Chapecoense e Figueirense ficam no empate na Arena Condá

Em partida marcada por péssima arbitragem, Chapecoense empata com o Figueirense e ambos “dão adeus” ao título do primeiro turno do Estadual

Na tarde deste domingo (19), a Chapecoense recebeu o Figueirense em duelo válido pela sexta rodada do Campeonato Catarinense. O jogo terminou empatado em 1 a 1. Os gols da partida foram marcados pelo zagueiro Bruno Alves, do Figueira, e pelo atacante Rossi, da Chape.

O alvinegro da capital saiu na frente do placar com o zagueiro Bruno Alves, aos 43 minutos do primeiro tempo. O jogador aproveitou o escanteio da esquerda e, de cabeça, abriu o placar para o Figueirense. Mesmo dominando as ações durante todo o jogo, a Chapecoense conseguiu buscar o empate somente nos acréscimos do segundo tempo. Aos 47, Rossi aproveitou cruzamento e cabeceou para o fundo das redes.

(Foto: Divulgação/Chapecoense)

Opinião

A Chapecoense dominou o jogo. Sim, a Chape dominou. Infelizmente esse domínio não foi revertido em gols, graças a tarde impecável do goleiro Thiago Rodrigues. O arqueiro alvinegro praticou diversas defesas importantes durante a partida, e foi o destaque do jogo, frustrando o ímpeto do Verdão. Para a torcida da Chape, ficou o gostinho de “quero mais”, pois o time contou com o dobro de finalizações do Figueirense, e um impressionante 14 a 1 em escanteios. Ironicamente, o gol do Figueira saiu justamente desse único cruzamento.

A Chape se apresentou muito bem nessa tarde, o time teve iniciativa e buscou o resultado, mas ainda ressente de um meia de qualidade, o maestro, o passe final (ah, que saudade do CS88…). Ainda apresentamos problemas na zaga, mas a entrada de Nathan deu mais segurança ao setor, visto que não passamos por grandes sustos no jogo de hoje. Na lateral direita, Diego Renan “deu pro gasto”, mas a impressão que se tem é que Apodi logo logo toma conta dessa posição. Completando as modificações do último jogo, a volta de Niltinho deu mais mobilidade ao ataque, e as alternativas pelos lados, juntamente com Rossi, é o grande trunfo desse time, o grande problema é que a insistência na mesma jogada está nos tornando previsíveis. Precisamos de variação.

A grande “boa nova” (nem tão nova) que tivemos foi Luiz Antônio na meia canxa. Após sua entrada, a Chape melhorou a qualidade do passe e o time passou a ser mais vertical, mais incisivo. O volante/meia pede passagem para ser titular. Cabe ao glorioso Vagner Mancini abraçar a causa e deixar o homem jogar!

O fato negativo do jogo de hoje foi a arbitragem. Invertendo faltas, sonegando cartões (e um pênalti em cima de Grolli no primeiro tempo) o árbitro estava totalmente perdido na partida. No segundo tempo, ele foi “menos pior”, mas mesmo assim aceitou o anti-jogo do Figueirense, que abusou do “cai-cai”. Figueira que veio postado para segurar a Chape, apostando nos contra-ataques.

A Chapecoense tem melhorado suas atuações, e a evolução dá boa perspectiva para um segundo turno que promete. Basta usar as rodadas faltantes para o encaixe de peças e sistema de jogo. A torcida tem entendido esse processo, e hoje, pela luta, o time saiu aplaudido de campo, mesmo encerrando suas chances de conquistas do primeiro turno do certame.

O empate fica com um gosto amargo para ambos os lados, pois as duas equipes agora estão 8 pontos atrás do líder Avaí, virtual campeão do primeiro turno do Catarinense. Na próxima rodada a Chape enfrenta o Metropolitano, em Chapecó, já o Figueirense encara o clássico com o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis.

Derlei Alex Florianovitz

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