De forma épica, Botafogo conquista a sua primeira Libertadores
Em final brasileira em Buenos Aires, Atlético Mineiro não aproveita vantagem numérica e Botafogo conquista Libertadores de forma inédita
O Botafogo derrotou o Atlético Mineiro por 3 a 1, neste sábado (30), na final da Copa Libertadores da América, realizada no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Favorito ao título, o Glorioso atuou com um jogador a menos desde o primeiro minuto de jogo, após a correta expulsão de Gregore, ao acertar um chute na cabeça de Fausto Vera. Com apenas 29 segundos, foi o cartão vermelho mais rápido da história das finais de Libertadores, em mais de seis décadas.
Mesmo assim, os botafoguenses mantiveram o equilíbrio mental. O técnico português Artur Jorge optou por manter seus titulares e foi premiado pela ousadia.
Botafogo alcança duas marcas inéditas em final única
Sem ser muito ameaçado, ainda conseguiu balançar as redes aos 35 minutos. Marlon Freitas chutou da entrada da área, a bola desviou na defesa atleticana e sobrou para Luiz Henrique, encher o pé esquerdo e abrir o placar. Aos 44, Arana e Everson não se entenderam, Luiz Henrique foi mais rápido e acabou derrubado pelo goleiro dentro da área. O VAR recomendou a revisão e o árbitro argentino Facundo Tello, que não havia marcado a infração, assinalou o pênalti. Alex Telles cobrou com perfeição e ampliou. Pela primeira vez, um time foi para o intervalo com dois gols de vantagem em final única de Libertadores.
O técnico argentino Gabriel Milito fez três substituições no intervalo e o Atlético diminuiu com apenas dois minutos. Hulk cobrou escanteio e Vargas, em seu primeiro toque na bola, cabeceou sem pular para acertar o ângulo do goleiro John e marcar um bonito gol.
O Galo então passou a ter o domínio das ações, mas insistia no abafa. Foram muitos cruzamentos para a área e pedidos de pênalti. A equipe carioca, por sua vez, cansou e não conseguiu armar contra-ataques. Passou a depender da solidez defensiva e teve sorte em duas conclusões ruins de Vargas, cara a cara com John, nos minutos finais. Já nos acréscimos, aos 52, Júnior Santos, no último lance do duelo, fez linda jogada em contra-ataque, rolou para Matheus Martins. Junior Alonso fez o corte, mas o próprio Júnior Santos, artilheiro da Libertadores, marcou o seu décimo gol no torneio continental. Botafogo campeão inédito. Pela primeira vez, em final única, um time ganhou o título vencendo por mais de um gol de diferença.
Ficha técnica – Atlético Mineiro 1 x 3 Botafogo
Estádio: Más Monumental, em Buenos Aires (ARG)
Data-Hora: 30/11/2024 – 17h
Árbitro: Facundo Tello (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailovsky (ARG) e Gabriel Chade (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Público: –
Cartões amarelos: Battaglia, Lyanco, Fausto Vera e Hulk (CAM); Alex Telles, Thiago Almada, Igor Jesus e Vitinho (BOT)
Cartões vermelhos: Gregore 1’/1ºT (BOT)
Gols: Luiz Henrique 35’/1ºT (0-1), Alex Telles 43’/1ºT (0-2), Vargas 1’/2ºT (1-2) e Júnior Santos 52’/2ºT (1-3)
ATLÉTICO-MG: Everson; Lyanco (Mariano – intervalo), Battaglia e Junior Alonso; Gustavo Scarpa (Vargas – intervalo), Fausto Vera (Bernard – intervalo), Alan Franco e Guilherme Arana; Hulk, Paulinho e Deyverson (Alan Kardec 30’/2ºT). Técnico: Gabriel Milito.
BOTAFOGO: John; Vitinho, Alexander Barboza, Adryelson e Alex Telles (Marçal 12’/2ºT); Gregore, Marlon Freitas e Savarino (Danilo Barbosa 12’/2ºT); Luiz Henrique (Matheus Martins 33’/2ºT), Igor Jesus (Allan 47’/2ºT) e Thiago Almada (Júnior Santos 33’/2ºT). Técnico: Artur Jorge.
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