Victor Luis: “Foi o jogo da nossa superação”

Em jogo de 5 gols, Palmeiras vence e abre vantagem na liderança; Santos fica longe da zona da Libertadores

Fernando Dantas/Gazeta Press

O clássico da saudade foi movimentado no Allianz Parque. O Palmeiras se mantém líder com a vitória, chega aos 66 pontos e fica muito perto do décimo título nacional. O Santos, por sua vez, fica longe da zona de classificação para a Libertadores.

A PRIMEIRA ETAPA

Nem parecia que o Palmeiras tinha sido eliminado da Libertadores dois dias antes. O lado direito, com Scarpa e Jean, criou as melhores chances no começo do jogo. Aos 13 minutos, após tiro de meta de Weverton, Jean recebeu a bola e tocou para Borja; o colombiano finalizou, mas Vanderlei espalmou. No rebote, Dudu marcou e se tornou o maior artilheiro do século do Palmeiras, superando Vágner Love.

Mesmo com o resultado atrás, o Santos não criou; teve apenas uma finalização na primeira etapa. Aos 39, Dudu cobrou escanteio e Edu Dracena ampliou; foi o primeiro gol do zagueiro pelo Palmeiras, depois de 107 jogos pelo clube.

Gazeta Press

A SEGUNDA ETAPA

Cuca mexeu no time no intervalo: colocou Bryan Ruíz e Copete no lugar de Alison. Deu certo. Após falha de Edu Dracena, Copete descontou para o Peixe, aos 9 minutos. O jogador não marcava há 1 ano. O empate santista saiu aos 19, com Dodô – outro que não marcava há muito tempo, 4 anos.

Marcos Ribolli

Porém, aos 35 minutos, Victor Luis cobrou falta de longe; a bola desviou e Vanderlei aceitou. O Santos ainda pressionou, mas sem eficiência. O Peixe ainda teve Pituca expulso, e terminou o jogo com 10. O Palmeiras venceu e continua líder do campeonato, rumo ao título. O Santos, com a derrota, fica longe do G-6.

Marcos Ribolli

No fim do jogo, Deyverson ainda arrumou um princípio de confusão com os jogadores, mas que logo foi controlado.

O Palmeiras se mantém invicto no Brasileirão com Luiz Felipe Scolari. Com a vitória, dorme a 7 pontos do Flamengo, que joga contra o São Paulo no Morumbi. São 66 pontos, e 6 rodadas faltando para o término do Campeonato. O Santos perdeu a sequência invicta com Cuca,e fica na 7ª posição.

Autores de gols na partida, Victor Luís, Dudu e Dodô falaram ao canal Premiere.

FALA, VICTOR LUIS

“O que podemos falar é que esse foi o jogo da nossa superação. Fizemos uma boa partida contra o Boca, mas infelizmente não conseguimos a classificação. Temos um foco grande no Brasileiro, sabemos que temos jogos importantes e esse era um destes. O professor trabalhou muito nosso psicológico para a gente entrar nessa partida e conseguir vencer. Estou muito feliz por ajudar a equipe com esse gol.”

FALA, DUDU

“Acho que todo jogo é importante, como foi o passado e vai ser o próximo contra o Atlético-MG. As equipes no segundo turno estão bem. Acho que a equipe fez um bom jogo hoje e temos de ressaltar o espírito do time e da torcida, que compareceu e ajudou. Às vezes, pagamos o preço de jogar muitas competições. Temos uma semana para descansar e fazer um bom jogo contra o Atlético-MG”.

E POR FIM, FALA DODÔ

“Fica um gosto amargo, acabou sendo uma recuperação inútil por conta do resultado. Mas mostrou que a gente soube se adaptar, professor colocou um time mais forte e mais alto no intervalo. O campo prejudicou um pouco, estava em condições ruins. Mas o time está de parabéns, soube se adaptar ao jogo, mudou a forma de jogar, jogando com um pouco mais de força… Mas a gente sai de cabeça erguida. Mostramos que temos jogadores de fora que podem entrar bem, isso não tira nossa confiança para o fim do campeonato.”

O lateral ainda falou sobre a confusão com Deyverson:

“Ele estava provocando um pouco ali no fim, mas é um pecado. É um jogador que já esteve fora do Brasil e poderia aprender um pouquinho. Futebol é dinâmico, amanhã ele pode estar em outro clube, e isso vai fechando portas. Ele já tem uma certa idade para amadurecer. É um pecado um jogador dessa idade ter esse comportamento.”

No próximo jogo, o Palmeiras visita o Atlético-MG, domingo que vem, às 17h, no estádio Independência, em Belo Horizonte. O Santos recebe a Chapecoense, na segunda-feira (12 de novembro), às 20h, no Pacaembu, em São Paulo.