Brasil perde para a Turquia e vai disputar o terceiro lugar na VNL

Brasil joga mal, Turquia atua muito bem e seleção vai para a disputa do terceiro lugar na China

(Foto: Reprodução / FIVB)

Recepção ruim, levantamento ruim, ataque ineficiente. Essa foi a tônica do jogo brasileiro nesta madrugada em Nanquim, na China. Com uma derrota por 3×0 sets, parciais de 25×23, 25×23 e 25×22, o Brasil perde e vai disputar o terceiro lugar na Liga das Nações Feminina.

Agora as duas seleções aguardam para saber os seus adversários que sai entre o jogo de EUA x China. A Turquia chega a uma inédita final que nem na época de Grand Prix havia conseguido e enfrenta o vencedor dessa outra semifinal. O Brasil encara o perdedor.

Após um primeiro set em que a seleção começou bem, parecia que o jogo iria fluir ao favor brasileiro, porém, em sua metade começou um grande dilema na recepção, que desconcentrou totalmente as meninas do Brasil e terminou com o desequilíbrio no final do set.

O segundo e o terceiro set foram bem parecidos. Logo no início, as turcas abriram larga vantagem e só precisaram administrar durante o set. Com um coletivo muito inspirado, ficou difícil para um Brasil visivelmente tenso virar o jogo.

Turquia arrasou coletivamente

(Foto: Reprodução / FIVB)

Para comprovar a sua imensa qualidade, Giovanni Guidetti deu um show nesta partida. A seleção turca, que é muito bem comandada pelo treinador, entrou em quadra com o Brasil bem estudado. Os saques encaixados, ótimo posicionamento em quadra e a confiança bem acima das brasileiras.

Com uma recepção praticamente perfeita, grande atuação da líbero Akoz, a Turquia deixou as bolas na mão da levantadora Ozbay, que brincou nas distribuições de bola e pôs todo coletivo para funcionar.

A oposta Meryem Boz e a ponteira Hande Baladin foram as maiores pontuadoras da Turquia com 14 pontos. As centrais foram muito participativas no jogo e em fundamentos diferentes. Erdem foi muito mais eficiente no ataque, virou 10 bolas. Gunes mandou bem no bloqueio, conseguiu 4 na partida.

Zé Roberto insistiu no erro

(Foto: Reprodução / FIVB)

Durante a partida o treinador brasileiro tentou fazer algumas mudanças. No segundo set ele tirou Amanda e colocou Rosamaria. No último colocou Carol no lugar de Adenízia. Mas nada disso fez com que a seleção conseguisse se superar para virar o jogo.

Diferente das outras atuações nessa fase final, nesta partida a levantadora Roberta pecou nos levantamentos, muito devido a recepção que foi muito ruim. Um dos poucos pontos positivos na partida foi a ponteira Gabi, melhor atleta brasileira em quadra.

Com a experiente Jaqueline no banco, o treinador brasileiro pouco utilizou a ponteira, que já atuou como líbero nesta competição. Rosamaria foi a escolhida para entrar no lugar de Amanda quando as coisas apertavam, porém, a ponteira reserva não acrescentou na qualidade da recepção.

Outro ponto a ser explorado poderia ser a entrada de Macris. Mesmo não sendo culpa exclusiva de Roberta, mas a levantadora titular não estava bem nem na qualidade dos levantamentos e nem nas distribuições de bola, que foi muito limitada devido aos passes não chegarem na mão.

Jogadoras falaram após a derrota

Depois de perder de maneira dura para a Turquia, as jogadoras falaram na saída de quadra para o repórter Bruno Côrtes do canal SporTV.

Suellen: “Nada funcionou. Tudo o que a gente conseguiu impôr ontem na China não funcionou”.

Tandara: “Não sei o que acontece. Entramos confiante, fizemos uma partida sensacional na fase preliminar contra elas, matamos tudo e hoje elas mataram tudo. Acredito que temos que virar a ficha e amanhã buscar a vitória. Me senti muito mal porque hoje me senti impotente nessas viradas de bola. Faltou um pouco pra mim”.

Gabi: “A gente jogou muito abaixo. Nosso esquema não funcionou. Nosso saque não foi muito bem. Mérito da equipe delas. Guidetti é um grande técnico e armou muito bem a equipe. Tivemos dificuldade na recepção, nossas centrais não foram bem. Em vários momentos não tivemos agressividade”.

Carol: Tudo é um aprendizado. A Turquia jogou muito bem. Elas usaram a nossa arma, atacar nos dedos e sacar bem. Disputar um bronze é bom, esse é o nosso primeiro campeonato na temporada. A gente ganha entrosamento, pé no chão e aprendizado com isso.

 

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Joao Pedro

Estudante de Jornalismo na Instituição IBMR Barra, Rio de Janeiro.

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