Fernando Viana, ex-Joinville, sonha com gols e títulos na Bulgária

O futebol búlgaro ainda é pouco conhecido no Brasil. Porém, atletas brasileiros como Jonathan Cafu, ex-São Paulo, já se aventuram no país europeu há algumas temporadas. Um dos mais recentes é o atacante Fernando Viana, com passagem pelas categorias de base do Atlético Mineiro, revelado pelo Joinville, e Paraná e Ituano.

O atacante foi contratado no início do ano pelo Botev Plovdiv, um dos mais tradicionais times do país, e que já conquistou o título nacional por duas vezes. Recém-chegado, o jogador traçou as principais metas para o restante da temporada. “Cheguei no meio da temporada europeia, então hoje, o meu objetivo principal é fazer muitos gols para poder ajudar o Botev Plovdiv a classificar na Parva Liga e assim brigar pelo título. Na Copa da Bulgária, estamos nas quartas de finais, então queremos brigar por esse título também, pois sabemos que o campeão classifica para a Liga Europa. É uma excelente oportunidade para mostrar meu trabalho e desenvolver minha carreira”, disse.

Com 25 anos, jogar na Bulgária é a primeira experiência internacional de Fernando Viana. Apesar de ter chegado já com o campeonato em andamento, a adaptação ao futebol europeu não demorou. Logo na estreia, balançou as redes e ganhou confiança dentro de campo. Ao todo são cinco partidas, com três gols marcados. O estudo prévio, antes de embarcar para o Velho Continente, foi um diferencial. “Desde que a proposta surgiu, comecei a pesquisar sobre o país e sobre o Botev Plovdiv. Tenho um amigo que jogou aqui e isso facilitou muito. Mas eu já acompanhava o futebol europeu de uma forma geral, então já sabia mais ou menos o estilo de jogo”, revelou.

Mesmo com a excelente média de gols, as primeiras semanas na Bulgária não foram fáceis. O frio foi o grande problema encontrado pelo jogador. “Em relação ao clima, estranhei bastante, pois quando cheguei ainda estava nevando e com temperaturas bem baixas. Às vezes sentia meu rosto queimando e tinha pequenos sangramentos no nariz. Em algumas semanas o corpo acostuma, mas ainda jogo de luvas e blusa térmica (risos)”, admite o atleta que revelou mais sobre a cultura local.

“A cultura búlgara não é radicalmente diferente da nossa. Claro, que tem alguns costumes diferentes, mas tudo bem tranquilo para adaptação. Já a comida, não me arrisco muito nos pratos típicos, pois são bem diferentes. Eles costumam comer muita salada, em todas as refeições, e isso é muito legal e já trouxe para minha rotina. Mas, no dia-a-dia, costumo comer mais comida brasileira, que minha esposa faz em casa (risos). Agora, o idioma é muito difícil. Sei palavras soltas, mas como é outro alfabeto fica complicado. Então, me arrisco mais no inglês, porque a maioria das pessoas falam, pelo menos, um pouco”, contou.

Dentro de campo, segundo Viana, não existem muitas diferenças entre o futebol brasileiro e o búlgaro em termos de competitividade. Mas o fator tático é muito mais exigido na Europa. “A competitividade é semelhante ao Brasil, mas as diferenças são muitas. O futebol aqui é mais dinâmico e exige muito a obediência tática. Mas, graças a Deus, me surpreendi com a minha adaptação e com menos de dois meses, já me sinto totalmente adaptado. Creio que as minhas características facilitaram esse processo”, analisou.

Wesley Contiero

Jornalista, 30 anos, natural de Lins, interior de São Paulo.

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