Decisão precipitada atrapalha o futuro de zagueiro que sonha com oportunidades no futebol

Rodrigão tem passagens por Inter de Limeira, time da Suécia e atuou pela última vez no S. J. Campos FC, pela Copa Paulista do ano passado

A relação de Rodrigo Guilherme com o futebol é longa. São vinte anos de batalha, histórias e até mesmo indecisões. Formado pelas categorias de base do Atlético de Sorocaba, hoje, desempregado, o zagueiro busca, incansavelmente, uma oportunidade para voltar a atuar.

Arrependido por ter tomado algumas decisões precipitadas, Rodrigão treina diariamente para manter sua boa forma física. “Eu havia decidido parar. O futebol está muito difícil, o mercado está muito concorrido e quando encontramos algo para atuar, são salários inaceitáveis e condições de moradia precárias. Foi no início deste ano que resolvi dar um basta”, conta o zagueiro de 1,91 de altura.

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Rodrigão (azul) segue em busca de oportunidades no futebol (Foto: Ivan Stort/Santos FC)

São vários os motivos que o levou a querer parar. O maior deles, a dificuldade em fechar negócio com os clubes, que, por sua vez, não oferecem condições mínimas de trabalho. A trajetória de Rodrigão no futebol não é diferente de uma grande parte dos profissionais que não atuam na elite. Bons jogadores estouram, tem passagens por diversos times e as temidas lesões resolvem travar a continuidade na carreira. A última, porém, não é o motivo principal, mas foi a que deixou o jogador por muito tempo sem atuar.

Foi a partir deste episódio que o caminho para o futebol se estreitou. Um ano e meio parado e em recuperação, tudo sem a ajuda do clube em que se machucou. Com auxílio dos amigos operou, fez fisioterapia e treinou para retornar aos gramados. Em 2016 conseguiu uma oportunidade no São José dos Campos FC, jogou a Copa Paulista e desde então, não atuou mais.

“Logo que sai do São José dos Campos comecei a buscar por clubes aqui no interior de São Paulo mesmo, para atuar no Paulista deste ano. Não me importava qual seria a divisão, queria apenas estar ativo. Tentei também em outros estados e até mesmo fora do país. Não consegui nada e cheguei a pensar que ali seria o fim. Naquele momento desisti”, desabafa o zagueiro ao lembrar o quão difícil foi tomar aquela decisão. Quinze dias após, alguns telefonemas com a pergunta “você está livre? Está treinando e bem fisicamente?”, desfez toda aquela decisão de colocar um fim na carreira e se tornou em vontade de tentar mais uma vez.

“Algo me disse que eu precisaria tentar de novo e aqui estou, mais uma vez buscando uma única oportunidade de jogar. Fácil não está, o Brasileiro já começou, mas estou confiante de que terei a porta aberta de algum clube”, finaliza.

Ainda sem destino definido, Rodrigão treina diariamente em Limeira, cidade que mora com sua família e conversa com pessoas do meio para, em breve, poder amarrar as chuteiras e fazer o que mais ama: jogar futebol.

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Christian Castilho

Estudante de Jornalismo na Faculdade Eduvale de Avaré 30 anos Apaixonado por esportes

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