Dez anos do primeiro retorno de Robinho ao Santos
Um dos grandes ídolos do Alvinegro Praiano retornava para fazer ainda mais história
A data de 28 de janeiro ficou marcada na memória do torcedor santista. Depois de alguns anos no futebol europeu, Robinho voltava ao clube que o consagrou. Nesta matéria super especial, o Esportes Mais traz um breve resumo da segunda vitoriosa passagem do craque pelo Santos.
A CHEGADA
Em negociação firmada com o Manchester City, ficou acertado o empréstimo do atacante para o Santos até o início de agosto. A sua condição de reserva no time inglês representava uma ameaça para a permanência na Seleção Brasileira alguns meses antes do Mundial da África do Sul.
O interesse do Santos foi visto por todos com bons olhos, e principalmente por Robinho, tendo em vista a necessidade de recuperar o prestígio do seu futebol para garantir convocação para mais uma Copa do Mundo na sua carreira. A nova diretoria, então comandada pelo recém-eleito presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, não poupou esforços para obter o jogador. Enxugando a folha salarial e contando com a ajuda de alguns patrocinadores, o Santos realizou o antigo sonho de repatriar o atleta, tendo apenas que arcar com o teto salarial estipulado em cerca 150 mil reais para pagamento do salário.
A INESQUECÍVEL REESTREIA CONTRA O SÃO PAULO
A reestreia de Robinho se deu no dia 7 de fevereiro de 2010. Em um domingo ensolarado na Arena Barueri, o Peixe derrotou o Tricolor do Morumbi por 2 a 1. Robinho começou no banco, entrou no segundo tempo e decidiu o jogo com um golaço de letra. Ovacionado pela torcida, um dos heróis do título brasileiro de 2002 relembrou os velhos tempos com boa atuação. Após o jogo, Robinho comentou sobre a sensação de vestir novamente a camisa branca e preta.
“Estava ansioso, mas quando você dá o primeiro drible, a ansiedade acaba. A estreia foi exatamente como esperava. Com o time vencendo, tudo fica mais fácil”
ROBINHO E O IMPLACÁVEL PODERIO OFENSIVO DE UM TIME QUE ENCANTAVA O BRASIL
Não demorou muito para Robinho se entrosar com um elenco repleto de talentos. Tanto dentro de campo, como no vestiário, Robinho era a ponte entre a juventude e a experiência de um time que tinha o futebol arte como marca maior. O alto desempenho em um time que contava com os então adolescentes Paulo Henrique Ganso e Neymar superou todas as expectativas. Goleadas históricas, partidas épicas, atuações irretocáveis e títulos. Podemos dizer que a criatividade e a irreverência daquela equipe conquistaram até as outras torcidas. Mais uma vez com Robinho, o Santos voltava a ser protagonista no futebol brasileiro. Foi disparadamente o melhor time do primeiro semestre de 2010.
Em seis meses, conquistou com o Santos o título paulista e o título inédito da Copa do Brasil. No total, foram 11 gols marcados em 22 jogos. Seu último jogo foi justamente a segunda partida da final da Copa do Brasil. O Santos acabou derrotado pelo Vitória por 2 a 1, mas foi campeão por ter feito 3 a 2 no agregado. Robinho, capitão da equipe, ficou responsável por levantar a taça do título nacional que o Peixe ainda não tinha na sua vasta galeria de troféus. Até hoje, é o único time do torneio que se sagrou campeão jogando em todas as regiões do país (feito que dificilmente se repetirá, considerando o novo formato da competição).
Podemos dizer que as duas partes saíram satisfeitas. Se Robinho foi negociado com o Milan pouco mais de um mês depois do último jogo pelo Santos, o Alvinegro da Vila já tinha a base do time titular que conquistaria a Copa Libertadores da América no ano seguinte.
Mesmo com todos os feitos, alguns santistas ainda ficam magoados pela maneira que se deram suas saídas. Se uns o consideram um grande ídolo, outros o chamam de mercenário. No entanto, uma coisa é certa: a importância dele para a história do Santos Futebol Clube é indiscutível.