Agradecimento aos “GABRIEL” da minha vida

 Agradecimento aos “GABRIEL” da minha vida

Um dia depois de ver, pela segunda vez, meu time ganhar a Libertadores, me vi obrigado a agradecer por toda minha construção como rubro-negro

 

Um rubro-negro que chora em todas as conquistas. Um rubro-negro que chora por todas as derrotas. Um rubro-negro que passou a sua infância traumatizado com a Libertadores. Um rubro-negro que tem como suas primeiras memórias como torcedor eliminações vexatórias na maior competição do continente. Um rubro-negro que tem orgulho que cada momento que passou ao lado de seu time. Um rubro-negro que coloca o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO como sua prioridade em momentos-chave de sua vida.

E, por obra do destino, esse traço tão importante em minha vida foi construído em cima do nome “GABRIEL”. Sem o nome GABRIEL talvez não torcesse pelo Flamengo. Sem o nome GABRIEL talvez não existisse o Matheus Bastos GABRIEL que aqui escreve. Sem o nome GABRIEL lágrimas de felicidade e tristeza não seriam derramadas com certa constância. Sem o nome GABRIEL os 4 anos mais impensáveis da minha vida não teriam acontecido.

O nome GABRIEL sintetiza minha família, meus maiores ídolos, meus sonhos, meu amor, meu futuro e, sobretudo, minha origem como ser humano e torcedor do CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO.

GABRIEL

Iniciar a minha criação como torcedor do FLAMENGO sem citar GABRIEL seria um erro incomensurável, pois, mesmo que indiretamente, tem origem com o nome GABRIEL. GABRIEL foi o nome de um tio do meu pai, tio este que não tive contato, mas que, a cada dia que se passa, agradeço mais pela existência. GABRIEL foi um dos principais responsáveis por apresentar o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO ao meu pai. 

Meu avô, João GABRIEL Sobrinho, nunca teve uma ligação muito forte com o futebol. Porém, GABRIEL, aproveitando a adolescência de seu sobrinho, Edilson GABRIEL, acontecida nos anos 1980, apresentou o time de Zico a ele. E a ligação foi imediata. A partir das idas ao Maracanã e aos diversos títulos comemorados, o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO se tornou traço de personalidade indissociável de Edilson GABRIEL.

Família GABRIEL

 (Arquivo Pessoal / Família GABRIEL)

O nome GABRIEL não é só nome. É também meu sobrenome. O nome da minha família. O nome da família dos dois homens mais importantes da minha vida: Edilson GABRIEL e Lucas Bastos GABRIEL.

Edilson GABRIEL, nascido no Rio de Janeiro, criado na Vila Cruzeiro, meu espelho, meu norte moral, meu pai. Edilson GABRIEL iniciou a sua vida como torcedor por influência do tio GABRIEL e teve a brilhante atitude de transmitir aos seus filhos o amor pelo CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO e o sobrenome GABRIEL.

Desde muito pequeno, as melhores recordações que tenho com meu pai envolvem o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO. As saídas com ele para assistir aos jogos; as camisas dadas com o passar dos anos; as comemorações de títulos; as idas aos estádios para ver o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO jogando.

Lembro-me de em, diversas ocasiões, meu pai contar a mim sobre as suas idas ao Maracanã quando mais novo, contar sobre o time de Zico, sobre a magia que o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO o transmitia. Todas essas histórias foram fundamentais para entender o que significa torcer por este clube, o que significa defendê-lo, o que significa amá-lo.

Lembro-me da primeira vez que meu pai me levou ao Maracanã. Dia 21 de setembro de 2014. Fla-Flu terminado em 1 a 1. Um jogo da 23º rodada do Campeonato Brasileiro. No momento do gol do CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO, marcado por Eduardo da Silva, tive um dos meus primeiros choros de felicidade proporcionados pelo futebol. O jogo em si talvez não fosse o motivo do meu choro, mas lembrar do meu pai dizendo o que ele viveu naquele estádio nos anos 1980 me fez sentir um pouco daquilo que sempre ouvi.

 (Arquivo Pessoal / Família GABRIEL)

Lucas Bastos GABRIEL, minha inspiração, meu melhor amigo, meu irmão. Diferentemente do meu pai, meu irmão me apresentou o pior e, ao mesmo tempo, o melhor lado do torcedor: o Flamenguismo. Mas, o Flamenguismo no seu sentido de doença. De amor incondicional, do passar mal em dias de jogo, do depender do Flamengo pra levantar da cama.

Se meu pai me apresentou o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO, meu irmão me apresentou a torcida do CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO. Com ele aprendi a torcer. Com ele aprendi que as músicas que cantamos não são nenhum exagero. Quando a torcida canta “Acima de tudo rubro-negro” ou “Eu nasci pra te amar”, não é da boca pra fora.

Meu irmão também cresceu ouvindo as histórias da adolescência do meu pai. Porém, se meu pai aos 11 anos de idade via o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO ser campeão Mundial, meu irmão via a eliminação na Libertadores contra o América do México. E essa construção doída como torcedor o fez ter um anseio ainda maior para viver as conquistas que crescemos ouvindo.

Lembro-me dos vários dias de Fla-Flu, de Libertadores e de importantes decisões em que meu irmão passava mal, tremia durante todo o dia, algo que acontece ainda hoje. Em jogos importantes, assistir cobranças de escanteio e cobranças de pênalti são tarefas completamente impensáveis e, por ser o irmão menor, sempre estive incumbido de assistir por ele e narrar o que acontece.

Sem um Edilson GABRIEL e um Lucas Bastos GABRIEL, certamente, minha paixão pelo futebol e, obviamente, pelo CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO, estaria completamente defasada e um dos meus principais reguladores de emoção apenas não existiria.

Os choros, os abraços longos, as viagens, as experiências que nós 3 vivemos juntos graças ao CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO são, com certa tranquilidade, as lembranças que carrego com mais carinho e apreço. Sem esses dois homens nada faria sentido.

GABRIEL Barbosa Almeida

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Foto: twitter.com/Flamengo/

Hoje, qualquer rubro-negro entende a grandeza e importância de GABRIEL Barbosa para o CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO. GABRIEL Barbosa não é mais apenas um jogador, já é uma das entidades rubro-negras. A energia e a ligação que ele construiu com a torcida mostram que seu lugar na história do clube já está garantida.

Porém, a importância do GABRIEL não se limita apenas ao esporte. Pelo menos para mim.

Por muito tempo não gostei do meu sobrenome. Achava estranho carregar no sobrenome algo que considerava ser um nome. Mas, em 2019, ele conseguiu fazer com que isso mudasse.

No ano de 2019, eu, meu pai e meu irmão fomos à Lima e vivemos a melhor viagem de nossas vidas. Presenciar um título de Libertadores no estádio foi algo mágico, ainda mais da maneira que aconteceu. GABRIEL Barbosa fez com que eu tivesse orgulho do meu sobrenome.

As maiores heranças que meu pai me deixou foi o amor pelo CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO e um sobrenome que representa uma era vitoriosa na história do meu clube. Depois do ocorrido em Lima e em Guayaquil, vejo que o sobrenome GABRIEL foi um presente do destino, que fará com que, na minha família, nunca esqueçamos de GABRIEL Barbosa Almeida.

Se em toda minha vida ouvi as histórias do meu pai sobre o time de Zico. Sobre como o Flamengo era respeitado. Sobre como os times jogavam com medo contra o Flamengo. Sei que, quando tiver meu filho com sobrenome de GABRIEL, vou contar a ele sobre o time de GABRIEL Barbosa e sobre como, em 4 anos, conquistamos 11 títulos, sendo DUAS LIBERTADORES DA AMÉRICA.

OBRIGADO, GABRIEL!

OBRIGADO, EDILSON GABRIEL!

OBRIGADO, LUCAS BASTOS GABRIEL!

OBRIGADO, GABRIEL BARBOSA!

 

*O texto é de opinião exclusiva do autor

Foto: (Arquivo Pessoal / Família GABRIEL)

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Matheus Bastos Gabriel

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