Retrospectiva América-MG 2015 – Acredita, Coelho!
América-MG supera dificuldades e oscilações na temporada e está garantido na Série A do Campeonato Brasileiro em 2016, confira como foi o ano do Coelho
No começo da temporada o América-MG estava confiante e tinha em mente o objetivo de conseguir o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Depois daquele episódio vergonhoso de perder 21 pontos pela escalação irregular do lateral Eduardo em quatro partidas. Mais no decorrer da temporada, a equipe alviverde teve altos e baixos, mas no final conseguiu conquistar o seu objetivo.
CAMPEONATO MINEIRO E COPA DO BRASIL
No Campeonato Mineiro, o América-MG veio animado no módulo 1 da competição, venceu o Tupi,U.R.T ,Mamoré e até mesmo o Atlético Mineiro, mas o coelho enfrentou uma maré de azar e foi desclassificado tanto no Mineiro quanto na Copa do Brasil, onde foi eliminado pelo Ceará na segunda fase, assim deixando os torcedores desconfiados.
CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B
A América-MG começou a competição desacreditada sob a desconfiança da torcida Americana. Estreou com empate e derrota na Série B. Como já havia saído fora da Copa do Brasil, circulava o boato de que Givanildo já estava com a corda no pescoço.
A América começou uma reação quando goleou o Santa Cruz por 4 a 1, na terceira rodada, dando início a uma alavancada na tabela com oito vitórias consecutivas no Independência para abafar as críticas e conduzir a equipe ao topo da tabela.Apesar de desperdiçar pontos fora de casa, contando com uma série de erros de arbitragem, o bom desempenho no Horto, pouco a pouco, começava a sustentar os números da campanha.
Em seus domínios o América-MG permaneceu invicto até a última rodada do primeiro turno, quando enfrentou o Botafogo em um duelo que valia a vice-liderança. Naquele momento, o clube também era o melhor mandante das Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, com aproveitamento de 92,6% dos pontos. Mas o Coelho perdeu essa partida de virada por 2 a 1.
E, após a derrota, novamente oscilou no Campeonato, chegando a acumular três derrotas seguidas em casa, e tropeçar na seqüência para Luverdense e Bragantino. No entanto, desde essa seqüência negativa, o time registrou 100% de aproveitamento no Horto, com cinco vitórias consecutivas em casa desde então.
DIVISOR DE ÁGUAS NA COMPETIÇÃO
Os mais pessimistas disparavam para todos os lados, pediam a cabeça do técnico, diretoria, deste ou daquele jogador… A verdade é que, naquele momento, a opinião da maioria era de que o time iria despencar no Campeonato. Os poucos otimistas se apegavam a números e estatísticas positivas, à liderança de Givanildo e ao tradicional poder de superação do América, para confirmar que a equipe ainda preservava suas chances de reação. E foi nesse clima de tudo ou nada que a América viajou ao Maranhão para enfrentar o Sampaio Corrêa, então melhor mandante da competição e único time que ainda não havia sido derrotado em seus domínios, em um confronto direto pelo acesso logo no dia do aniversário da cidade de São Luís. Novamente, o identificado Givanildo Oliveira estava na berlinda e precisava da vitória para recuperar estabilidade no cargo. Com show de Richarlison, a América venceu,colou nos líderes e recuperaria sua vaga na zona de acesso na rodada seguinte, ao despachar o Náutico na Independência. Um jogo que foi um verdadeiro divisor de águas para o América na competição. A partir dessa vitória contra o time de Recife, já na 25ª rodada, o América deslanchou de vez e simplesmente não perdeu mais no Independência até o fim da competição, com seis vitórias consecutivas e um empate, além de outros resultados importantes fora de casa. O grande momento que confirmou a arrancada americana rumo a elite foi a seqüência contra 5 equipes na parte de baixo da tabela, quando o Mecão conseguiu 12 pontos em 15 disputados contra times ameaçados pelo rebaixamento. Na seqüência, o América voltou a brilhar nos confrontos diretos contra Vitória (4×0) e Paysandu (3×1) para encaminhar sua vaga na Primeira Divisão e praticamente sacramentar o acesso.
O COELHÃO VOLTOU!
Os deuses do futebol capricharam no roteiro desta incrível campanha, que assumiu contornos épicos desde as primeiras rodadas. O destino já estava traçado, mas não podia faltar emoção. Entre altos e baixos, um acesso épico para levantar o astral de uma torcida apaixonada e que merecia muito mais do que a frustração do ano anterior. Enfim… Não faltou drama, não faltou emoção, como manda o figurino da tradição mineiro-americana, marcada pelo sofrimento, mas também pela superação. Após quatro anos na Segunda Divisão, os mineiros arrancaram um empate com o Ceará, no Horto, que selou a subida para Série A.