Em entrevista, Brant dispara contra Campello: “Eu sou a tradição. Ele, a traição. Vai ter que dormir com isso”
Em entrevista ao portal UOL, o candidato à presidência do Vasco ‘não poupou a língua’ falando sobre as eleições do clube
Em entrevista ao UOL, o candidato derrotado nas eleições do Vasco, Júlio Brant, falou pela primeira vez após a eleição a sua visão sobre o que aconteceu na sede náutica da Lagoa.
Brant chamou Alexandre Campello, atual presidente do Vasco, de traidor, desabafou e deixou claro que não vai desistir de se tornar presidente do clube. Além disso, falou sobre suas ideias que iria implantar caso tivesse ganhado a eleição.
Confira trechos da entrevista de Brant ao portal UOL.
“É impossível conviver com traidor. É uma falha de caráter inaceitável de um homem. Eu sou a tradição. Ele (Alexandre Campello), a traição. Vai ter que dormir com isso. E ficar por aí tentando explicar o que não consegue”, declarou Brant.
“Primeiro um processo que não é legítimo do ponto de vista do desejo do vascaíno. Isso está claro e retratado nas ruas. Estavam claramente entristecidos com o processo eleitoral do clube. Isso por si só já é suficiente para mostrar que a nossa torcida foi desrespeitada, independentemente da política pequena que houve. O desejo do sócio, que representava milhões de vascaínos, foi desrespeitado. E o resultado disso foi retratado no Maracanã [clássico contra o Flamengo]. Uma torcida pequena, desanimada, humilhada com gritos de “Fica Eurico” pela torcida rival. O retrato que vimos ali foi de humilhação por um processo eleitoral e político que não deu o resultado esperado. O esporte esperava”, afirmou.
Sobre a parceira do Cruzmaltino com o empresário Carlos Leite, Brant foi cirúrgico ao falar que não tem nada contra Carlos, mas sim contra o monopólio que existe.
“A predominância que toma conta do Vasco [Carlos Leite] é a mais óbvia, né? Você vê pela reação ali que continua o modelo. Não sou contra o empresário nem tive nada contra o Carlos Leite. Nunca falei nada contrário a ele. Agora, o que acho errado é que o clube seja franqueado por apenas um deles. Devemos abrir o clube para que outros empresários também possam trazer bons negócios ao Vasco. O mercado está aí e não posso lutar contra ele. Por entender o mercado bem, entendo que é uma decisão errada franquear o clube a um empresário. A principal marca dessa união é a presença do empresário de forma predominante dentro do clube. Além disso, o Eurico está lá presente. As pegadas dele estão no conselho fiscal do Campello. Os responsáveis por fiscalizar as contas do clube são todas pessoas ligadas ao Eurico”, finalizou.
Além disso, o candidato a presidência também revelou os bastidores da conversa que teve com o camaronês Samuel Eto’o.
“A reunião com o Eto’o foi tudo na base da amizade. Meu voo tinha uma escala em Paris de uma reunião profissional que tinha na Europa. Aproveitei para falar com pessoas que conhecia e calhou do Eto’o estar no mesmo lugar, no mesmo dia. Marcamos um jantar para trocar ideia. Apresentei o Vasco para ele, a situação e conversamos. Ele gostou da ideia. Ele é conhecido e tirou várias fotografias. Alguém viu e deu a nota. Nós não anunciamos e nem tínhamos o interesse naquele momento. A receptividade foi boa, diga-se de passagem. Ninguém estava sabendo disso e o Campello quer usar esse fato para justificar o injustificável [presidente questionou e disse não saber do projeto]. Deveria ter ficado feliz, se inserir. Essa é a postura que deveria ter, de que fazer parte. Mesmo que haja um ruído, ele é pequeno. Me chama, me xinga e seguimos em frente. Agora, tudo em prol do maior. Fiz tudo pensando em anunciar assim que assumíssemos a gestão. Isso nos traria coisas positivas em todos os lados. Criaria um positivismo muito forte”
A entrevista completa está no portal UOL, que produziu e divulgou todas as falas.