Restrospectiva Flamengo 2016: O cheirinho da ilusão

O ano de 2016 do rubro-negro carioca foi marcado por suscetíveis e amargas eliminações, além de um cheirinho que não se concretizou

Marcada pela empolgação da grande nação, a temporada deixou aprendizados para as próximas disputas, e mais um ano sem o tão esperado título para consagrar a gestão Bandeira de Melo.

Expectativa Inicial

Após mais um ano sem ir à Libertadores, o mais querido iniciou o ano de 2016 trazendo ao comando da equipe, o vitorioso técnico, Muricy Ramalho. Como peça inicial do projeto rubro-negro de sucesso para 2016, Muricy, junto com alguns atletas formaram um grupo para disputar Campeonato Carioca, Primeira Liga, Copa do Brasil e Brasileirão.
Depositando confiança na experiência de Muricy Ramalho, a temporada do clube da Gávea foi traçada, dando esperanças aos flamenguistas, para a conquista de grandes títulos.
Após uma primeira etapa de gestão em que priorizou as finanças do Flamengo, o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Melo, começou a fortalecer a equipe dentro de campo, contando com o histórico vitorioso de Muricy para trazer títulos à Gávea.

Campeonato Carioca

 

Abrindo a temporada, sob o comando de Muricy, o Flamengo ia em buscado 34º título estadual. Na primeira fase do torneio, a equipe da Gávea, ocupou o grupo B, que continha 8 clubes no total, ao lado do Botafogo como representante dos quatros clubes de mais expressão no estado.
Na campanha inicial, o Flamengo classificou-se para a segunda fase sem dificuldades, com apenas um empate e uma derrota em oito jogos, perdendo apenas para o clube da estrela solitária, que se classificou em primeiro no grupo, com apenas um empate em oito jogos.
Na segunda etapa do torneio, a equipe comandada por Muricy Ramalho, fez uma trajetória oscilante, garantindo a classificação apenas na última rodada, ficando em quatro lugar, indo para a disputa da semifinal, em jogo único, contra o rival alvinegro e campeão da taça Guanabara, Vasco da Gama.
Em Brasília, o Flamengo sofria sua primeira eliminação do ano, perante o Vasco por 2 a 0, com uma fraca atuação e mais uma vez, com falhas decisivas de seu sistema defensivo. O Flamengo ficava assim, mais um ano fora da final do Campeonato Carioca.

Poupou, caiu

Com mais uma competição no calendário do ano, o mais querido entrou na disputa da Primeira Liga, torneio formado por equipes do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O torneio era disputado em paralelo ao campeonato estadual, e marcou um início de ano com muitas viagens para o rubro-negro carioca.
No grupo C do campeonato, o Flamengo teve um bom aproveitamento na primeira fase, empatando apenas uma partida das três disputadas, classificando em primeiro lugar no grupo.
Na semifinal, a equipe carioca, enfrentou o Atlético PR e poupando a equipe titular, perdeu por 1 a 0, ficando de fora da disputa pelo título, amargando mais uma eliminação, logo no início da temporada.
A relação dos rubro-negros com o técnico Muricy Ramalho começou a ser abalado com a decisão contestada por muitos, em poupar o time titular da disputa da semifinal, que ocasionou a ausência do Flamengo na grande decisão do título.

Faltou confiança e sobrou Fortaleza

A equipe carioca iniciou a busca pelo tetra campeonato da competição frente ao Confiança, e ao viajar à Sergipe para confrontar a equipe nordestina, o Flamengo foi surpreendido, e em um jogo marcado pela boa marcação da equipe do Confiança, e de muitos impedimentos dos rubro-negros, os visitantes saíram derrotados por 1 a 0, pela modesta equipe do Confiança.
No segundo jogo, já sob o comando de Zé Ricardo, ainda como interino, que assumiu o comando da equipe após a saída de Muricy Ramalho por problemas de saúde, precisando vencer para se classificar para a segunda rodada, jogando em Cariacica, o Flamengo impôs sua superioridade e goleou por 3 a 0 a equipe sergipana.
A segunda rodada, os comandados tiveram pela frente a equipe do Fortaleza. Jogando no Castelão, os donos da casa fizeram um placar de 2 a 1 sob o Flamengo. Tendo que vencer para poder classificar-se para a próxima fase do torneio, o clube da Gávea tinha que vencer os visitantes cearenses.
Em um jogo surpreendente, o tricolor cearense não sentiu a pressão do reduto do adversário, e repetiram o placar do primeiro jogo no Ceará, e eliminaram o Flamengo da Copa do Brasil, a primeira de Zé como técnico da equipe principal.

Eliminação internacional

Com as amargas eliminações nas competições nacionais, o rubro-negro carioca entrou na disputa agora pela taça continental. Na Sula, o Flamengo estreou perante o Figueirense, clube de Santa Catarina, em um primeiro jogo surpreendente no Orlando Scarpelli, o alvinegro catarinense aplicou um placar de 4 a 2 no clube carioca, os dois gols fora de casa deram a esperança para o segundo jogo aos flamenguistas perante a derrota sofrida.
Levado para Cariacica, a decisão do jogo entre Flamengo e Figueirense marcou um jogo de superação rubro-negra, que fez o placar de 3 a 1, que com os gols marcados fora de casa, garantiram a classificação do mais querido.
Nas oitavas, o clube da Gávea enfrentou o clube chileno do Palestino, em um jogo apático, conseguiu marcar um gol e levou o placar favorável de 1 a 0 para Cariacica. Mais uma vez surpreendido dentro de casa, o Flamengo levou dois gols dos visitantes, ainda conseguiu balançar a rede dos adversários uma vez, encerrando a partida em 2 a 1, o que carimbou mais uma eliminação no ano rubro-negro.

Cheirinho de Hepta

Na maior competição nacional, o Flamengo iniciou a disputa pelo hepta com esperanças de título, fortalecidos pela presença de Muricy e sua ideologia vitoriosa. Mas, por uma fatalidade, o técnico que iniciou a montagem do elenco e o ano vermelho e preto, encerrou seu comando na equipe precocemente.
Com problemas de saúde, Muricy teve que se afastar de suas funções como treinador, e no Brasileirão comandou o Flamengo em apenas três partidas, onde teve uma vitória, um empate e uma derrota.
Com a deixa de Muricy, o técnico das categorias de base do mais querido, Zé Ricardo, foi colocado como interino na equipe principal, no início ensaiou-se uma breve passagem de Zé no comando rubro-negro, mas que com o passar das rodadas, e com os resultados e futebol que os comandados tiveram na competição, o até então interino foi efetivado pela presidência em uma aclamação da arquibancada.
A saída do consagrado Muricy Ramalho, culminou com a ascendência de uma prata da casa, do melhor jeito rubro-negro, o Flamengo voltava a ser comandado por alguém que conhecia e vivia desde muito tempo a emoção da maior nação do Brasil.
Com o comando reestabelecido, o Flamengo tratou de resolver umas das maiores dores de cabeça do início da temporada, a zaga. Antes formada pelos contestados, Cesar Martins e Wallace, a nova dupla de zaga rubro-negra ganhou novas caras.
Reserva no Internacional, Réver chegou e conquistou a titularidade, aproveitando a ausência de Juan, de São Januário, chegou Rafael Vaz, e mesmo com receios da torcida, acabaram formando a dupla de zaga flamenguista e ganhando o respeito dos adversários, a contestada defesa do Flamengo encerrou a competição como a segunda menos vazada do torneio.
Com Zé Ricardo, o Flamengo passou a conquistar importantes pontos, durante a trajetória da competição, veio uma peça importante para compor o elenco. O meia, Diego Ribas, chegou ao mais querido com festa, recepcionado com uma bela festa no Aeroporto, o camisa 35 correspondendo dentro de campo as expectativas rubro-negras e ajudou o Flamengo na briga pelo título.
Com um elenco fortalecido e apoiado pela grande nação vermelha e preta, o Flamengo fez sua trajetória com muita emoção. Com um primeiro turno animador, e um segundo oscilante, rubro-negros viviam a expectativa do hepta campeonato.
Chegando a ficar há apenas um ponto de diferença do líder, Palmeiras, faltou sequência nas últimas partidas para levar o clube à grande redenção do ano, o título do Brasileirão. A soma final dos comandados de Zé Ricardo, foi a melhor campanha do Flamengo no Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos.
Com 71 pontos, o mais querido terminou o torneio na 03º colocação, garantindo a zaga direta para a Copa Libertadores da América 2017, competição a qual não disputava desde 2014.

Milenna Paulino

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