Loserville: Bahia, o estado do rebaixamento triplo e fracassos gerais
Bahia, o estado mais derrotado no ano de 2021
O ano de 2021 foi um ano lamentável para os times da Bahia, com rebaixamento nas três principais divisões do país. Além disso, campanhas horrorosas na Série D e um ano que quase tudo deu errado para os federados da FBF.
Mas o ano até começou positivo. O Bahia conseguiu ser campeão da Copa do Nordeste após vencer Fortaleza e Ceará em sequência. Além disso, três times do estado chegaram as oitavas de finais da Copa do Brasil, no entanto, todos os três foram eliminados nessa fase. Daí em diante, a Bahia virou o “Loserville” que é uma palavra usada para caracterizar uma cidade ou estado fracassada no mundo dos Esportes.
Série D foi decepcionante, três eliminados bem antes das fases decisivas
A Série D teve três times baianos. Bahia de Feira, Atlético de Alagoinhas e Juazeirense estavam na competição. A situação foi bem triste, 2 times eliminados na primeira fase. Bahia de Feira e Atlético foram eliminados logo na primeira fase, 5º e 6º de um grupo regionalizado de oito times. A Juazeirense foi a líder do grupo, mas foi eliminada logo na segunda fase da Série D para o Atlético Cearense.
Havia muita expectativa sobre o atual campeão baiano Atlético de Alagoinhas e sobre a Juazeirense. Principalmente pelo segundo, pela ótima campanha na Copa do Brasil, mas os times baianos mostram ainda a incapacidade de montar times competitivos para a quarta divisão.
Jacuipense, rei dos empates, rebaixada
A Jacuipense chegou para seu segundo ano consecutivo na Série C com expectativa de acesso que virou rebaixamento. Uma campanha pífia, jogando em Salvador e não em Riachão do Jacuípe que terminou com 3 vitórias, 9 empates e 6 derrotas, ficando em 9º num grupo de 10 times, sendo rebaixado para a Série D. São questionáveis as escolhas da Jacuipense de tirar o time de Riachão de Jacuípe por conta de custos logísticos e gramado, no entanto, o trabalho feito pela direção fracassou ao não conseguir se desprender de Jonilson Veloso.
Vitória, o rei dos fracassos
Talvez, a pior agremiação dentre os times das três primeiras divisões tenha sido o Vitória. Fracassou em tudo que disputou no ano. Foi rebaixado na Série B, sendo derrotado no último jogo. Terminou em 5º no Campeonato Baiano, parou nas quartas da Copa do Nordeste de 2021, e foi eliminada na fase pré-Copa do Nordeste. O rebaixamento aliado ao afastamento do presidente Paulo Carneiro e a volta a Série C após 16 anos. Além disso, a equipe está pela FIFA e será impedida de contratar em 2022, dias duros no lado rubro-negro da capital.
Bahia, do luxo ao lixo
O ano começou bem para o Bahia, título da Copa do Nordeste e tal. Mas no restante só fracassos. A tirar pela horrorosa campanha na primeira fase da Copa Sul-americana, ficando em terceiro no grupo com Indepediente-ARG e Montevideo City-URU, só ficou a frente do Guabirá da Bolivia. Além disso, foi eliminado pelo Bahia de Feira nas semifinais do Campeonato Baiano. Caiu para o Atlético Mineiro nas oitavas de finais da Copa do Brasil e o pior de tudo, rebaixado para a Série B de 2022. O time fez escolhas péssimas nas contratações, na gestão de treinadores e extra-campo. O Bahia que caminhava antes da gestão Bellintani para o crescimento da liquidez, agora tem uma bola de neve nas finanças, que fica até sem pagar os funcionários e uma queda para a Série B para administrar.
Nenhum classificado na fase preliminar da Copa do Nordeste 2022
Olha, o estado terá apenas dois representantes na Copa do Nordeste 2022, isso porquê, seus 4 times da fase preliminar foram incompetentes. Bahia de Feira, Juazeirense, Jacuipense e Vitória não conseguiram avançar para a fase principal. O Tremendão caiu para o Itabaiana na primeira fase, o Juazeirense foi derrotado pelo Ferroviário por 4 a 0 na segunda fase. Jacuipense tomou uma “lapiada” por 4 a 2 para o ABC, Vitória foi derrotado nos pênaltis na terceira fase para o Botafogo da Paraíba.
Culpa de quem?
Os times baianos vêm de gestões temerárias e incapazes de fazer um bom trabalho com os recursos que tem. O estado mais rico do nordeste, vê apenas 2 times entre Série B e Série C e fracassos constantes, mas não é apenas culpa de gestão interna. A Federação Baiana de Futebol que até outro dia era comandada por Ednaldo Rodrigues, reduziu o número de participantes do Campeonato Estadual matando diversas equipes, como Ypiranga, Galícia, Colo-Colo, Botafogo, equipes que já foram campeãs estaduais.
Mais do que isso, ela vem cada vez mais desvalorizando seu produto ao lado da dupla BAVI que está com nenhuma vontade de fazer o produto da Federação Baiana de Futebol crescer e melhorar, eles lutam pela redução de participantes e competição enxutas que não ajudam ninguém. Existe um plano da nova gestão da FBF, agora já sem Ednaldo Rodrigues (diretamente falando) de reestabelecer equipe, tendo várias equipes ativas pensando em jogar a Série B estadual, mas as condições do estado não mostram uma expectativa de melhora.
Fora o futebol, o estado da Bahia não fornece equipes em outros esportes
Mas não há problema somente na FBF, outras federações não são capazes de levar o estado a atenção nos esportes olímpicos, se formos observar as ligas de basquete, vôlei, futsal e handebol, não temos nenhuma equipe nos campeonatos nacionais. A última vez que um time do estado disputou um torneio nacional de um esporte olímpico, foi quando o Universo se juntou ao Vitória para jogar o NBB. O estado não recebeu nenhum torneio de nível challenger ou future de tênis em 2021, se contentando a Bahia Juniors Cup. A Stock Car saiu da Bahia para nunca mais voltar e não há expectativa de melhora.
Mas fiquemos com os méritos dos baianos nas Olímpiadas, Beatriz Ferreira, Hebert Conceição, Ana Marcela Cunha e Isaquias Queiroz que em sua maioria precisaram de equipes de fora do estado para poderem evoluir em seus esportes. Aonde iremos parar? A Bahia é o Loserville do Brasil.