mercado formar um bom elenco, o Vitória vive graves problemas financeiros e políticos, com isso foi ao mercado de forma mais tímida.
O clássico também conta com jogadores que tiveram passagens por ambas equipes: Nino, Flávio, Rogério já tiveram passagens pelo Vitória. Do lado do Leão, Thales já teve uma passagem bem ruim pelo Bahia em 2015.
O Tricolor de Aço manteve uma base para temporada. Do time do ano passado, apenas Moisés, Rogério, Artur e Guilherme entraram na equipe titular esse ano. A base foi mantida no time titular e no elenco. Nomes como de: Nilton, Élber, Paulinho, Clayton, Anderson e outros continuaram na boa temporada tricolor de 2018.
O Vitória precisou abrir mão de alguns jogadores por causa do teto salarial. Neílton e Willian Farias foram alguns dos casos desse problema. O time titular contra com muitas caras novas. Do ano passado, apenas Yago, Ronaldo, Jefferson e Léo Ceará se mantiveram no time titular.
Enderson Moreira alertou que Fernandão ainda não pode atuar um tempo inteiro, mas que pode ser relacionado
Principal contratação da temporada, o atacante Fernandão não atua desde o dia 20/12/2018. Com esse período ausente dos gramados, o técnico Enderson Moreira não sente o atleta pronto para atuar nesse Bavi, mesmo com muitas expectativa da torcida tricolor.
“Em relação ao Fernandão, a gente está avaliando bem. Fernandão hoje não tem condições de poder participar de um jogo completo. A verdade é que Fernandão talvez tenha sido o atleta que se apresentou com maior período de inatividade de treinamentos. Talvez a gente tenha hoje o menor tempo de preparação de qualquer outro atleta que temos aqui. Se por um acaso, e acho muito difícil, que ele possa estar à disposição, é por um período muito curto. Não adianta gritar o nome dele no intervalo. Ele não vai jogar. Se entrar faltando 30 minutos, vai sentir muito. Seria uma situação especial, talvez os 15 minutos finais, eu acho que não é o ideal. Risco de ter algum tipo de problema é maior. Ele está ciente dessas dificuldades, se conhece bem, está ansioso para participar da equipe, de jogar, todo jogador tem essa vontade, ainda mais um jogo especial como esse, mas ele tem consciência daquilo que pode fazer. Não adianta entrar sem ter as melhores condições e estar distante do Fernandão que a gente conhece, do Fernandão que a gente quer para a temporada”, disse o treinador do Tricolor.
Sobre o favoritismo no clássico, o comandante disse que não há favorito, e lembrou que sempre bate nesse tecla.
“É o tipo de coisa que a gente responde sempre. Não existe favoritismo em clássico. A equipe deles ainda não perdeu, está invicta. Tem um grande treinador, tenho o maior respeito por ele. Mescla jogadores jovens com experientes. Estão reformulando o elenco. Mudaram muito. Quando você percebe que está em caminho equivocado, é oportunidade de ir para um caminho contrário. Acho que estão fazendo isso. Não existe de forma alguma [favoritismo]. Estamos com um time novo também. A base foi mantida, mas temos muitos jogadores novos chegando. Não existe. Não é porque estou falando que é politicamente correto. É que realmente não existe. É um jogo especial. Tem vários confrontos que a equipe estava bem, a outra não estava tão bem assim. Foi assim no meu primeiro Ba-Vi ano passado. Tínhamos acabado de empatar com a Chapecoense, eles estavam na nossa frente no campeonato, tiveram a semana inteira para trabalhar, a gente foi para o Rio, jogou na segunda-feira, quinta-feira em Chapecó, chegamos para a concentração, jogadores arrebentados, e o placar foi favorável para a gente. Não existe regra, não tem isso. O que existe é um jogo extremamente importante, em que temos que ter inteligência, muita concentração”, afirmou.
Sobre o seu oponente, o técnico tricolor sabe muito bem como Marcelo Chamusca trabalha e que tem o maior respeito pelo seu adversário e diz não acreditar em “nó tático”.
“A gente tem um conhecimento bom. Não acredito nessa questão de “nó tático”. Tem momentos que a equipe pode ter superioridade em cima de alguns conceitos, algumas ideias. Enfrentei Marcelo algumas vezes. Sei basicamente o que ele pensa de futebol. Ele monta equipes difíceis de ser batidas. A gente tem uma ideia, eles tiveram um tempo maior de preparação. Estreamos dia 16 com nosso time principal, eles demoraram um pouco mais, fizeram uma pré-temporada melhor em termos de tempo. Se prepararam mais. Nós já fomos para a atividade. Eles conseguiram com esses dois jogos com o sub-23, fazer uma preparação melhor. Eles têm u calendário mais enxuto, não tem Sul-Americana, a gente já tem na próxima semana. Algumas coisas são positivas do lado deles, e temos que avaliar. A gente já tem algumas informações, mas o que vai acontecer é muito difícil. Tem que estar atento para fazer um encaixe no início da partida”, concluiu.
Acostumados vencer muitos Bavi´s nesse século, o Vitória vive seu pior momento diante do Bahia. A última vitória do Rubro-Negro foi em abril de 2017. De lá pra cá, o Vitória disputou dez clássicos contra o Tricolor e não venceu nenhum.
Diante dessa situação, o meia Ruy diz que tabu foram feitos para serem quebrados.
“Os tabus foram feitos para serem quebrados. A gente vai encarar como o jogo mais importante da nossa vida, nos empenhando ao máximo. Ele [Marcelo Chamusca] está trabalhando muito sério para essa semana, é um treinador vencedor. Espero que aqui em Salvador consiga esse feito de quebrar o tabu. Mas não estamos pensando nisso, mas em entrar dentro de campo sério e conquistar o resultado positivo”, afirmou o meia.
“Acho que clássico não existe favorito. Lógico que o Bahia vem de uma manutenção de elenco, mas quando apita início de partida é Vitória contra Bahia, clássico muito grande. A gente fazendo um bom jogo, respeitando o máximo a camisa do Bahia, tem grandes condições de fazer um bom resultado. Não tem um favorito”, completou.