Martin Silva se revolta com erro: “Quem faz gol de mão vai ganhar o título”

Goleiro vascaíno não se conforma com atitude de Jô e com erro de arbitragem no duelo contra o Corinthians

O gol de braço do atacante Jô, que decretou a vitória do Corinthians sobre o Vasco, por 1×0, neste domingo(17), não agradou nem um pouco o elenco cruzmaltino. Um dos mais exaltados é o goleiro Martin Silva. O mais próximo no lance do gol, Silva chegou a reclamar com o árbitro de linha de fundo, sem sucesso. Em entrevista na zona mista do Itaquerão, o uruguaio disparou contra a arbitragem e contra o atacante Jô.

Martin Silva demonstrou insatisfação com o gol irregular de Jô (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)

– Quem tem fair play, briga para não cair. Quem faz gol de mão vai ganhar o título. Assim funciona no Brasil. Não existe alguém tocar na bola com qualquer parte do corpo e não sentir. O cara (árbitro de linha de fundo) não pode falar que não vê. Não quis marcar a mão. Teve medo de anular um gol no campo do Corinthians? Não posso acreditar que um cara não sabe que põe a mão na bola. Pode até ser, mas para mim ele tem vergonha de admitir – afirmou o goleiro Martin Silva.

Quem também demonstrou revolta com o erro da arbitragem foi o vice-presidente de futebol do Vasco, Eurico Brandão. Em coletiva, após o fim do jogo, Euriquinho criticou arduamente a atuação dos árbitros na partida contra o Corinthians. O filho do presidente Eurico Miranda também disparou contra a Federação Paulista de Futebol.

– Esse é o exemplo que o Brasil passa e que o futebol está passando. É simples. É a federação local trabalhando contra o futebol. É o jogador que faz o gol de mão. Entrega logo a taça. Para que disputar? Competir? Passar a semana trabalhando para acontecer isso? É justo? – disse Euriquinho.

Euriquinho ainda se envolveu em outra polêmica. De acordo com a súmula do árbitro da partida, Elmo Resende Cunha, o vice-presidente de futebol do Vasco e outro integrante da diretoria teriam tentando entrar no campo, antes do fim da partida. O ofício relata, também, uma confusão entre os dois diretores e os seguranças do Corinthians.

Jô se defende

Jô afirmou que não sentiu a bola tocando no braço dele no momento do gol (Foto: Reprodução)

Em entrevistas na saída de campo, Jô fez questão de dizer que não sentiu a bola tocar no braço. “Eu me joguei na bola, não deu para ver. Não sei se a bola ia entrar, eu me joguei, agora não sei onde bateu. Se vocês (jornalistas) pararam, tiveram que analisar, o juiz não tem tempo para isso. Se eu tivesse convicção (do toque de braço), eu ia falar. Eu me joguei! Tanto que fui parar dentro gol. Então não tinha como falar. Eu me joguei. Aí, o árbitro vai interpretar se foi mão ou não. Ele deu o gol, então não foi”, disse o atacante.

Na zona mista, Jô continuou afirmando que não sentiu a bola tocando no braço. “Eu não tive a convicção de que a bola bateu na minha mão ou não. Se eu tivesse, com certeza, eu iria falar. Por que, hoje, eu sou um homem honesto, um homem de Deus. Então, eu não teria porquê trapacear para ganhar”, afirmou o corintiano.

Não é a primeira vez que Jô é protagonista de um lance polêmico. Em abril deste ano, o atacante corintiano foi protagonista de um lance polêmico, na semifinal do Campeonato Paulista contra o São Paulo. Numa dividida com o goleiro Renan Ribeiro, o árbitro deu falta de Jô no jogador são paulino. O atacante recebeu um cartão amarelo, que o tiraria do jogo de volta. O zagueiro Rodrigo Caio, que tocou em Renan no lance, admitiu que não houve falta de Jô e o cartão do atacante foi anulado.

 

Pedro Chagas

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