No ano de 1990, nada dos considerados “grandes” na decisão. Bragantino e Novorizontino fizeram a final caipira no Paulistão
O Campeonato Paulista de 1990 foi marcado por muitas situações, desde um regulamento estranho, até uma final caipira, colocando frente à frente Bragantino, do treinador Vanderlei Luxemburgo, e o Novorizontino, comandado por Nelsinho Baptista.
As campanhas
Integrando o grupo I, o considerado o mais forte por contar com as equipes da elite, Bragantino e Novorizontino foram bem e ambos conseguiram a classificação. O Massa Bruta ficou na terceira posição com 28 pontos, já o time de Novo Horizonte avançou em sétimo com 25.
Na fase seguinte, as 14 equipes foram dividias em dois grupos, o preto, na qual tinha Bragantino, Corinthians, Santos, Botafogo, Ituano, Mogi Mirim e XV de Jaú; e o grupo vermelho, com Novorizontino, Palmeiras, Guarani, Portuguesa, América, XV de Piracicaba e Ferroviária.
Com 7 vitórias, 4 empates e apenas 1 derrota, o Bragantino somou 18 pontos e avançou para a grande final. No outro grupo, o Novorizontino avançou com 16 pontos, sendo 5 vitórias, 6 empates e 1 derrota.
A final
O primeiro jogo da decisão foi em Novo Horizonte, no Estádio Jorge Ismael de Biasi, com um público de 15 mil pessoas no dia 22 de agosto.
Aos 41 minutos do primeiro tempo, Édson abriu o placar para os donos da casa, que foram para o intervalo em vantagem. Porém, no segundo tempo, Gil Baiano deixou tudo igual aos 23 minutos e a decisão foi para Bragança Paulista.
No segundo e decisivo jogo, no dia 26 de agosto, no Estádio Marcelo Stéfani. O Bragantino foi à campo com: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro-Biro; Ivair, Mauro Silva, Tiba e Robert; Mário e João Santos. No decorrer do jogo o treinador Vanderlei Luxemburgo colocou em campo Franklin e Sílvio.
Já o Novorizontino de Nelsinho Baptista estava escalado com: Marcelo; Odair, Fernando, Márcio Santos e Luís Carlos; Marcão, Tiãozinho e Édson; Roberto Cearense, Barbosa e Róbson. Durante o jogo entraram Edmilson e Flávio.
Com a bola rolando, gols apenas no segundo tempo. Fernando abriu o placar para o Novorizontino aos 21 minutos, mas Tiba deixou tudo igual 5 minutos depois. Com mais um empate por 1 a 1, o regulamento previa a prorrogação, com a vantagem de um novo empate para o Bragantino pela melhor campanha. E assim foi, com o apito final de José Aparecido de Oliveira, o Bragantino venceu a final caipira e conquistou o seu 1º título de Campeonato Paulista.