Teliana Pereira: “O apoio ao tenista tem de vir desde a base”
Mundo do Tênis Podcast com Teliana Pereira
Teliana Pereira, comentarista, ex-jogadora e um dos grandes nomes do tênis brasileiro na história. Ela que atualmente comenta partidas na ESPN, já foi 43º colocada do Ranking e venceu dois títulos da WTA.
Ela deu uma entrevista ao Mundo do Tênis Podcast e contou um pouco da sua história, de como começou até hoje. Mas ela fez críticas a formação dos atletas no Brasil.
Sobre o apoio no auge:
“Eu acho que quando estava no meu auge, eu estava cheio de patrocinadores, se você olhar as fotos vão ver minhas mangas cheias. Esse não é o ponto, quando o atleta tá lá… ele já está lá. Naquele momento, não é o momento que ele precisa de mais estrutura, lógico que ele precisa de apoio, ele já tem uma certa equipe, já tem uma base.
“Nosso erro é não investir no futuro, na base. O brasileiro tem um problema muito grande, ele é imediatista. Eu começo a te patrocinar hoje e amanhã você tem que ganhar Roland Garros, começo a te patrocinar hoje, mas eu te dou três meses para melhorar seu ranking de maneira impossível.”
Como formar mais jogadoras:
‘Precisa ter uma estrutura melhor para as crianças que estão começando no esporte, precisamos ter melhores formadores, precisamos ter melhores técnicos. As vezes tem uma criança que é extremamente talentosa, mas ela não tem ninguém para guiar, e isso não é só no tênis, como na vida. ”
“Um técnico hoje não ensina a criança a bater na bola, ela tem que ensinar a criança a ser educada, ela tem que guiar como um todo e não só a jogar tênis. Então se não temos bons formadores e educadores, como que vamos ter um profissional para frente. Não temos tantos torneios aqui no Brasil.”
“No primeiro Rio Open, eu treinava e tinha criança de 10, 15 anos olhando, e eu olhava pra fora e elas estavam com os olhos brilhando. O que elas estavam imaginando? Elas estavam olhando para aquilo e dizendo “Eu quero isso para minha vida” Só que se elas não vêem isso diariamente, elas não vão cultivar esse sonho.”
“Falta um trabalho básico e que tem que envolver todo mundo e ser a longo prazo. A vida é feita a curto, médio e longo prazo. Eu sou a pessoa que mais torço pela Bia, mas pensamos ter várias jogadores, não pensando apenas em um jogadora apenas, mas torcendo para o esporte evoluir.”
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