Após começo de ano conturbado, Paysandu inicia série B com esperança no acesso

Papão alterna bons e maus momentos na temporada

Finais de campeonatos, troca de técnico, contratações frustradas, perda de título para o maior rival e estreia com o pé direito na série B. Em cerca de três meses, ingredientes não faltaram para tornar o ano do Paysandu agitado até agora. Apesar de bastante instável durante a temporada, a torcida bicolor deposita agora suas esperanças no acesso para a série A do campeonato brasileiro, desejo maior da diretoria do clube, além da conquista da Copa Verde, que o time começa a decidir ainda em abril, no próximo dia 25, contra o Atlético-ES.

Foto: Fernando Torres / Paysandu Sport Club

Mas a trajetória do Papão em 2018 começou bem antes, em meados de janeiro, logo com três vitórias no Estadual. No entanto, na quarta rodada, o primeiro tropeço veio justamente no clássico contra seu arquirrival. A derrota para o Remo por 2 x 1 fez o técnico Marquinhos Santos balançar no cargo. A partir daí, uma sequência de resultados negativos, inclusive com a eliminação da Copa do Brasil para o Novo Hamburgo-RS, pôs ponto final na trajetória de Marquinhos no time da Curuzu, já em fevereiro. Para o lugar dele, um velho conhecido da torcida alviceleste foi chamado. Dado Cavalcanti veio para sua terceira passagem pelo time paraense.

Irregularidade do time da Curuzu

E logo de cara agradou. Com uma série de vitórias e goleadas, a torcida começou a retomar a confiança no time. Nesse momento, outro fator empolgava os torcedores nas arquibancadas: a estreia do atacante Walter. Contratado no fim de janeiro, o “gordinho artilheiro” levou cerca de 1 mês para aprimorar sua parte física. A briga com a balança, que se arrasta desde o início da carreira do jogador, novamente atrapalhou sua estreia pelo Papão. Mas faltava um teste de fogo para o elenco de Dado Cavalcanti.

Um novo clássico contra o Remo, do experiente treinador Givanildo Oliveira, serviria como afirmação da boa fase do Paysandu. Contudo, mais um resultado adverso, desta vez por 1 x 0, foi o bastante para a torcida questionar não somente as escolhas de Dado, mas também a montagem do elenco por parte da diretoria. Algumas rodadas depois, o time chegou a final do “Parazão”, e tinha novamente o Remo pela frente.

Duas outras derrotas fizeram com que o time amargasse a perda do título estadual, trazendo novamente um clima ruim para dentro do clube. Como se não bastasse, no dia seguinte ao clássico que decidiu o Parazão, Walter anuncia sua saída do Paysandu, para o CSA-AL. Segundo o próprio jogador, a família não se adaptou à cidade, e o próprio desempenho do atacante, que fez apenas três gols em doze jogos (sendo somente cinco como titular), teria sido determinante para sua transferência.

Finalista da Copa Verde

Apesar da fase conturbada, as vitórias fora de casa nos dois últimos jogos do Paysandu, pela semifinal da Copa Verde, contra o Manaus-AM e pela rodada de estreia na série B do Campeonato Brasileiro, diante da Ponte Preta-SP, trouxeram um pouco mais de tranquilidade ao Papão. Outro ponto positivo é o bom momento do atacante Cassiano, que em 2017 disputou a segundona pelo Brasil de Pelotas-RS. O jogador já marcou treze gols em dezenove jogos, sendo a principal arma de Dado Cavalcanti no ataque bicolor. Na próxima sexta-feira, 20, o Paysandu encara o Londrina, no estádio da Curuzu, em Belém, pela segunda rodada da série B, com promessa de casa cheia.

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Felipe Nobre

Jornalista, carioca de Belém do Pará e apaixonado pelo futebol brasileiro.

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